Mais de um milhão e
quinhentos mil exemplares vendidos, tornaram o livro NOSSO LAR (feb; 1944) o maior best-seller da literatura espírita,
além de ser um dos poucos livros reeditados por mais de cinquenta anos
consecutivos. Já foi traduzido em vários idiomas. A partir da década de 70, o
médium Francisco Cândido Xavier, seu psicógrafo, começou a fazer uma ou outra
revelação curiosa sobre sua recepção entre outros detalhes envolvendo a obra Selecionamos
alguns destes apontamentos para termos
uma ideia de sua importância na confirmação dos elementos compilados por Allan
Kardec há cento e sessenta anos. 1- Chico Xavier: A literatura mediúnica em outros países
atesta a existência de outras cidades semelhantes a Nosso Lar, uma das
comunidades do chamado Espaço Brasileiro. Quando estávamos recebendo,
mediunicamente, o primeiro livro de André Luiz, que traz esse título,
impressionamo-nos vivamente com respeito ao assunto, porque a nossa
perplexidade era indisfarçável e sendo o nosso assombro um motivo para
perturbar a recepção do livro, o nosso André Luiz promoveu, em determinada
noite, a nossa ausência do corpo físico para observar alguns aspectos, os
aspectos mais exteriores, da chamada cidade “NOSSO LAR”. Mundo novo que somos chamados a
perceber, a estudar, porque se relaciona com o futuro de cada um de nós. Ainda
que não sejamos acolhidos na referida colônia, outros lares nos esperam após a
desencarnação. Isto é muito importante. Há muita gente que considera este
assunto demasiadamente remoto para que venhamos a nos preocupar com ele.
Entretanto, na lógica terrestre, somos obrigados a cuidar dos estoques de
determinados materiais - gasolina, óleo, medicamento, cereais. Se nos
interessamos por isso, no trânsito sobre a Terra, por que admitir por ocioso
esse tema da Espiritualidade que nos espera inevitavelmente a todos? O Espírito
de André Luiz, registrando-nos o espanto, porquanto a estranheza era enorme da
parte de companheiros de Pedro Leopoldo e Belo Horizonte, aos quais mostrávamos
as páginas em andamento, teve o cuidado de mostrar-nos determinada faixa de
Nosso Lar, onde jaziam centenas de irmãos hospitalizados, ocupando a atenção de
médicos, de instrutores, enfermeiras, sacerdotes e pastores das diversas religiões.
Devemos assinalar este fato, de vez que, frequentemente depois da morte são
obrigados a compartilhar-nos crenças e concepções com respeito às verdades
eternas do Espírito, quando a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo nos espera
a todos, quanto a discernimento e compreensão. Cada criatura, nessa cidade é
chamada gradativamente para um estado mais amplo de entendimento. Nosso Lar é o
retrato de muitas das colônias que nos aguardam, mas não é propriamente o
retrato único, porque possuímos, além da Terra, além da vida física, muitas e
muitas cidades de natureza superior e outras de natureza inferior a que
chegaremos, inevitavelmente, segundo as nossas escolhas e méritos neste mundo. 2- Chico Xavier : “NOSSO LAR” situa-se sobre o norte do Rio de Janeiro. As regiões descritas no
livro “E A VIDA CONTINUA”, sobre o
lado norte da cidade de Santos. Quais os aparelhos científicos que as
registram? A lente humana é o olho humano, ampliado”. 3- Chico
estava psicografando “NOSSO LAR”.
Numa das raras pausas que se permitia, saiu para fazer a barba. O barbeiro era
dos antigos. Metódico, colocou-lhe a toalhinha sob o queixo, ensaboou-lhe o
rosto. Esta rotina ordeira foi interrompida na primeira raspada: - Chico, estou
sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar. Posto em descanso no relativo
conforto da cadeira, olhos cerrados, Chico inquietou-se, abriu os olhos e viu
um espírito trevoso que enleava o barbeiro, dizendo-lhe aos ouvidos: - Corta a garganta dele... corta. Com o fio da navalha
sobre o pescoço do Chico, o pobre homem não via nem ouvia o Espírito, mas
sofria-lhe as influências. Daí, aquelas sensações estranhas, o afrouxamento dos
controles. Voltou a dizer: - Chico, não sei se vou dar
conta de terminar sua barba. - Não se
preocupe, meu irmão. Barba é assim mesmo, a gente faz quando dá certo. Se não
der hoje, a gente faz amanhã. Naquele momento, conta o Chico depois de
uma pausa na conversa, tudo o que eu queria era que ele tirasse a navalha do
meu pescoço. Concluindo, explicou que eram as trevas querendo impedir que
“NOSSO LAR” fosse concluído e viesse à lume espargir luz. FONTE Arantes, Hércio M.C.; ENTREVISTAS;
Edição IDE Worm, Fernando, A PONTE, Ed. Globo Silveira, Adelino; MOMENTOS COM
CHICO XAVIER Ed.C
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