Morrer nada mais é que abrir uma porta e
passar a outra sala, concluiu o
Psiquiatra norte americano Bryan Weiss diante do volume de relatos de pacientes por ele
tratados dentro do procedimento denominado regressão de memória que, entre
outras coisas, recuperou do inconsciente profundo desses pacientes registros de
vidas passadas. Contudo, a continuidade da vida após a morte por eles contados
vem sendo confirmada ao longo dos últimos 160 anos pela profusão de depoimentos
obtidos através da mediunidade. Os detalhes são os mais variados e exceto alguns
padrões, o fato é que é impossível generalizar as informações visto que cada um
de nós é um projeto personalizado de Deus. A chegada – ou o retorno - ao Mundo
dos Espíritos é um exemplo. Allan
Kardec já havia abordado com os que o ajudaram a compor O LIVRO DOS
ESPÍRITOS a questão da chegada à nova realidade, indagando se nossos
parentes e nossos amigos vêm algumas vezes
ao nosso reencontro quando deixamos a Terra, obtendo como resposta: ─ Sim, vêm ao
encontro da alma que estimam; felicitam-na como ao retorno de uma viagem, se
ela escapou aos perigos do caminho, e a ajudam a livrar-se dos laços corporais.
É um privilégio para os bons Espíritos quando aqueles que estimam vêm ao seu
encontro ao passo que aquele que será manchado fica no isolamento, ou a
rodeá-lo tem apenas os que lhe são semelhantes: é uma punição. A seguir tres
exemplos destacados do acervo de cartas psicografadas pelo médium Chico
Xavier, nas reuniões públicas de Uberaba, MG. 1- Laura Maria Machado Pinto, 33 anos, vitima de uma colisão
frontal, seguida de incêndio, entre o carro que dirigia e um
caminhão: “Tivemos
instantes de lucidez, fora da vestimenta corpórea, no entanto, a Providência
Divina jamais, nos abandona. Lá mesmo, ante a visão do campo aberto, uma equipe
de enfermeiros nos aguardava. Aquilo nos fez pensar em preparação. Agarradas
comigo, as nossas queridas filhas Patrícia e Beatriz me tomavam a alma toda.
Gritos e lamentações surgiam, próximos de nós, no entanto, as ambulâncias que
não conhecíamos nos recolhiam com pressa (...) Sentia-me exausta, com o cérebro
tangido por alucinações de pavor (...), quando uma senhora de semblante
simpático se abeirou de mim e notificou-me que o acidente imprevisível na
Terra, fora anotado na Vida Espiritual antes de vir a ser e que ela estava
junto de nós, com o fim de estender-nos mãos amigas. Apesar do espanto que me
arrasava diante daquele montão de cinzas e objetos fumegantes, ainda tive meios
de perguntar-lhe a que vinha e quem era que com tanta bondade se interessava
por nós. Ela me informou ser a vovó Carmela (...) Abracei-me a ela, a avó que
naquele momento se me fazia plenamente desconhecida e só então conseguia dar
vazão às lágrimas que meu peito represava”. 2- Ângelo
Di Sarno, 25 anos
, vitima de acidente de trânsito no acesso à São Paulo, pela Rodovia
Bandeirantes: “...Acordei numa outra
paisagem. Não mais me senti dentro do carro e, sim, numa casa acolhedora
cercada por um bonito “giardino”. Embora muito fraco, perguntei quem era aquela
senhora que me socorrera no veículo, dirigindo-me a ela mesma. Ela me disse
sorrindo: ─ Meu filho, somos tantos corações aqui reunidos que para alcançar a
sua compreensão, direi apenas que sou avó da avó de sua avó Ana Maria e deixei
a Itália há muitos anos...” 3- Victor
Fernando Stocco Jr,
Idade: 15 anos Aneurisma cerebral num clube de campo em Itapevi-SP: “... Vi que um senhor de idade madura me abraçou
e disse: ─ Não se aflija. Sou seu
“bi” e aqui me encontro pra cooperar com o papai e a mãezinha. Eu não tinha
intimidade com ninguém que pudesse se apresentar naquela condição. Quase
balbuciando as palavras indaguei sobre aquele “bi”, e ele me respondeu: ─ Sou
seu bisavô Vítor e vim convidar você para o repouso. Aí, carregou-me nos
braços; foi quando falei àquele parente: ─ Sou também Vítor e desejo a sua paz”
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