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quinta-feira, 8 de março de 2018

SESSÕES PÚBICAS E CASAMENTOS PROGRAMADOS


O professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) esclarece mais algumas dúvidas dos leitores.SESSÕES PÚBLICAS Gostaria de saber o que vocês pensam sobre sessões mediúnicas com a presença do público. Parece que Kardec foi contra e que a maioria dos autores espíritas, que li, tem a mesma opinião. É verdade que Kardec se preocupou muito com o trato que os espíritas devem dar à mediunidade, demonstrando que uma reunião de intercâmbio espiritual deve ser conduzida com todo cuidado, inclusive o de ser preservada da curiosidade pública que, na maioria das vezes, atrapalha. Kardec chega dizer , em O QUE É O ESPIRITISMO que a reunião mediúnica não tem por fim convencer as pessoas sobre a realidade da sobrevivência da alma, que, por esse meio, não se convence ninguém; diz também em O LIVRO DOS MÉDIUNS que a mediunidade, cuidada pelo Espiritismo, não se presta a exibições ou espetáculos de demonstração. Desse modo, entendemos que a preservação do grupo mediúnico é um dos fatores primordiais para a tranquilidade dos médiuns e para a garantia da própria autenticidade dos fenômenos. Se o desempenho de uma reunião, como afirma Kardec, depende do ambiente mental que os encarnados criam para que se deem os fenômenos, é claro que a existência de um grupo selecionado e orientado especificamente para isso, num ambiente fechado, impõe-se por imprescindível. Assim, o grupo mediúnico, além de não dar espetáculos de exibição, precisa se conscientizar da alta responsabilidade que lhe diz respeito no trato com os Espíritos, e, para tanto, não deve estar exposto à simples curiosidade ou interferência mental da platéia. CASAMENTOS PROGRAMADOS Devem existir casamentos programados na Espiritualidade e casamentos não programados. Presumo que os primeiros são aqueles que dão certo, porque os Espíritos já se conhecem e já estão ligados antes de virem para a Terra. Os outros são aqueles que fracassam. Sendo assim, seria útil a gente consultar a Espiritualidade para saber realmente o que está programado ou não? O fato de um casamento está programado pelos Espíritos-cônjuges não quer dizer, absolutamente, que será um casamento bem sucedido, no sentido de preservar um bom relacionamento entre eles, enquanto casados na Terra. A união matrimonial não quer dizer identidade de propósitos sempre, nem tampouco facilidade de conciliação. É possível que esses Espíritos estejam realmente procurando o caminho da reconciliação através do casamento, mas essa condição não é suficiente para garantir o êxito do plano, pois, como seres humanos, ainda somos muito frágeis nessa questão de convivência e podemos falhar a qualquer momento. A programação pode realmente existir, como uma forma de organizar as metas desses Espíritos e poderá ajudá-los na condução de seus propósitos, mas a solução do problema vai depender do efetivo desempenho de cada um. Por outro lado, seria precipitado afirmar que um determinado casamento não deu certo só porque não foi planejado na Espiritualidade. Nada disso. O mais importante no matrimônio não é o fato de ter sido planejado ou não, pois não é simplesmente esse fator que vai garantir seu êxito, mas, sim, o desempenho dos Espíritos diante do compromisso que assumem, um diante do outro, e ambos para com os filhos. Um casamento não previsto pode muito bem ser melhor sucedido que um outro que foi adredemente preparado, por causa da maturidade dos cônjuges em matéria de relacionamento. Respeito, consideração, responsabilidade, amor, para serem exercitados, não dependem apenas de planejamento, mas da capacidade de o Espírito aprender a conviver. Portanto, não há nenhum sentido prático em se buscar tal informação, se o objetivo é apenas ter uma vida comum saudável.

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