Solicitado
a, com base no Espiritismo, explicar o transtorno mental chamado esquizofrenia,
o médium Chico Xavier afirmou
serem ‘resultado de complexos de culpas adquiridos
por nós mesmos em existências passadas’. Como exemplo se serviu de um caso em que ‘um
homem extermina a vida de outro homem e parte para o Além; a vítima perdoou ao
verdugo, mas a consciência do verdugo não concordou com esse perdão, e ele
continua com o remorso, com o problema da culpa a lhe desarmonizar a
tranquilidade íntima’. Dessa forma, ‘os pensamentos de remorso repercurtem sobre o corpo
espiritual e determinam o desequilíbrio da distribuição dos agentes químicos do
organismo, já que, em verdade, cada um de nós tem determinada farmácia na sua
própria vida íntima e as substâncias químicas errem o seu nível ideal,
particularmente no cérebro, a cabine por onde o Espírito se manifesta. Há
também a tragédia dos homicidas que se suicidam em seguida e que voltam
acometidos de esquizofrenia’. Destacou que
somos devolvidos à Terra mesmo, aos núcleos
habitacionais em que as nossas culpas foram adquiridas.
Disse ainda que ‘quando
o processo de esquizofrenia está muito violento ele se manifesta na própria
criança, mas, na maioria dos casos, a esquizofrenia aparece depois da puberdade
ou logo após a maioridade física da criatura’. Enfim, reafirmou
ser ‘um problema decorrente de nossos débitos, no
campo espiritual de nossas vidas’. Allan Kardec ao seu tempo a
partir das contribuições e experiências na área da Doutrina Espírita
servindo-se do instrumento denominado mediunidade que, segundo
ele representava para as pesquisas das questões espirituais o mesmo que o
microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos, estabelecera uma
diferença entre os transtornos mentais como de origem fisiológica e
obsessiva. No século 20, o psiquiatra suíço Eugen Bleuler
propôs a denominação de esquizofrenia até então conhecida como demência precoce.
No Brasil, nos anos 40, o psiquiatra Inácio Ferreira com a
colaboração da médium Maria Modesto Cravo desenvolveu
experiências no Sanatório Espírita de Uberaba evidenciando a anterioridade da
origem de doenças mentais, ou seja, em vidas anteriores. Na sequência
reproduziremos dois exemplos mais recentes da doença. Caso 1 – EFEITO – Menina, 12 anos, filha adotiva
desde o nascimento. Já no primeiro mês de vida apresentou anomalias nervosas
como crises convulsivas e apinéia. Tomou conhecimento de sua condição de
adotiva por meio de terceiros aos nove anos surgindo sintomas esquizofrênicos na
forma de distúrbios do comportamento, atraso nos estudos, isolamento e
rebeldia, acentuados progressivamente com o surgimento de medos, mania de
perseguição, inquietações, exacerbação da libido e hiperatividade. CAUSA – Ação em vida passada em que
reencarnada na condição masculina, juntamente dos pais atuais tramou e executou
a morte de homem jovem associando substância letal em medicação que recebia
durante hospitalização. Perseguida agora pelo inconsciente, conflitado pelo amor
recebido dos pais de hoje – cumplices de outrora -, sofre o assedio obsessivo
da vitima da vida passada cujo objetivo vingar-se. Melhora acentuada com o
auxílio espiritual, oração, pratica das reuniões do Evangelho no Lar, entendimento
de si mesma, reorganizando a vida mental, induziu a sincronicidade bioquímica dos
sistemas neurais. Caso 2 – EFEITO – Menino, 12 anos dado a alucinações
e visões que o tornando agitado e agressivo num estado esquizofrênico, situação
diagnosticada pelo psicólogo que o atendia como um estágio de sentimento de
rejeição pelo fato de ser adotado. CAUSA – Ações em vida passada no sertão dos
cangaceiros brasileiros onde integrava bando liderado pela mãe de hoje, então
reencarnada como homem cruel e violento, que, por sinal, o executou. No Plano
Espiritual, decidiu ajudar a antiga vitima, adotando-o na vida atual, do que se
arrependeu fato descoberto pelo menino. Abalado, certo dia ao entrar num ônibus
circular onde vive atualmente viu de relance dois Espíritos a ele ligados no
passado, que passam mentalmente para ele a ideia da rejeição, instigando-o
contra a mãe que trata com agressividade. Ela, por sua vez é um Espírito mau
inconformada com as restrições impostas pelo papel de dona de casa, com filhos,
marido sem condições de se expandir como gostaria. Ela, durante o sono físico,
sai do corpo e continua a comandar a turba de malfeitores que a temem Assumiu
uma reencarnação na condição feminina mas ainda é um ‘homem’ no seu psiquismo.
No lar atual o sentimento de vingança paira em tudo, dificultando no menino a
coordenação de ideias pela proximidade obsessiva de um Espírito por cuja morte
foi responsável na existência pregressa.
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