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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PROGRESSO DA HUMANIDADE

Tempo difíceis esses pelos quais a Humanidade presente no Planeta Terra atravessa Apesar dos avanços tecnológicos, as pessoas se mostram mais insensíveis para a dor e dificuldades do semelhante. Estamos, ao que tudo indica, nos aproximando cada dia mais de um conflito militar sem precedentes considerando o poderio militar exibido pelas grandes potências do Mundo. Na sequência, o professor José Benevides Cavalcante nos conduz a algumas reflexões a partir de questão proposta por leitor que indaga: -Não percebo que esteja havendo um progresso moral significativo na Humanidade. O materialismo aumenta em lugar de diminuir. O homem está mais voltado para os valores materiais e a religião para ele parece ser uma simples muleta de que se vale apenas no momento de necessidade. Depois, encosta a muleta e volta-se de novo para sua rotina materialista, sem compromisso com o semelhante, acomodando-se nas ilusões do mundo e pondo seu interesse apenas no poder e na riqueza. Estamos, de fato, vivendo um momento muito propício para a intensificação do materialismo. Mas o Espiritismo acredita na vitória do Espírito, porque acredita na evolução. Certamente, o homem progrediu intelectualmente, porque, na escala de suas necessidades, teve que desenvolver mais a inteligência para escapar do perigo e conseguir os meios de sobrevivência por meios violentos. Com isso, o sentimento perdeu terreno. As realizações do "homo faber" não foram acompanhadas de um progresso moral correspondente; enquanto isso, ele aprendeu a fabricar muitas coisas, mas não as soube utilizar convenientemente para o bem da coletividade. Não desenvolveu a solidariedade, permanecendo escravo de seu vil egoísmo. Hoje sofre as consequências do intensivo progresso material dos últimos anos, confinado em espaços cada vez menores, acomodando-se ao conforto da cidade, esvaziando o campo, extasiado ante o fenômeno ameaçador da globalização, numa vida de intensa competição e muito pouco humanismo. O individualismo cresce, transmudando-se em atos de extrema e generalizada violência, agravada pelo uso das drogas, porque o homem, de uma maneira geral, está iludido com o poder e com a riqueza, pensando que, passando por cima dos outros, desrespeitando a vida e as pessoas, será feliz sozinho no seu mundo. É como se nós, Humanidade, fôssemos passageiros de um grande transatlântico, que estivesse em alto mar atravessando ameaçadora tempestade. Ninguém pretende abrir mão do conforto da viagem, mas, ao mesmo tempo, todos estão alertas para conseguir o salva-vidas no momento propício e, para isso, não se importam em ferir ou matar, desde que se salvem. Daí a violência de nosso tempo. Mas tudo não passa de uma fase crítica de rápidas transformações (tempestade), em que as estruturas do passado estão sendo demolidas para darem lugar a outras que ainda não se ergueram, pois, como lemos em "Lei de Progresso", capítulo de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, o progresso é inevitável. A linha da evolução não é reta e, muitas vezes, para que a coletividade avance num sentido, ela precisa recuar em outro. Por isso, em várias ocasiões, é preciso que a situação chegue ao limite do tolerável para começar a mudar; o interesse do homem por valores espiritualmente elevados sempre acontece em momentos decisivos. Daí as grandes comoções sociais e outros fenômenos cíclicos a que se refere Allan Kardec no capítulo citado, que lhe indicamos para leitura.

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