Leitores obtém
esclarecimentos a suas duvidas com o professor José Benevides
Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) CRIANÇAS NO MUNDO
ESPIRITUAL Como é o desencarne de crianças
pequenas ou bebês, visto que estes morreram antes de desenvolverem suas
aptidões intelectuais e crenças religiosas? Eles, de algum modo, acabam sabendo
que estão no mundo espiritual, ou veem nele apenas uma "brincadeira",
um lugar para o qual foram e se sentem bem? Alguma leitura sugerida? Cada Espírito, que desencarna ainda
criança, tem a sua própria história oculta, que se desenrolou através de
inúmeras reencarnações e vivências no plano espiritual. Alguns Espíritos, que
já alcançaram um adiantado grau evolutivo, ao retornarem para o Mundo dos
Espíritos, assumem quase que imediatamente a condição anterior de adulto,
retomando seu curso natural de atuação. Outros, talvez a maioria, devido à sua
precariedade espiritual, conservam a condição de criança no outro plano da
vida, porquanto necessitam vivenciar mais tempo essa experiência, através da
qual se predisporiam mais aptos a se submeter a novos aprendizados. Os
primeiros, ao retornarem, recobram incontinenti a capacidade já conquistada ao
longo da evolução, enquanto os demais permanecem submetidos à lei natural e,
certamente, serão conduzidos, tratados e educados em educandários para
crianças. André Luiz trata muito bem desse tema na sua obra ENTRE A TERRA E O CÉU, recebida
por Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, capítulos X e XXIX. E A JUMENTA FALOU!... "Em Números, XXII, 28
e seguintes, lemos um diálogo de Balaão com sua montaria, uma jumenta. Como o Espiritismo
interpreta tal caso? É possível um animal ser usado como médium como, no caso,
um médium de psicofonia? Trata- se de um episódio bíblico, em
que o personagem Balaão ia montado numa jumenta, castigando-a com severidade
para que andasse mais depressa. A Bíblia diz que "O Senhor abriu a boca da
jumenta e ela disse: - Que te fiz eu? Por que me feres? Esta é já a terceira
vez?" e continuou reclamando dos maus tratos, até que um anjo
apareceu para Balaão e o fez ver o erro que estava cometendo ao castigar o
indefeso animal. Na verdade, as pessoas crentes e simples lêem a Bíblia em
atitude de adoração e completa submissão à fé, tomando a letra como verdade
inquestionável e absoluta, sem questionar um único ponto, porque essas pessoas,
que estão em busca de segurança para combater o seu medo, não desenvolveram
ainda o espírito crítico. Para elas, a Bíblia é a autoridade maior que existe
no mundo, porque é a palavra de Deus e, assim, pensando na infalibilidade da
palavra bíblica, não ousam analisar ou discutir as informações ali prestadas.
Relatos como esse da jumenta de Balaão, afigura-se-nos como uma simples fábula
- estória fantástica em que os animais falam - e que, certamente, foi inserida
num episódio da história do povo hebreu para lhe dar um colorido mágico,
demonstrando de que o deus Iavé ou Javé ( também conhecido por Jeová), era
capaz. Trata-se, evidentemente, de uma estória que se adequava muito bem à
infância da Humanidade, mas que hoje só poderia ser considerada imaginária ou
maravilhosa, sobretudo infantil. Para nós, espíritas, que somos alertados para
ler antes com a razão do que com o coração ( "é preferível
rejeitar 9 verdades a aceitar uma só falsidade" - Erasto) ,
a estória da jumenta que fala não pode ser verídica, mesmo porque a mediunidade
é uma faculdade exclusivamente humana. Sendo um transmissor da mensagem do
Espírito, o médium, que é também um Espírito, só pode ser utilizado nos limites
de sua capacidade e aptidão, como homem que raciocina e fala. Os animais,
chamados irracionais, são dotados de uma inteligência rudimentar e podem ter
certos lances de percepções extra-sensoriais, como consta dos anais de algumas
pesquisas, mas, definitivamente, eles não são médiuns no sentido estrito que a
Doutrina Espírita dá à palavra. Leia em O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec, capítulo
XXII, "Da Mediunidade nos Animais", e em "MEDIUNIDADE"
de J. Herculano Pires, EDICEL, capítulo XI, "MEDIUNIDADE ZOOLÓGICA".
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