O grande
número de casais frustrados diante da dificuldade de gerar filhos do próprio
sangue leva-os a buscar respostas não obtidas através dos especialistas no
assunto em meio a exaustivos exames físicos. O Espiritismo tem algo a dizer
sobre o assunto. O esclarecimento a seguir pertence ao Espírito André
Luiz que, como se sabe, exerceu a Medicina em sua ultima existência em
nossa Dimensão. Diz ele no livro EVOLUÇÃO
EM DOIS MUNDOS (feb, 1958): - Segundo o princípio universal do Direito
Cósmico a expressar-se, claro, no ensinamento de Jesus que manda conferir “a cada um
de acordo com as próprias obras”, arquivamos em nós as raízes do
mal que acalentamos para extirpá-las à custa do esforço próprio, em companhia
daqueles que se nos afinem à faixa de culpa, com os quais, perante a Justiça
Eterna, os nossos débitos jazem associados. Em face de semelhantes fundamentos,
certa romagem na carne, entremeada de créditos e dívidas, pode terminar com
aparências de regularidade irrepreensível para a alma que desencarna, sob o
apreço dos que lhe comungam a experiência, seguindo-se de outra em que essa
mesma criatura assuma a empreitada do resgate próprio, suportando nos ombros as
consequências das culpas contraídas diante de Deus e de si mesma, a fim de
reabilitar-se ante a Harmonia Divina, caminhando, assim, transitoriamente, ao lado
de Espíritos incursos em regeneração da mesma espécie. (...) A mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências
do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade
nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu
honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias
psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico,
implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão, mais
tarde, em regime de produção a tempo certo. Isso ocorre não somente porque o remorso
se lhes entranhe no Ser, à feição de víbora magnética, mas também porque
assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e desespero e, por vezes, de
revolta e vingança dos Espíritos que a Lei lhes reservara para filhos do
próprio sangue, na obra de restauração do destino. No homem, o resultado dessas
ações aparece, quase sempre, em existência imediata àquela na qual se envolveu
em compromissos desse jaez, na forma de moléstias testiculares, disendocrinias diversas,
distúrbios mentais, com evidente obsessão por parte de forças invisíveis
emanadas de entidades retardatárias que ainda encontram dificuldade para
exculpar-lhes a deserção. Nas mulheres, as derivações surgem extremamente mais
graves. O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente
seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se
repetir o delito de lesamaternidade, mergulhando as mulheres que o perpetram em
angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes
façam as gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que
lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em
si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém
indebitamente admitido num festim brilhante, carregando uma chaga que a todo
instante se denuncia. Dessarte, ressurgem na vida física, externando
gradativamente, na tessitura celular de que se revestem, a disfunção que
podemos nomear como sendo a miopraxia do centro genésico atonizado, padecendo,
logo que reconduzidas ao curso da maternidade terrestre, as toxemias da
gestação. Dilapidado o equilíbrio do centro referido, as células ciliadas,
mucíparas e intercalares não dispõem da força precisa na mucosa tubária para a
condução do óvulo na trajetória endossalpingeana, nem para alimentá-lo no impulso
da migração por deficiência hormonal do ovário, determinando não apenas os
fenômenos da prenhez ectópica ou localização heterotópica do ovo, mas também
certas síndromes hemorrágicas de suma importância, decorrentes da nidação do
ovo fora do endométrio ortotópico, ainda mesmo quando já esteja acomodado na
concha uterina, trazendo habitualmente os embaraços da placentação
baixa ou a placenta prévia hemorragípara que constituem, na parturição,
verdadeiro suplício para as mulheres portadoras do órgão germinal em desajuste.
Enquadradas na arritmia do centro genésico, outras alterações orgânicas aparecem,
flagelando a vida feminina. (...) Temos ainda a considerar que a mulher
sintonizada com os deveres da maternidade na primeira ou, às vezes, até na
segunda gestação, quando descamba para o aborto criminoso, na geração dos
filhos posteriores, inocula automaticamente no centro genésico e no centro
esplênico do corpo espiritual as causas sutis de desequilíbrio recôndito, a se
lhe evidenciarem na existência próxima.
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