Palavra proposta no início
do século 20, depressão era associada à melancolia, contudo, acabou se fixando
nos conceitos de distúrbios de humor a afetivos e, segundo estimativas da OMS –
Organização Mundial da Saúde, será até o final desta década o problema dominante
na espécie humana. Presente em todos os tempos em estudos do comportamento
humano, com a descoberta dos neurotransmissores - substâncias químicas produzidas
pelo neurônios - ao longo de todo século passado passou a cogitar-se que as
descompensações na sua produção responde pelo grave problema que atinge pessoas
em todo mundo. Nesse sentido, as revelações do Espiritismo amplia esse
horizonte. Isso ao explicar que acoplado ao cérebro do corpo espiritual, o cérebro
físico repercute as desarmonias construídas pelo Espírito em encarnações passadas que
somatizam inúmeros distúrbios mentais e físicos que levam as pessoas aos
consultórios ou clinicas especializadas em transtornos psicológicos ou psiquiátricos.
Farta literatura produzida na América do Norte por profissionais da saúde
mental envolvidos com as chamadas regressões de memória vão confirmando o
acerto das proposições do Espiritismo, embora não saibam. Ações impensadas no
passado, após a morte do corpo físico se transferem para o Mundo Espiritual,
desencadeando os conflitos que marcarão a nova realidade física e social. Com
um agravante: a denominada Obsessão já que naturalmente a atração mental imantará
mentes de padrões semelhantes e afins. A tomada de ligação será a inadaptação e
inaceitação da situação diferente da do passado, que, por sua vez, repercutirá
no equilíbrio do funcionamento do implemento cerebral. Estudo realizado há
alguns anos com 30 pacientes enquadrados nas variações dos quadros de
depressão, revelou que entre as causas ou fatores desencadeantes, a obsessão
espiritual respondia por 70 porcento dos casos, seguido de conflitos
existenciais. Pacientes do sexo feminino compunham o maior numero. Solicitado
certa vez a opinar sobre o tema, o médium Chico Xavier disse que “depressão
é a tristeza indevida que se transfigurou em desânimo, obscurecendo na criatura
o valor do trabalho. Chegando ao clímax desse desencanto incompreensível diante
da vida, muitas vezes a vítima de semelhante infortúnio cai no desequilíbrio
das forças mentais, candidatando-se à matrícula num sanatório ou mesmo descendo
os degraus do abismo invisível no qual se entrega facilmente às garras da morte
prematura”. Indagado sobre como evitá-la disse que “trabalhando incessantemente para
o bem geral sem qualquer expectativa de compensação material ou espiritual, de
vez que quem auxilia a outros está particularmente auxiliando a si próprio”.
Noutra ocasião, disse que “a depressão pede o remédio do trabalho; a
pessoa triste necessita ser motivada para as pequeninas tarefas que consiga
executar”, acrescentando que “o médico pode ajudar muito, mas, se o
deprimido não estiver disposto a se ajudar fica difícil. Aceitar-se como se é,
prosseguindo com muita fé em Deus. Quem sofre depressão deve fugir da cama, do
sofá”. Na sequencia, dois casos que bem demonstram como as causas
anteriores se transformam nas causas atuais das aflições: CASO 1 – EFEITO - Mulher, 22 anos, pensamentos suicidas, antissocial,
revoltada, filha de três anos, envolvida sentimentalmente com pessoa
irresponsável. CAUSA
- Atuação obsessiva de entidade viciosa e
perniciosa interessada na doente envolvendo-a durante o sono físico, provocando
perturbações do sono e medo. Graças sua má conduta e maus hábitos derivados de
influências de amigos interessados em uma vida mais liberal e independente, sem
responsabilidades familiares. CASO 2 – EFEITO – Mulher, 34 anos, diversos sintomas
psicossomáticos desde os 15 anos após o falecimento de sua mãe, o que a levou a
engordar, tornar-se arredia, afastada, introvertida. Recuperou o peso ideal
após dieta rigorosa, favorecendo vida social mais aceitável, embora devido a
insegurança existencial desenvolveu síndrome de cólon que a perturbou por muito
tempo. De humor variável, passou a sentir dores musculares sem razão aparente,
além de cefaleia periódica e intensa, medos antecipados, alterações de humor,
inseguranças, queixas, reclamações e insatisfações. CAUSA – Esgotamento diante dos problemas
comuns do cotidiano, sonhando estar em outras situações ierrais, sentindo-se
como se tivesse perdido as ilusões. Na acústica de sua alma, mantem uma
expectativa sobre uma ação importante no campo social que deixou de realizar,
mantendo mentalmente muitas ideias de ordem filosófico-religiosa.
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