O Professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS
DA DOUTRINA ESPIRITA , eme ) responde a
duas duvidas relativamente comuns. REVELAÇÕES DO PASSADO Como podemos explicar, do ponto de vista espírita, que tantas
pessoas, que passaram pela Terapia de Vidas Passadas, talvez a maioria delas,
se lembrem de terem sido reis, príncipes, chefes de estado e personalidades
importantes da História? Será que elas estão imaginando tudo isso ou, no
passado, havia mais gente importante do que pessoas comuns? Vários terapeutas espíritas têm se preocu pado com as
reportagens que a televisão costuma apresentar ao público leigo, fazendo
apologia da TVP, através de exageradas revelações que fluem com muita
facilidade da mente dos pacientes para o público. Dizem que, além do exagero
promocional da TV, é difícil para o profissional separar o que é a lembrança do
real da mera fantasia criada pela mente imaginosa, e que o objetivo da terapia
não é a revelação do passado, mas a cura. O terapeuta pode sentir a mente
supercriativa, recurso comum para a alimentação do ego, mas dificilmente saberá
separar com precisão o real do imaginário. Além disso, TVP não é Espiritismo,
não tem por fim verificar a realidade ou não dos relatos apresentados pelo
paciente; é apenas uma técnica de tratamento psicológico surgida nos Estados
Unidos, há alguns anos atrás. A Doutrina Espírita tem um posicionamento
inequívoco a respeito de revelações do passado em O LIVRO DOS ESPÍRITOS , valorizando o fenômeno do esquecimento como
meio de defesa da mente encarnada, razão pela qual para ela a regra é não se
lembrar de encarnações anteriores. No entanto, mesmo no meio espírita, por
ignorância ou vaidade, muitos grupos se utilizam do expediente perigoso da
revelação, apresentando aos consulentes histórias que servem para
identificá-los com personalidades importantes do passado, sem o mínimo critério
crítico de análise. Tal procedimento, além de não se coadunar com a moral
espírita, fere frontalmente o princípio lógico do bom senso, defendido por
Erasto em O LIVRO DOS MÉDIUNS ( “É preferível rejeitar nove verdades a aceitar
uma só falsidade”) e ratificado por Allan Kardec em toda sua obra. SUICÍDIO FRUSTRADO - Certa vez, quando passava por um período muito crítico, com muitos
problemas na família, levantei de madrugada e resolvi acabar com minha vida. Eu
tinha guardado no armário da cozinha um pacote contendo poderoso veneno, que
seria a solução para o meu caso. Dirigi-me à cozinha, revirei o armário, mas
não o encontrei. Eu estava muito bem acordada. Voltei frustrada para a cama e
acabei dormindo. No outro dia de manhã, já refeita, a minha disposição para a
vida era outra. Foi, então, que voltei ao armário e encontrei o pacote do
veneno exatamente no lugar onde o tinha deixado antes e onde não o encontrei
naquela madrugada. Nunca soube explicar o caso. É
possível que, por algum merecimento, você tenha tido ajuda de amigos
desencarnados que, a par de seus problemas existenciais, socorreram-na naquela
noite, tirando o veneno de seu campo de visão ou, até mesmo, desmaterializando
o pacote. A primeira explicação, fenômeno de efeito psicofisiológico, é a mais
plausível, mesmo porque as circunstâncias ( por ser madrugada e as próprias
percepções estarem sujeitas a distorções) eram favoráveis para isso. Em algumas
ocasiões, pessoas tentam o suicídio, mas não conseguem seu intento: uma dose
insuficiente de veneno ou algum outro erro de estratégia, uma pessoa que
aparece no momento oportuno para socorrer ou outra circunstância qualquer
interferindo no plano, são os meios que a Espiritualidade lança mão - às vezes,
com sucesso - para frustrar o suicídio e dar outra nova oportunidade para a
pessoa. Nem todos têm essa sorte e escapam ao aloucado ato, de modo que aqueles
que sobreviveram a uma situação tão infeliz,devem agradecer a Deus, valorizar
mais a vida e trabalhar tenazmente por um ideal, que é o que falta para grande
parte das pessoas.
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