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terça-feira, 18 de julho de 2017

ABORTO?

A mulher que promove semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarto uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. A revelação procede do Plano Espiritual que acrescenta que as desarmonias impostas ao aparelho reprodutor repercutem em futuras reencarnações, justificando o drama vivido por milhares de casais que, segundo explicam, anularam as próprias faculdades geradoras, quando não procederam de semelhante modo no presente, sequiosos de satisfação egoística agiram assim, no passado, determinando sérias anomalias na organização psíquica que lhes é peculiar. O problema hoje até pelo adensamento populacional do Planeta transformou-se num problema de saúde publica, pois de acordo com pesquisa, mais de 8,7 milhões de brasileiras com idade entre 18 e 49 anos já fizeram ao menos um aborto na vida.  Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada dois dias, uma mulher morre no País, vítima de aborto clandestino, mais de 1 milhão de mulheres no país se submetem a abortos clandestinos anualmente. No extraordinário acervo de mensagens produzidas pela mediunidade  de Chico Xavier, no surpreendente livro INSTRUÇÕES PSICOFONICAS (feb), encontra-se uma manifestação de um Espírito acolhido e tratado nas reuniões do Centro Espírita Luiz Gonzaga na década de 50, em que ela nos da uma ideia das surpresas que a aguardavam logo após decidir-se pela realização do aborto na ultima existência. Lembrando que como demonstra o Espiritismo, não existem padrões visto que cada Ser é único. Mas vamos a um trecho do contado pela entidade: - Por odiar o rebento que me palpitava no seio, procurei destruí-lo, usando venenosa beberagem que igualmente me furtou a vida corpórea. Entretanto, se supunha que a morte fosse um ponto final à minha tragédia íntima, estava profundamente enganada, porque da poça de sangue a que se me reduziram os despojos, levantou-se, diante de mim, uma sombra acusadora. A princípio, dessa nuvem amorfa nascia o choro incessante de uma criança recém-nata. Tentando emudecer aqueles vagidos angustiosos, inutilmente rezei, usando orações decoradas na infância... A nuvem, porém, jazia algemada ao meu próprio peito, através de laços cuja consistência ainda hoje não posso definir. Abandonei, amedrontada, o meu aposento de mulher solteira e, esquecendo o culto do prazer a que me dedicara, procurei fugir, como se eu pudesse escapar de mim mesma. Perdi a ideia de rumo... Esqueci o calendário. De minha memória desapareceu a noção de tempo. Guardava a consciência de que a nuvem e eu corríamos sem cessar... Houve, contudo, um momento em que a sombra se converteu na forma de um homem, que me perseguia, amaldiçoando: — Desnaturada! Assassina!... Assassina!... Anelei, assim, depois da morte, a vinda de outra morte que me afundasse no esquecimento. Sentindo sede, debruçava-me no charco... Torturada de fome, atirava-me aos detritos dos animais mortos no campo... Ah! como será possível alguém adivinhar na Terra, enquanto a bênção do corpo físico é uma graça para o Espírito que opera entre os homens, o tormento da consciência que edificou em si mesma o inferno que a envolve? Minha existência passou a ser um suplício constante, terrível, inominável...



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