A Ciência afirma
que todos os mamíferos sonham. Desde Freud as mais diferentes teses são
apresentadas para justificar e explicar essa experiência tão importante na vida
das criaturas humanas. Na sequência reunimos alguns dos elementos oferecidos
pelo Espiritismo para entendimento da questão.Das conclusões do Psiquiatra Freud (1900), expostas no livro A
INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS - às observações dos Neurocientistas sobre o sono
chamado REM – Movimento Rápido dos Olhos (1953), muitas descobertas no campo da
Fisiologia e da Mente foram consumadas. Respectivamente cinquenta e cem anos
antes, o pesquisador Allan Kardec incluiu n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, originais e
substanciais revelações sobre o tema sono. O que dizem elas? O sono natural é a suspensão momentânea da
vida de relação. Entorpecimento
dos sentidos durante o qual se interrompem as relações da alma com o mundo
exterior por meio dos órgãos. (IPME) O sono liberta parcialmente
a alma do corpo. Quando o
homem dorme, momentaneamente se encontra no estado em que estará de
maneira permanente após a morte. Por efeito do sono, os
Espíritos encarnados estão sempre em relação com o Mundo dos Espíritos.
Nisso que chamais sono só tens o repouso do corpo, porque o
Espírito está em movimento. No sono, ele recobra um pouco de sua
liberdade e se comunica com os que lhe são caros, seja neste ou em outros
mundos. Mas como o
corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões
recebidas pelo Espírito, mesmo porque o Espírito não as percebeu pelos
órgãos do corpo. (LE) No
sono é só o corpo que repousa, o Espírito não dorme. As observações práticas provam que,
nessas condições, o Espírito goza de toda a liberdade e da plenitude das suas
faculdades; aproveita-se do repouso do corpo, dos momentos em que este lhe
dispensa a presença, para agir separadamente e ir aonde quer. Durante a vida, qualquer que seja a
distância a que se transporte, o Espírito fica sempre preso ao corpo por um
cordão fluídico, que serve para atraí-lo, quando a sua presença se torna
necessária. Só a morte
rompe esse laço. (OQE,136) Os sonhos não
são então mero efeito dos conflitos do inconsciente e consciente?
Entre os sonhos uns há que têm um caráter de tal modo positivo que,
racionalmente, não poderiam ser atribuídos apenas a um jogo da imaginação; tais
são aqueles nos quais se adquire, ao despertar, a prova da realidade do que se
viu, e em que absolutamente não se pensava. Os mais difíceis de explicar são os que
nos apresentam imagens incoerentes, fantásticas, sem realidade aparente.
As pessoas que se veem em sonho, são sempre
aquelas das quais tem o aspecto? São,
quase sempre, essas mesmas pessoas que vosso Espírito vai encontrar ou que veem
vos encontrar. (LM, 4/100) Se sonhamos mais frequentemente
com as que constituem nossas preocupações é que o pensamento é um veiculo de
evocação e por ele chamamos a nos o Espírito dessa pessoas, quer estejam elas
encarnadas ou não. (IPSME) As
experiências vividas nos sonhos então
não devem ser levadas a sério? Necessariamente
incompleta e imperfeita é a visão espiritual nos Espíritos encarnados e, por
conseguinte, sujeita a aberrações. Tendo por sede a própria alma, o
estado desta há de influir nas percepções que aquela vista faculte. Segundo o
grau de desenvolvimento, as circunstâncias e o estado moral do indivíduo, pode
ela dar, quer durante o sono, quer no
estado de vigília: 1º - a
percepção de certos fatos materiais e reais, como o conhecimento de alguns que
ocorram a grande distância, os detalhes descritivos de uma localidade, as
causas de uma enfermidade e os remédios convenientes; 2º -
a percepção de coisas igualmente reais do mundo espiritual, como a presença dos
Espíritos; 3º -
imagens fantásticas criadas pela imaginação, análogas às criações fluídicas do
pensamento. Estas criações se acham sempre em
relação com as disposições morais do Espírito que as gera. É assim
que o pensamento de pessoas fortemente imbuídas de certas crenças religiosas e
com elas preocupadas lhes apresenta o inferno, suas fornalhas, suas torturas e
seus demônios, tais quais essas pessoas os imaginam. Às vezes,
é toda uma epopeia. (G, 14:27/28)
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