A contribuição do Espiritismo afirmando que o Ser,
a individualidade, o Espírito, enfim, é imortal, preexistente e sobrevivente
ressurgindo periodicamente na Dimensão em que nos encontramos, ou seja, dos
Encarnados na luta pela própria iluminação interior elucida muitos dos enigmas que
bloqueiam a compreensão de transtornos físicos e mentais que atormentam a vida
de milhares de Seres humanos. Para se ter uma ideia, reproduzimos na sequencia
alguns dos conteúdos capazes de dissolver esses conflitos. 1- Na REVISTA ESPÍRITA de
dezembro de 1864, Allan Kardec escreve que “sem o pensamento o Espírito não
seria Espírito, sendo o atributo característico do Ser Espiritual que, por sua
vez, distingue o Espírito da matéria”, acrescentando que Vontade “é o
pensamento chegado a um certo grau de energia, é o pensamento transformado em
força motriz”. Então o pensamento não é uma reação fisiológica? O pensamento não está no cérebro, como não
está na caixa craniana. O cérebro é o instrumento do
pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície
sólida que se molda aos movimentos do instrumento. Se o
instrumento for danificado, não se dá a manifestação, exatamente como, quando
se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE;
7/1860) O pensamento é... preexistente e sobrevivente ao organismo.
Este ponto é capital. (RE;3/1867) força viva, em toda parte; atmosfera criadora
que envolve tudo e todos. (NL, 37) força criadora de nossa própria alma. a continuação de nós mesmos, através da qual,
atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa
influência, no bem ou no mal. (L; 17) matéria, a matéria mental, compondo
maravilhoso mar de energia sutil em que todos nos achamos submersos”. (MM;4) fluxo energético do campo espiritual dos
seres criados, se graduando nos mais diferentes tipos de onda, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em
que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja
vida psíquica ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou
raios descontínuos. (MM;4) vibração e transmite-se por onda, que só
excita as vibrações de ondas afins. (GS;145) 2- Onde
se forma o pensamento? As fontes do pensamento procedem de origens
excessivamente complexas. E,
nesse sentido, cada criatura humana, nos serviços comuns, reflete o núcleo de
vida invisível a que se encontra ligada de mente e coração. Assim,
as esferas dos encarnados e desencarnados se interpenetram em toda a parte. (PC) Observa,
pois, os próprios impulsos. Desejando, sentes. Sentindo, pensas. Pensando,
realizas. Realizando, atrais. Atraindo, refletes. E refletindo, estendes a
própria influência, acrescida, dos fatores de indução do grupo com que te
afinas. O pensamento, é portanto, nosso cartão de visita. (SM,2) Todo
Espírito, na condição evolutiva em que nos encontramos, é governado essencialmente
por três fatores específicos, ou, mais propriamente, a experiência (conjunto de
nossos próprios pensamentos); o estímulo (circunstância que nos impele a pensar) e a inspiração (conjunto
dos pensamentos alheios que aceitamos e procuramos). (SM,38) 3- Para chegar nesse nível de estruturação a evolução do Espírito
exige então milênios de experiências? Ignoramos absolutamente em que condições se
dão as primeiras encarnações do Espírito; é um desses princípios das coisas que
estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são
criados simples e ignorantes, tendo todos, assim, o mesmo ponto de partida, o
que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se
desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea. Não
é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que o Espírito
tem consciência bastante clara de si mesmo, para ser responsável por seus atos;
não é senão após a centésima, talvez após a milésima. Dá-se
o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um,
nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. Quando
o Espírito goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do
desenvolvimento de sua inteligência; é assim, por exemplo, que um selvagem que
come os seus semelhantes é menos culpado que o homem civilizado, que comete uma
simples injustiça. Sem dúvida os nossos
selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, no entanto, já se acham bem
longe de seu ponto de partida. Durante longos períodos, o
Espírito encarnado é submetido à influência exclusiva dos instintos de
conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos
inteligentes ou, melhor dizendo, se equilibram com a inteligência; mais tarde,
e sempre gradualmente, a inteligência domina os instintos. Só
então é que começa a séria responsabilidade.(RE, (1/1864)
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