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sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
INFLUÊNCIA ESPIRITUAL, KARDEC - HOJE E SEMPRE 7
Obsessão e
influência espiritual caminham próximas. A segunda situação conduz à primeira.
Paulatinamente as criaturas humanas de nossa Dimensão acabarão por convencer-se
disso. E prevenir-se. Na sequência alguns esclarecimentos oferecidos por Allan
Kardec nas páginas da REVISTA
ESPÍRITA. Os Espíritos então tomam parte
ativa em nossas vidas? Muito
comumente os Espíritos são vistos assim pelos videntes: os veem ir, vir,
entrar, sair, circular em meio aos vivos, dando a impressão – pelo menos os
Espíritos comuns – de tomar parte ativa no que se passa em seu redor e
interessar-se conforme o assunto, escutando o que se diz. Por vezes, vê-se que se
aproximam das pessoas, soprando-lhes ideias, influenciando-as, consolando-as. (RE,1861) De que forma? Em todos os tempos os
bons e os sábios ajudaram os intelectualmente desenvolvidos por inspirações, ao
passo que outros se limitam a nos guiar nos atos ordinários da vida; mas essas
inspirações, que ocorrem pela transmissão de pensamento a pensamento, são
imperceptíveis, discretas e não podem deixar qualquer traço material. Se
o Espírito quiser manifestar-se ostensivamente, é preciso que aja sobre a
matéria; se quer que seu ensino, em vez de ter o vago e incerto pensamento,
tenha precisão e estabilidade, precisa de sinais materiais e para tanto –
deixam passar a expressão – serve-se de tudo que lhe cai às mãos, desde que nas
condições apropriadas à sua natureza. Serve-se de uma pena, de um lápis, se
quiser escrever, de um objeto qualquer, mesa ou panela, se quiser bater, sem
que por isso seja humilhado.. (RE; 4/1861) Os Espíritos mantem-se ligados aos que deixaram no nosso Plano? Uns participam de nossas punições, como de nossas
alegrias, enquanto outros sofrem com nossos prazeres ou gozam com nossas dores,
ao passo que outros, finalmente, a tudo se mostram indiferentes, exatamente
como acontece na Terra, entre os mortais, cujas afeições, antipatias, vícios e
virtudes são conservadas no outro mundo. A diferença é que os bons desfrutam na
outra vida uma felicidade desconhecida na Terra, o que é bem compreensível: não
tendo necessidades materiais a satisfazer, nem obstáculos do mesmo gênero a
vencer; se viveram bem, isto é, se nada temem, pouco tem a lamentar de sua
última existência corpórea, gozam em paz o testemunho de sua consciência e do
Bem que fizeram. E os que vivenciaram o
mal? Se viveram mal; se foram
maus, como lá o são a descoberto, pois não podem mais dissimular como sob o
envoltório material, sofrem a vergonha de serem conhecidos e observados; sofrem
a presença daqueles a quem ofenderam, desprezaram, oprimiram, bem como a
impossibilidade, em que se acham, de subtrair-se aos olhares de todos; sofrem,
finalmente, o remorso que os corrói, até que o arrependimento os venha aliviar
- o que acontece mais cedo ou mais tarde – ou que uma nova encarnação o
subtraia, não às vistas de outros Espíritos, mas às próprias vistas, tirando-lhes
momentaneamente a consciência de sua identidade; então, perdendo a lembrança do
passado, sentem-se aliviados. (RE; 1861) Mesmo ignorando a realidade da influência espiritual seremos responsabilizados
por efeitos advindos dela? Se
sucumbirmos não nos poderemos queixar senão de nós mesmos, porque a ignorância
não nos servirá de desculpa. O perigo está no império que os maus Espíritos
exercem sobre as pessoas, o que não é apenas uma coisa funesta, do ponto de
vista dos erros de princípios que aqueles podem propagar, como ainda do ponto
de vista dos interesses da vida material. (RE;
1859) Tal influência é constante e permanente? É
preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um mundo, toda uma
população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se em tudo quanto
fazemos. Se se viesse a levantar o véu que nô-los oculta, vê-los-íamos em redor
de nós, indo e vindo, seguindo-nos, ou nos evitando segundo o grau de simpatia;
uns indiferentes, ocultos, outros muito ocupados, quer consigo mesmos, quer com
os homens, aos quais se ligam, com um propósito mais ou menos louvável, segundo
as qualidades que os distinguem. Numa palavra veríamos uma réplica do gênero
humano, com suas boas e más qualidades, com suas virtudes e com seus vícios.
