A cada nova
reencarnação o Espírito ou a Individualidade além da nova identidade vai
compondo com as influências do meio em que ressurge uma nova personalidade. Tal
máscara somando as características da passagem anterior por nossa Dimensão vai
definir a conduta peculiar na jornada no Plano Físico. Na sequência alguns
elementos para reflexão com base nos conteúdos espíritas: 1- Na construção da personalidade determinada por nova reencarnação,
como acertar se a criatura não tem a mínima noção sobre as Leis, mecanismos,
enfim, sobre assuntos espirituais? Em si mesmo o homem encontra tudo o que lhe é
necessário para cumpri-las. A consciência lhe traça a rota. (G) A Lei de Deus está escrita
na consciência. (LE) Ao demais, Deus lhe
lembra, constantemente, por intermédio
de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a
missão de os esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela
multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. (G) No
ponto em que estamos, a inteligência está bastante desenvolvida para permitir
ao homem julgar sadiamente o Bem e o mal; e é também deste ponto que a sua
responsabilidade é mais seriamente empenhada. (RE) Na mente reside o comando. A
consciência traça o destino, o corpo reflete a alma. (ETC)O
sentimento de culpa é sempre um colapso da consciência e, através dele,
sombrias forças se insinuam.(ETC) O
remorso é uma consequência do desenvolvimento do senso moral; não existe onde o
senso moral ainda se acha em estado latente. É por isto que os povos selvagens
e bárbaros cometem sem remorso as piores ações. Aquele, pois, que se
pretendesse inacessível ao remorso assemelhar-se-ia ao bruto. À medida que o homem progride, o
senso moral torna-se mais apurado; revela-se ao menor desvio do reto caminho.
Daí o remorso, que é o primeiro passo para a volta do bem. (RE) 2- Característica
absolutamente pessoal, a personalidade, digamos, circunstancial, sempre será,
desse modo, o resultado de fatores como as influências familiares, do meio,
condição social, restrições físico-mentais, efeito das experiências agradáveis
ou desagradáveis, repercussões do passado próximo ou remoto, inversões ou
tendências na área da sexualidade, etc? A
reencarnação não é uma punição para o Espírito, mas uma condição inerente à
inferioridade de Espírito e um meio de progredir. Pelo
seu livre-arbítrio pode, por negligência, ou má vontade, retardar seu
progresso; por consequência, prolongar a duração de suas encarnações materiais,
as quais se tornam para ele – aí sim -, uma punição, pois que, por sua culpa,
permanece nas fileiras inferiores, obrigado a recomeçar a mesma tarefa,
dependendo somente dele abreviar a duração de suas encarnações, mediante seu
trabalho de purificação sobre si mesmo. (G) Em virtude de uma rigorosa
justiça distributiva, o homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem. Se foi
duro e desumano, poderá ser, por sua vez, tratado com dureza e desumanidade, se
foi orgulhoso, poderá nascer numa condição humilhante; se foi avarento,
egoísta, ou se empregou mal a sua fortuna, poderá ver-se privado do necessário;
se foi mau filho, poderá sofrer com os próprios filhos; e assim por diante. (ESE) As tribulações da vida podem
ser impostas aos Espíritos endurecidos, ou demasiado ignorantes para fazerem
uma escolha consciente, mas, são livremente escolhidas e aceitas pelos
Espíritos arrependidos que querem reparar o mal que fizeram e tentar fazer
melhor. 3- Conscientizada sobre sua condição de Espírito em evolução, como a
pessoa pode compor um perfil da sua personalidade ante os fatores – vida
familiar, social, auto-imagem, tendências na área da sexualidade, etc -, que a
estruturaram na vida atual? O conhecimento de si mesmo é a chave do
melhoramento individual, embora julgando a si mesmo, o indivíduo tenda a ter a
ilusão do amor próprio, que atenua as faltas, as tornando desculpáveis. O
avaro, por exemplo, se julga simplesmente econômico e previdente, o orgulhoso
se considera tão somente cheio de dignidade. Um procedimento interessante é
habituar-se ao final de cada dia realizar uma revisão do que fez, se cumpriu
todas as suas obrigações, se ninguém tem do que reclamar de sua pessoa, o que
fez de bom ou mal, com que intenções agiu. Perguntas claras e precisas, não
temendo multiplicá-las. Muitas faltas que se comete, passam desapercebidas,
sendo percebidas quando da realização do exercício sugerido, a partir de
respostas objetivas, um sim ou um não, que não deixam lugar a alternativas,
respostas que são outros argumentos pessoais, pela soma dos quais podemos computar
a soma do Bem ou do Mal que existe em nossa personalidade. (LE)
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