O tema ainda é visto com dificuldade pelos
espíritas. O Espiritismo, contudo, através das OBRAS BÁSICAS e outras
que as vieram ampliar oferece farto material para reflexões. Na sequência três
abordagens para os estudiosos do assunto: Sexo é
pecado? Diante
do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as
trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo
situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais
mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de
colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento
entre os homens. Cada homem e cada mulher que
ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das
possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou
menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio
afetivo, e é claramente, nas lavras da experiência, errando e acertando e
tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós – os
filhos de Deus em evolução na Terra – conseguirá sublimar os sentimentos que
nos são próprios, de modo a erguer-nos em definitivo para a conquista da
felicidade celeste e do Amor Universal. A vida
sexual de cada criatura é terreno sagrado para ela própria e, por
isto mesmo, abstenção, ligação afetiva, constituição de família,
vida celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são
problemas pertinentes à responsabilidade de cada um. Celibato e abstinência, em qualquer
forma de expressão, constituem tentames louváveis do Ser –
experiências de caráter transitório – nos quais, a fome de alimento
afetivo se lhes transforma no imo do coração, em fogo purificador, acrisolando-lhes
as tendências em clima de produção do Bem comum. Relações
sexuais envolvem responsabilidade. É comum a fixação do
sexo no equipamento genital do homem e da mulher. Freud definiu o objetivo do
impulso sexual como procura de prazer. A visão e conceitos dominantes no mundo
atual distorcem a verdade? É
indispensável dilatar a definição para arredá-la do campo erótico em que foi
circunscrita. Pela energia criadora do amor, a
alma em se aperfeiçoando, busca sempre os prazeres mais nobres. Temos
assim, o prazer de ajudar, de descobrir, de purificar, de redimir, de iluminar,
de estudar, de aprender, de elevar, de construir e toda uma infinidade de
prazeres, condizentes com os mais santificantes estágios do Espírito. Encontramos,
desse modo, almas que se amam profundamente, produzindo inestimáveis valores
para o engrandecimento do mundo, sem jamais se tocarem umas nas outras, do
ponto de vista fisiológico, embora permutem constantemente os raios
quintessenciados do amor para a edificação das obras a que se afeiçoam (AR; Silas/AL/FCX) Nas obras da série NOSSO LAR, o assunto é colocado como responsável
por grande parte dos conflitos vivenciados pelo Ser humano na sua caminhada
evolutiva e nas relações em nosso Plano. Qual a base dessa afirmação? Comunhão sexual em bases de afinidade e
confiança, estabelece entre ambas as pessoas um
circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente
de energias espirituais em regime de reciprocidade. A fuga de um dos parceiros ao compromisso,
sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, criando a
ruptura no sistema de permuta de cargas magnéticas de manutenção, precipitando
o prejudicado em descontrole que, muitas vezes, descamba na delinquência. Os resultados
repercutem no agressor que partilhará no futuro das consequências desencadeadas
por ele próprio, na forma de conflitos e frustrações em reencarnações que o levem a exonerar do
próprio Espírito, as mutilações e conflitos hauridos no clima da irreflexão,
seja no corpo de nossas manifestações ou no ambiente da vida pessoal, aprendendo
através da penalogia sem cárcere aparente, que nunca lesaremos a outrem sem
lesar a nós mesmos. Sede febril de prazeres
inferiores na área da sexualidade, gera bacilos
psíquicos, espécie de larvas, cultivadas não apenas pela
incontinência no domínio das emoções próprias em experiências sexuais variadas,
mas também no contato com entidades grosseiras afinadas com as predileções
do indivíduo que o visitam com frequência, à maneira de imperceptíveis vampiros.
(ML)
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