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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

QUATRO QUESTÕES SOBRE AUTODESCOBRIMENTO

Tema recorrente em exposições e palestras dentro das Casas Espíritas, a reforma íntima é meio para se acelerar a evolução espiritual. Um grande desafio, sem dúvida. Na sequencia, mostramos em quatro abordagens o tema autodescobrimento, um degrau importante na escada do progresso. Partindo da resposta à questão 607ª d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS segundo a qual “o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco, se ensaia para a vida, sofre uma transformação, se tornando Espírito, entrando então no período da humanização”, o que acontece então? No período da humanização, o Espírito começa a ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos. O período da humanização inicia-se, geralmente, em Mundos ainda inferiores à Terra. Criado simples e ignorante, o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual. Nem após a primeira, nem após a segunda encarnação a alma tem consciência bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a centésima ou milésima. (LE,607 a/b; RE,2/1864) Afirma a chamada Ciência que a longevidade na Terra até a época de Jesus era 20 anos, no início do século 20; 48 anos, crescendo desde a década de 50, chegando ao início do século 21 nos 70/75 anos. Considerando isso, bem como o fato de que somente um terço de cada passagem pelo corpo físico é efetivamente computado no processo evolutivo, então a Humanidade na Terra nesta fase recente evolui muito lentamente? Durante longos períodos o Espírito encarnado é submetido a influência exclusiva dos instintos de conservação. Pouco a pouco esses instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dito, se equilibram com a inteligência; mais tarde, e sempre gradativamente, a inteligência domina os instintos. O instinto se aniquila por si mesmo.  A responsabilidade do Ser só começa no momento em que se desenvolve seu livre-arbítrio. Quando o Espírito goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento da inteligência. (RE,1/1864) Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical? O egoísmo.  Daí deriva todo mal.  Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos há egoísmo.  Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa.  Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade.  Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades. (LE; 913) Nas relações interpessoais em múltiplas encarnações o instinto sexual arrasta o Ser a comportamentos poligâmicos seguidos dos monogâmicos nem que a criatura procura redimir-se dos excessos cometidos no exercício dos primeiros. Há um limite para tantos excessos? Até que o Espírito consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial, em que habitualmente se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo. Isso ocorre porque o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso (EDM; 18)





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