A proliferação das chamadas reuniões de cura em
muitas Instituições Espíritas gera expectativas equivocadas em muitas pessoas.
Mas o que o Espiritismo tem a dizer sobre a saúde. Alinhamos na sequencia
alguns tópicos e questões para reflexões: 1-
Se dividirmos os males da vida em duas categorias, uma a dos que o homem não
pode evitar, e outra das atribulações que ele mesmo provoca por sua falta de
cuidado e excessos, veremos que esta última é muito
mais numerosa que a primeira”. (ese)“ 2- Não há uma só falta, por mais leve que
seja, uma única infração à sua Lei (de DEUS), que não tenha consequências forçosas e inevitáveis, mais ou menos
desagradáveis”. (ESE) 3- “O homem não é, portanto, punido sempre, ou
completamente punido, na sua existência presente, mas, jamais
escapa às consequências de suas faltas” (...). (ESE) 4- “Quando nos elevamos, pelo pensamento, de maneira a
abranger uma série de existências, compreendemos que a cada um é dado o que merece”. (ESE) Saúde: como defini-la a partir de uma visão espiritual do Ser
humano? Em todos os Planos do Universo, somos
Espírito e manifestação, pensamento e forma. Todo mal praticado
conscientemente expressa de algum modo, lesão em nossa consciência e toda lesão
dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no organismo que nos exterioriza
o modo de ser. Todos os estados acidentais das formas de que nos
utilizamos, no espaço e no tempo, dependem, assim, do comando
mental que nos é próprio. A Medicina há de considerar o doente
como um todo psicossomático, se quiser realmente investir-se da arte de curar. (AR,
19) Da mente clareada pela razão, sede dos princípios
superiores que governam a individualidade, partem as forças que asseguram o
equilíbrio orgânico, por intermédio de raios ainda inabordáveis à perquirição
humana, os quais vitalizam os centros perispiríticos,
em cujos meandros se localizam as chamadas glândulas endócrinas, que, a seu
turno, despedem recursos que nos garantem a estabilidade do campo celular. Nas
criaturas encarnadas esses elementos se consubstanciam nos hormônios diversos
que atuam sobre todos os órgãos do corpo físico, através do sangue. (AR) E as doenças: como, com base nas revelações espíritas, entende-las?
A maioria das doenças, como todas as
misérias humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas para o
futuro; são dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que
tenham sido saldadas. Aquele, pois, que deve suportar sua provação até o fim
não pode ser curado. São
inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que
habitamos. As paixões e os excessos de toda espécie, por sua vez, criam em
nossos organismos condições nocivas, frequentemente transmissíveis pela hereditariedade.
(RE, 1868) E no caso
das chamadas doenças de nascença? Doenças
de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de
ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiotia, a imbecilidade, entre
outras (...), são efeitos que devem ter uma
causa, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma
causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa
causa deve ser justa. A causa sendo sempre anterior ao efeito e, desde que não
se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. (ESE,
5, 6) Saindo do campo filosófico, como entender a etiologia das doenças? O
homem é um composto de três estruturas essenciais: o Espírito, o perispírito e o corpo. (...) Se, pois,
temos três princípios frente a frente, esses três princípios devem reagir um
sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles
harmonia perfeita ou discordância parcial. (...) Se, enfim, a doença procede da
mente, o Espírito, o perispírito e o corpo, mantidos sob sua dependência, serão
entravados em suas funções, e nem será cuidando de um nem de outro que se fará
desaparecer a causa. (RE;1867)
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