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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

CURAS, MEDIUNIDADE E ESPIRITISMO

As páginas da REVISTA ESPÍRITA publicada por Allan Kardec entre 1858/1869 são manancial extremamente importante para o pesquisador sinceramente interessado em conhecer as verdades de que o Espiritismo se faz veículo. Dentre as inúmeras informações disponibilizadas por ela  estão as abordagens sobre os fenômenos de cura. Destacamos alguns desses conteúdos para nossas reflexões. Começamos por alguns tópicos reveladores: 1- Os fenômenos vão surgir de todos os lados, sob os mais variados aspectos. Mediunidade curadora, doenças incompreensíveis, efeitos físicos inexplicáveis pela ciência, tudo se reunirá num futuro próximo. (RE,10/1866) 2- A saúde é uma condição necessária para o trabalho que se deve realizar na Terra, por isso dela os Espíritos se ocupam com boa vontade; mas como há, entre eles, ignorantes e sábios, não convém, mais por isso do que por outra coisa, dirigir-se ao primeiro Espírito que se manifeste. (LM, 26:24) 3- A mediunidade curadora não vem suplantar a Medicina e os médicos; vem simplesmente provar a estes últimos que há coisas que eles não sabem e os convidar a estudá-las; que a natureza tem recursos que eles ignoram. (RE; 11/1866) 4-A CIÊNCIA ESPÍRITA nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável. 5- Sempre houve médicos e os haverá sempre; apenas os que aproveitarem as novidades que lhes trouxerem os desencarnados terão uma grande vantagem sobre os que ficarem na retaguarda. Os Espíritos vêm ajudar o desenvolvimento da ciência humana, e não suprimi-la. (RE; 9/1865). Seguimos com duas perguntas comuns aos que tomam conhecimento das conexões entre a Doutrina Espíríta e os fatos observados na atualidade: O conhecimento da mediunidade de cura é uma das muitas revelações ou conquistas que devemos ao Espiritismo. O que vem a ser? A mediunidade curadora embora parte integrante do Espiritismo, é, por si só, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e não só abarca todas as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complexas, das obsessões, que, por seu turno, também influem sobre o organismo.  A mediunidade curadora é exercida pela ação direta do médium sobre o doente, com o auxílio de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento. Quem diz médium diz intermediário.  Há uma diferença entre o magnetizador propriamente dito e o médium curador: o primeiro magnetiza com seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao qual serve de condutor.  O magnetismo produzido pelo fluido do homem é o magnetismo humano; o que provém do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual. O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em muitas ocasiões, seja para o aliviar e o curar, se possível, seja para produzir o sono sonambúlico.  Quando age por um intermediário, é o caso da mediunidade curadora. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito. (RE) Como identificar o médium de cura? Consiste a mediunidade desta espécie na faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento. Semelhante faculdade incontestavelmente tem o seu princípio na força magnética; difere desta, entretanto, pela energia e instantaneidade da ação. Nos médiuns curadores, a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem nunca ter ouvido falar de magnetismo.  A faculdade de curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de uma força excepcional de expansão, mas diversas causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a confiança em Deus; numa palavra: todas as qualidades morais.  A força magnética é puramente orgânica; pode, como a força muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem perverso; mas, só o homem de bem se serve dela exclusivamente para o bem, sem ideias ocultas de interesse pessoal, nem de satisfação de orgulho ou de vaidade.  Mais depurado, o seu fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras, que não pode ter o do homem vicioso ou interesseiro. (OP, 52)


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