Avançam em meio as
resistências naturais diante do novo as pesquisas que confirmam a influência da
mente sobre as desarmonias do corpo físico. Na sequencia alguns apontamentos
para firmarmos nossas posições e opiniões. Para se
relacionar com a vida, o Espírito se vale do instrumento chamado Mente. O que
vem a ser? A mente humana, ainda que indefinível pela
conceituação científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação
vital no Planeta. A mente emana
do Espírito. É o instrumento criado pelo Espírito
para aspirar, canalizar e modelar a energia espiritual extravasando seus
impulsos ou aplicando-a para os fins que tem em mira. É
a sede do raciocínio que guia nossos atos. A
mente é o espelho da vida em toda parte . (PV, 1) É um núcleo de
forças inteligentes, gerando plasma sutil (pensamento) que, a exteriorizar-se
incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade às figuras de nossa imaginação,
sob o comando de nossos próprios desígnios. (NDM; 1) Toda mente vibra na onda de estímulos e pensamentos em
que se identifica, gerando o Espírito em si mesmo inimaginável potencial de forças
mento-eletromagnéticas, exteriorizando nessa corrente psíquica os recursos e
valores que acumulou em si próprio. (MM;12) Cada
tipo de mente vive na Dimensão com que se harmonize. (FT, ) A Biologia molecular conseguiu provar a ação do pensamento
sobre a estrutura celular. A vida biológica obedece então a princípios
anteriores aos considerados pelos conhecimentos científicos atuais? A
célula nervosa é entidade de natureza elétrica, que diariamente se nutre de
combustível adequado. Há neurônios sensitivos, motores,
intermediários e reflexos. Existem os que recebem as sensações exteriores e os
que recolhem as impressões da consciência. Em todo o cosmo celular agitam-se
interruptores e condutores, elementos de emissão e de recepção. A mente é a
orientadora desse universo microscópico, em que bilhões de corpúsculos e
energias multiformes se consagram a seu serviço. Dela emanam as correntes da vontade,
determinando vasta rede de estímulos, reagindo ante as exigências da paisagem
externa, ou atendendo às sugestões das zonas interiores. Colocada entre o objetivo e o subjetivo,
é obrigada pela Divina Lei a aprender, verificar, escolher, repelir, aceitar,
recolher, guardar, enriquecer-se, iluminar-se, progredir sempre. Do plano objetivo, recebe-lhe os atritos e as
influências da luta direta; da esfera subjetiva, absorve-lhe a inspiração, mais
ou menos intensa, das inteligências desencarnadas o encarnadas que lhe são
afins, e os resultados das criações mentais que lhe são peculiares. Ainda que permaneça aparentemente
estacionária, a mente prossegue seu caminho, sem recuos, sob a indefectível
atuação das forças visíveis ou das invisíveis. (OVE,4) Apontados pelo Espiritismo como responsáveis pelos
comportamentos retardadores da evolução espiritual, os efeitos comportamentais
conhecidos como egoísmo e o orgulho podem ser entendidos como naturais do
processo, derivados da emoção e da inteligência? O egoísmo e o
orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação. Todos os instintos têm sua razão de ser
e utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o
produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, qualquer
sentimento é bom em si mesmo. O
exagero é o que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece com todas as paixões
que o homem frequentemente desvia do seu objetivo providencial. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso
por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e
orgulhoso, desvirtuando o instinto que
Deus lhe outorgou para sua conservação. Não podem os homens ser felizes, se não
viverem em paz, isto é, se não os animar um sentimento de benevolência, de
indulgência e de condescendência recíprocas; numa palavra: enquanto procurarem
esmagar-se uns aos outros. (OP) A maior parte das
misérias da vida tem origem no egoísmo dos homens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário