Compartilhamento de informações reveladoras disponibilizadas pelo Espiritismo ampliando nosso nivel cultural
faça sua pesquisa
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
OS PRIMEIROS PASSOS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 127
No número de
janeiro de 1864 da REVISTA
ESPÍRITA, Allan Kardec responde a uma pergunta cuja resposta certamente é procurada
por muitos. A indagação propõe a seguinte situação: “-Duas almas, criadas simples e
ignorantes, nem conhecem o bem, nem o mal, ao virem à Terra. Se, numa primeira
existência, uma seguir a via do bem e a outra, a do mal, como, de certo modo, é
o casos que as conduz, nem merecem expiação nem recompensa. Essa primeira
encarnação não deve ter servido senão para dar a cada uma delas a consciência
de sua existência, consciência que antes não tinham. Para ser lógico, seria
preciso admitir que as expiações e as recompensas não começariam a ser
inflingidas ou concedidas senão a partir da segunda encarnação, quando os
Espíritos já soubessem distinguir entre o Bem e o mal, experiência que lhes
faltaria quando de sua criação, mas que adquiriam por meio da primeira
encarnação. Tal opinião tem fundamento?”. Como consta n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, “o princípio inteligente se elabora, se individualiza pouco a pouco,
após o que sofre uma transformação e se torna Espírito, começando para ele o
período de Humanidade. Essa primeira fase – embora existam exceções -, é
geralmente cumprida numa série de existências que precedem o período chamado
humanidade, não sendo a Terra o ponto de partida da primeira encarnação humana,
iniciada em mundos ainda mais inferiores”. .Dizem ainda que “como
na natureza nada se faz de maneira brusca, durante algumas gerações o Espírito
pode conservar um reflexo mais ou menos pronunciado do estado primitivo, traços
que desaparecem com o desenvolvimento do livre arbítrio. Os primeiros
progressos se realizam lentamente, porque não são ainda secundados pela vontade,
mas seguem uma progressão mais rápida à medida que o Espírito adquire
consciência mais perfeita de si mesmo”. Esclarecendo a dúvida levantada. Kardec escreveu: “- Ignoramos
absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações do Espírito(...).
Apenas sabemos que são criadas simples e ignorantes, tendo todas, assim, o
mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o
livre arbítrio só se desenvolve pouco a pouco, após numerosas evoluções na vida
corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem após a segunda encarnação que a
alma tem consciência bastante nítida de si mesma, para ser responsável por seus
atos; talvez só após a centésima ou milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que
não goza da plenitude de suas faculdades nem um, nem dois dias após o
nascimento, mas depois de anos. E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio,
a responsabilidade cresce em razão do desenvolvimento da inteligência. Assim,
por exemplo, um selvagem que come os seus semelhantes é menos castigado que o
homem civilizado, que comete uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos
selvagens estão muito atrasados em relação a nós e, contudo, já estão bem longe
de seu ponto de partida. Durante longos períodos a alma encarnada é submetida a
influência exclusiva dos instintos de conservação; pouco a pouco esses
instintos se transformam em instintos inteligentes ou, melhor dito, se
equilibram com a inteligência; mais trade, e sempre
gradativamente, a inteligência domina os instintos. Só então é que começa
a séria responsabilidade. Além disso, o autor da pergunta comete dois erros
graves: o primeiro é o de admitir que o acaso decida do bom ou do mau caminho
que o Espírito segue em seu princípio. Se houvesse acaso ou fatalidade, toda
responsabilidade seria injusta. Como dissemos, o Espírito fica num estado
inconsciente durante numerosas encarnações; a luz da inteligência só se faz
pouco a pouco e a responsabilidade real só começa quando o Espírito age
livremente e com conhecimento de causa. O segundo erro é o de admitir que as
primeiras encarnações ocorram na Terra. A Terra foi, mas não é mais, um mundo
primitivo; os mais atrasados seres humanos encontrados na sua superfície já se
despojaram das primeiras fraldas da encarnação e os nossos selvagens estã em
progresso, comparativamente ao que eram antes que seu Espírito viesse a
encarnar neste Globo. Julgue-se agora o número de existências necessárias a
esses selvagens para transporem todos os degraus que os separam da mais
adiantada Civilização. Todos esses degraus intermediários se acham na Terra sem interrupção, e podem ser seguidos observando as
nuanças que distinguem os vários povos; só o começo e o fim aí não se
encontram.; o começo se perde nas profundezas do passado, que não nos é dado
penetrar. Alias isto pouco importa, pois tal conhecimento em nada nos
adiantaria. Não somos perfeitos, eis o que é positivo; sabemos que nossas
imperfeições são o único obstáculo à felicidade futura; assim, estudemo-nos, a
fim de nos aperfeiçoarmos. No ponto em que estamos, a inteligência está
bastante desenvolvida para permitir ao homem julgar sadiamente o bem e o mal; e
é também deste ponto que a sua responsabilidade é mais seriamente empenhada,
porque não mais se pode dizer o que dizia Jesus:
“-Perdoai-lhes, Senhor, pois não sabem o que fazem.”
sábado, 29 de dezembro de 2018
CONHECENDO A SI MESMO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 124
Os comportamentos
humanos nas relações entre si são marcados mais por atitudes impulsivas que
raciocinadas. Isso resulta de comprometimentos do individuo nas relações de si
para consigo mesmo e pra o grupo social em que está inserido. Comprometimentos
que terão de ser resolvidos se resultam em conflitos de consciência. Na
sequencia alguns esclarecimentos oferecidos pelo Espiritismo aos que buscam
implementar em suas vidas o “conhece-te a si mesmo”. Como o Princípio Inteligente do Universo se transformou no Espírito
iniciando o período de Humanização ou Humanidade? O princípio espiritual, desde o
obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente. Afastou-se do leito
oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama
das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na
floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo,
contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a
procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a
inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade,
da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto
para a razão. Nessa penosa
romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós. Estamos, em todas as épocas,
abandonando Esferas Inferiores, a fim de escalar as Superiores. O cérebro é o órgão sagrado de
manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a
espiritualidade humana. Em
síntese, o homem das últimas dezenas de séculos representa a Humanidade
vitoriosa, emergindo da bestialidade primária. (NMM;4) É possível ter se uma ideia do tempo gasto nessa caminhada? O Princípio Inteligente,
desde o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma
na Terra, a fim de que pudesse lançar as suas primeiras emissões de
pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos, com o titulo de homem(...)
dotado de raciocínio e discernimento, o Ser, para chegar aos primórdios da
Época Quaternária ( há 200 mil anos), em que a Civilização elementar do silex
denuncia algum primor de técnica despendeu mais ou menos 15 milhões de
séculos, ou um bilhão e meio de anos. (EDM,6) Como teria se operado o início da fase Humanidade? Ignoramos absolutamente em que condições se dão as primeiras
encarnações do Espírito; é um desses princípios das coisas que estão nos
segredos de Deus. Apenas sabemos que são criados simples e ignorantes, tendo
todos, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que
sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se desenvolve pouco a pouco e após
numerosas evoluções na vida corpórea. Não é, pois, nem após a primeira, nem
depois da segunda encarnação que o Espírito tem consciência bastante clara de
si mesmo, para ser responsável por seus atos; não é senão após a centésima,
talvez após a milésima. Dá-se
o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um,
nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. .(RE, 1/1864) O armazenamento do registro de percepções, sensações e experiências
se dá naturalmente através da memória cujos rudimentos podem ser observados no
Reino Mineral. Como o Espiritismo a explica? A memória pode ser comparada a placa sensível que, ao influxo da
luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus
inumeráveis aprendizados, dentro da vida. Cada existência de nossa alma, em
determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em
prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se
confundem. (ETC, 12) Que é a memória, senão uma espécie de álbum mais ou menos
volumoso, que se folheia para encontrar de novo as ideias apagadas e
reconstituir os acontecimentos que se foram? Esse álbum tem
marcas nos pontos capitais. De
alguns fatos o indivíduo imediatamente se recorda; para recordar-se de outros,
é-lhe necessário folhear por longo tempo o álbum.(OP) A memória é
como um livro! Aquele em que lemos algumas passagens facilmente no-las
apresenta aos olhos; as folhas virgens ou raramente perlustradas têm que ser
folheadas uma a uma, para que consigamos reconstituir um fato sobre o qual
pouco tenhamos demorado a atenção. Quando o Espírito encarnado se lembra,
sua memória lhe apresenta, de certo modo, a fotografia do fato que ele procura.
A memória é um disco vivo
e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som
de quanto falamos e ouvimos. Por
intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos. (LI, 11)
Assinar:
Postagens (Atom)