Família representa uma evolução
nas relações sociais da Humanidade presente no Planeta Terra. Com o advento do Espiritismo, sabe-se que ela
cumpre um papel mais importante, pois, constitui-se num instrumento de
reaproximação e reconciliação de Espíritos comprometidos em existências
passadas. As experiências de regressão de memória utilizada nas Terapias de
Vidas Passadas confirmam isso. Na sequência reunimos algumas considerações
extraídas das obras de Allan Kardec e de alguns Espíritos para
nossas reflexões: Em texto incluído no livro OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec
explica que “muitas vezes um indivíduo renasce na mesma família, ou, pelo
menos, os membros de uma família renascem juntos para constituir uma família
nova noutra posição social, a fim de apertarem os laços de afeição entre si, ou
reparar agravos recíprocos”. Numa realidade constituída por bilhões de
Espíritos como entender isso? A sucessão das
existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às
existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a existir
entre certos Espíritos que parecem estranhos. (LE, 204) Fundando-se o
parentesco em afeições anteriores, menos precários são os laços existentes
entre os membros de uma mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade,
porquanto, no vizinho, ou no
servo, pode achar-se um Espírito a quem se tenha estado preso pelos laços da
consanguinidade. (LE,205) Se bem os Espíritos não procedam uns dos outros,
nem por isso menos afeição consagram aos que lhes estão ligados pelos elos da
família, dado que muitas vezes eles são atraídos para tal ou qual família pela
simpatia, ou pelos laços que anteriormente se estabeleceram. (LE,206) A ideia de família organizada nos moldes
vigentes na nossa Dimensão é indício de certa evolução espiritual? Quanto mais se integra a alma no plano da
responsabilidade moral para com a vida, mais apreende o impositivo da
disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de amar que lhe é
intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso aos Planos
Superiores. O instinto sexual
nessa fase da evolução não encontra alegria completa senão em contato com
outro Ser que demonstre plena afinidade, porquanto a liberação da energia,
que lhe é peculiar, do ponto de vista do governo emotivo, solicita compensação
de força igual, na escala das vibrações magnéticas. Em semelhante eminência, a monogamia é o clima
espontâneo do Ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente, com
a alma eleita de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento,
com a perfeita associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do
binário de forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação
de outras almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da
inteligência, suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da
glória espiritual que vertem, constantes, da Criação Divina.(...) Contudo, até que o Espírito consiga purificar as
próprias impressões, além da ganga sensorial, em que habitualmente se desregra
no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia
de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas
reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque
não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que
lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo. Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas
agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o
reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou
desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos
que lhes são necessários ao progresso (EDM)
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