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terça-feira, 1 de agosto de 2017

A FORÇA DO PENSAMENTO

 Allan Kardec décadas antes do resultado do estudo relatado pelo engenheiro norte americano Edwin Houston deixara escrito que “o pensamento é o atributo característico do Ser Espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito” (RE; 12/ 1864) e que “pensamento não está no cérebro, como não está na caixa craniana”. A apresentação dos resultados do estudo do pesquisador data de março de 1892, disponibilizado pelo também Engenheiro Albert de Rochas nas notas do seu EXTERIORIZAÇÃO DA SENSIBILIDADE. Na sequencia algumas das considerações para reflexões até para avaliarmos outras informações oferecidas por Allan Kardec em suas obras  sobre as múltiplas repercussões do pensamento nas realidade objetiva e subjetiva em meio às quais existimos:  As operações psíquicas do cérebro até aqui têm desafiado toda explicação. Geralmente se está convencido que a sede da atividade psíquica é o cérebro. Contudo, a maneira pela qual esse órgão age para produzir, conservar e reproduzir o pensamento é desconhecida e provavelmente o será sempre. Partindo desta consideração única, que a operação cerebral ou pensamento, qualquer que seja o mecanismo exato, é acompanhada de vibrações moleculares ou atômicas da matéria cinzenta, ou de qualquer outra matéria desta parte do cérebro, chamada cerebelo, que me permito propor a seguinte hipótese, para dar conta da telepatia (ação à distância), do mesmerismo, da transmissão do pensamento, do hipnotismo e de outros fenômenos conexos. Depois de haver pedido me concedessem, como "postulatum", a existência do éter universal, que é geralmente aceita hoje por todos os sábios, e pensando que esse éter atravessa a matéria, mesmo a mais densa, tão facilmente quanto a água passa por uma peneira, segue-se que os átomos ou moléculas do cérebro, que são a causa da operação cerebral, banham-se completamente no éter. Ora, desde que o éter é um meio de alta elasticidade e muito móvel, o pensamento, ou operação cerebral, se acompanhado de vibrações, necessariamente deve dar origem, no seio do éter, a movimentos ondulatórios tendo por centro os átomos ou moléculas do cérebro. Em outros termos, o ato do pensamento, ou operação cerebral, exige um gasto de energia, porque, necessariamente, supõe a movimentação dessas partículas atômicas ou moleculares do cérebro, cuja existência admitimos. A natureza exata desses movimentos que, por hipótese, acompanham um estado ativo do cérebro, deve necessariamente permanecer desconhecida, enquanto ignorarmos a natureza exata do mecanismo que é posto em movimento. Mas se um cérebro em atividade desenvolve pensamento, porque algo é posto em movimento, segue-se naturalmente que um cérebro absolutamente livre de produzir pensamento deve estar em repouso, no que se refere a esse gênero de movimento. Uma libertação absoluta de pensar, num cérebro são, é, provavelmente, um estado que existe raramente. Parece resultar da facilidade com que esta curiosa função do cérebro, chamada memória, o põe em estado de lembrar facilmente as particularidades passadas, que as células da matéria cinzenta, ou outra do cérebro, que concorrem à produção do pensamento, podem ser levadas a entrar em certos grupamentos ou em certas relações umas com as outras. Graças à contínua repetição de certas ordens de pensamentos, como no estudo ou nas observações repetidas, os movimentos particulares, necessários à reprodução desse pensamento, provavelmente recebem um vinco ou uma tendência a formar grupamentos mais ou menos permanentes. Assim, pois quando o cérebro é posto em movimento e, de qualquer maneira, tocado como um instrumento, esses movimentos se produzem e certas lembranças despertam. Como se podem produzir tais movimentos? A resposta certa parece ser que se manifestem sob a dupla influência de dentro e de fora. Pode bem ser que o afluxo do sangue num cérebro em atividade - o fato é bem notório - que acompanha toda operação cerebral ativa, não seja apenas destinado a nutrir e reconstituir esse órgão, mas também a lhe fornecer a força puramente mecânica, que não tem senão que agir sobre esse instrumento tão maravilhosamente concedido para despertar os pensamentos cuja impressão já recebeu, ou para fazer julgar as combinações novas, que jamais se lhe tinham apresentado. (...). Seja qual for a origem dessas vibrações ou a maneira por que são excitadas, é preciso um dispêndio de força para as produzir e, como o reconhecerá de boa vontade a pessoa que pensa, esse dispêndio de força acarreta, muitas vezes, um considerável esforço nervoso. energia cerebral, ou energia gasta, como acabamos de o dizer, para produzir o pensamento, é dissipada quando se comunicam movimentos ondulatórios ao éter ambiente, e esses movimentos se espalham em todas as direções, partindo do cérebro, por exemplo, para os olhos. Sem dúvida não há provas absolutas da existência das vibrações moleculares ou atômicas das partículas do cérebro, cuja existência admito. Contudo, esse movimento não é improvável e, mesmo, certos fatos, conhecidos pelos médicos, estão longe de estar em desacordo com esta hipótese.

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