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quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O DIA DOS MORTOS

O número de dezembro de 1860 da REVISTA ESPÍRITA apresenta na seção DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS uma série de interessantes e reveladoras comunicações espirituais obtidas através de diferentes médiuns. Uma, referindo-se especificamente à sessão da Sociedade Espírita de Paris do dia 2 de novembro, relata que através da médium Srta. Huet, o Espírito Charles Nodier, solicitado a continuar o trabalho que havia começado em outra reunião, responde: -“Meus caros amigos, permiti que nesta noite vos fale de um outro assunto. Na próxima vez continuarei o trabalho começado. Hoje é uma data que nos é pessoalmente tão consagrada que chamamos vossa atenção sobre a morte e as preces reclamadas pela maioria dos que vos antecederam. Esta semana é um período de confraternização entre o Céu e a Terra, entre os vivos e os mortos. Deveis ocupar-vos de nós mais particularmente, e de vós também; porque, meditando sobre este pensamento de que em breve, para vós, como para nós, os vivos entoarão preces por vossa alma, deveis tornar-vos melhores. Conforme a maneira pela qual tiverdes vivido aqui embaixo, sereis recebidos perante Deus. O que é a vida, afinal de contas? Uma curtíssima migração do Espírito na Terra; tempo, entretanto, em que pode acumular um tesouro de graças ou preparar-se para tormentos cruéis.  Pensai nisso, pensai no Céu, e a vida, seja qual for a que levais, vos parecerá bem amena. Charles Nodier A respeito de sua comunicação, foram feitas ele as seguintes perguntas: 1- Hoje os Espíritos são mais numerosos nos cemitérios que normalmente? Nesta época ficamos mais à vontade junto aos nossos despojos terrenos, porque os vossos pensamentos, as vossas preces ali estão conosco. 2- Os Espíritos que, nesses dias, vêm aos seus túmulos, junto aos quais ninguém ora, sofrem por se verem desamparados, enquanto outros têm parentes e amigos que lhes trazem uma prova de lembrança?  – Não há pessoas piedosas que oram por todos os mortos em geral? Pois bem! essas preces alcançam o Espírito esquecido e são, para ele, o maná celeste, que tanto caía para o preguiçoso como para o homem ativo. A prece é para o conhecido, como para o desconhecido. Deus a reparte igualmente, e os Espíritos bons que delas não mais necessitam as devolvem àqueles a quem podem ser necessárias. 3- Sabemos que a fórmula das preces é indiferente; no entanto, muitas pessoas têm necessidade de uma fórmula para fixar as ideias. Nós vos seríamos gratos se ditásseis uma a propósito. Todos nos associaremos pelo pensamento, para aplicá-la aos Espíritos que dela possam necessitar. – Também o quero.  -“DEUS, CRIADOR DO UNIVERSO, DIGNAI-VOS TER PIEDADE DE VOSSAS CRIATURAS; CONSIDERAI AS SUAS FRAQUEZAS; ABREVIAI SUAS PROVAS TERRENAS, SE ESTIVEREM ACIMA DE SUAS FORÇAS; COMPADECEI-VOS DOS SOFRIMENTOS DOS QUE DEIXARAM A TERRA E LHES INSPIRAI O DESEJO DE PROGREDIREM PARA O BEM”. 4- Certamente aqui há vários Espíritos aos quais podemos ser úteis. Vamos pedir que se deem a conhecer.  – Que pedido fazeis! Ireis ser assaltados. 5- De modo algum nos apavoramos com isso. Se não pudermos ouvir a todos, o que dissermos para um servirá para os outros.  – Pois bem! Fazei o que vos ditar o coração. Tendo sido feito um apelo, sem designação particular, a um dos Espíritos presentes, que queria comunicar-se para reclamar nossa assistência, manifestou-se o de uma personagem muito conhecida, morta há dois anos, revelando sentimentos muito diversos dos que tinha em vida, e que se estava longe de suspeitar.

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