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terça-feira, 27 de março de 2018

FALTANDO INTERAÇÃO


Tema ainda envolto em mistérios pelo fato do desconhecimento da visão do Espiritismo preservada n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, o sonho apenas sob o ângulo da neurociência e das escolas da Medicina dedicadas a saúde mental encontra farto material para estudos. Na sequência alguns dos ângulos apreciados pela Doutrina Espirita. Os sonhos não são então mero efeito dos conflitos do inconsciente e consciente? Entre os sonhos uns há que têm um caráter de tal modo positivo que, racionalmente, não poderiam ser atribuídos apenas a um jogo da imaginação; tais são aqueles nos quais se adquire, ao despertar, a prova da realidade do que se viu, e em que absolutamente não se pensava.  Os mais difíceis de explicar são os que nos apresentam imagens incoerentes, fantásticas, sem realidade aparente. As pessoas que se veem em sonho, são sempre aquelas das quais tem o aspecto? São, quase sempre, essas mesmas pessoas que vosso Espírito vai encontrar ou que veem vos encontrar. (LM, 4/100)  Se sonhamos mais frequentemente com as que constituem nossas preocupações é que o pensamento é um veiculo de evocação e por ele chamamos a nos o Espírito dessa pessoas, quer estejam elas encarnadas ou não. (IPSME) Aqueles que dizem ter sonhado antes com grandes eventos como acidentes naturais, de aviação, de transito ou familiares vivenciaram mesmo tais experiências? Os avisos por meio de sonhos desempenham grande papel nos livros sagrados de todas as religiões.  Sem garantir a exatidão de todos os fatos narrados e sem os discutir, o fenômeno em si mesmo nada tem de anormal, sabendo-se, como se sabe, que, durante o sono, é quando o Espírito, desprendido dos laços da matéria, entra momentaneamente na vida espiritual, onde se encontra com os que lhe são conhecidos. É com frequência essa a ocasião que os Espíritos protetores aproveitam para se manifestar a seus protegidos e lhes dar conselhos mais diretos.  São numerosos os casos de avisos em sonho, porém, não se deve inferir daí que todos os sonhos são avisos, nem, ainda menos, que tem uma significação tudo o que se vê em sonho.  Cumpre se inclua entre as crenças supersticiosas e absurdas a arte de interpretar os sonhos. (G, 15:3) E quanto aos sonhos relacionados a acontecimentos passados, inclusive de outras encarnações?  A experiência prova que, o Espírito encarnado, durante o sono do corpo, goza de certa liberdade e pode ter consciência de seus atos anteriores, saber porque sofre e que sofre justamente.  A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação.  A falta de uma lembrança precisa, que poderia ser-lhe penosa e prejudicial às suas relações sociais, permite-lhe haurir novas forças nesses momentos de emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los. (ESE, 5:11)  O não lembrar claramente embora as impressões de bem estar ou não que as pessoas conservam após o corpo ter retornado às atividades normais sugerem desse modo a vivência de experiências reais? Sonhos inconscientes proporcionam essas sensações indefiníveis de contentamento e felicidade, de que não nos damos conta, e que são um antegozo daquilo de que desfrutam os Espíritos felizes.  Deduz-se daí que o Espírito encarnado pode sofrer transformações que modificam suas aptidões.  Um fato que talvez não tenha sido suficientemente observado vem em apoio da teoria acima.  Do primeiro grau de lucidez o Espírito passa, por vezes, a um grau mais elevado, no qual adquire novas ideias e percepções mais sutis.  Saindo deste segundo grau para voltar ao primeiro, não se lembrará do que disse, nem do que viu; depois, passando deste grau para o estado de vigília, há um novo esquecimento.  Uma coisa a notar é que há lembrança do grau superior ao grau inferior, enquanto há esquecimento do grau inferior para o superior.  O que se passa influi sobre as faculdades e as aptidões do Espírito.  Dir-se-ia que do estado de vigília ao primeiro grau o Espírito é despojado de um véu; que do primeiro ao segundo grau é despojado de um segundo véu. Não mais existindo esses véus nos graus superiores, o Espírito vê o que está abaixo e se lembra; descendo a escala, os véus se refazem sucessivamente e lhe ocultam o que está acima, fazendo que deles perca a lembrança.   (RE,7/1865)


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