Este acompanhamento, ao qual não podemos escapar, porque não há recanto
bastante oculto para se tornar inacessível aos Espíritos, exerce sobre nós,
queiramos ou não, uma influência permanente. Uns nos impelem para o Bem, outros
para o mal; muitas vezes as nossas decisões são resultado de sua sugestão;
felizes quando temos juízo bastante para discernir o bom e o mau caminho, por
onde nos procuram arrastar. (RE; 1859)
terça-feira, 28 de agosto de 2018
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
MARCADO PARA ACONTECER E KARDEC - HOJE E SEMPRE 4
Especialmente quando acontecem grandes tragédias, a imprensa costuma expor depoimentos de pessoas que afirmam ter sonhado antecipadamente ou tido “insights” desses eventos tão impactantes na opinião publica. Tal fato não é peculiar de nossa época e a prova disso encontramos na seção Questões e Problemas do número de junho de 1866 da REVISTA ESPÍRITA. Nela, Allan Kardec reproduz a resposta do Espírito Dr Demeure, obtida na reunião de 13 de maio daquele ano, através do médium o Sr. Tail, à pergunta “Quando alguma coisa é pressentida pelas massas, geralmente, se diz que está no ar. Qual a origem desta expressão?”. Explica o Espírito: “- Esse pressentimento geral à aproximação de algum acontecimento grave tem duas causas: a primeira vem das massas inumeráveis de Espíritos que incessantemente percorrem o Espaço e que tem conhecimento das coisas que se preparam. Em consequência de sua desmaterialização, estão mais em condições de seguir seu desenrolar e prever seu desfecho. Estes Espíritos, incessantemente roçam a Humanidade, comunicando-lhe seus pensamentos pelas correntes fluídicas que ligam o Mundo corporal ao Espiritual .Apesar de não verdes, seus pensamentos vos chegam como o aroma das flores ocultas na folhagem e os assimilais inadvertidamente. O ar está literalmente sulcado por essas correntes fluídicas, que, por toda parte, semeia más ideias, de tal sorte que a expressão está no ar não é só uma imagem, mas positivamente verdadeira. Certos Espíritos são mais especialmente encarregados pela Providência de transmitir aos homens o pressentimento das coisas inevitáveis, visando lhes dar um secreto aviso, cumprindo essa missão espalhando-se entre eles. São como vozes íntimas, que retinem no seu íntimo. A segunda causa deste fenômeno, está no desprendimento do Espírito encarnado, durante o repouso do corpo. Nesses momentos de liberdade, se mistura aos Espíritos similares, aqueles com os quais há mais afinidade; impregna-se de seus pensamentos, vê o que não pode ver com os olhos do corpo, relata sua intuição ao despertar, como de uma ideia toda pessoal. Isso explica como a mesma ideia surge ao mesmo tempo em cem pontos diversos e em milhares de cérebros. Como sabeis, certos indivíduos são mais aptos que outros para receber o influxo espiritual, quer pela comunicação direta dos Espíritos estranhos, quer pelo desprendimento mais fácil de seu próprio Espírito. Muitos gozam, em graus diversos, da segunda vista, ou visão espiritual, faculdade muito mais comum que pensais, e que se revela de mil maneiras; outros conservam uma lembrança mais ou menos nítida do que viram em momentos de emancipação da alma. Em consequência desta aptidão, tem noções mais precisas das coisas; não sendo neles um simples pressentimento vago, mas a intuição, e nalguns, o conhecimento da própria coisa, cuja realização preveem e anunciam. Se se lhes pergunta como sabem, o maior numero deles não saberia explicar-se: uns dirão que uma voz interior lhes falou, outros que tiveram uma visão reveladora; outros, enfim, que o sentem sem saber como. Nos tempos da ignorância, e aos olhos das pessoas supersticiosas, passam por adivinhos e feiticeiros, quando são apenas pessoas dotadas de uma mediunidade espontânea e inconsciente, faculdade inerente à natureza e que nada tem de sobrenatural, mas que não podem compreender os que nada admitem fora da matéria. Essa faculdade existiu em todos os tempos, mas é de notar que se desenvolve e multiplica sob o império das circunstâncias, que dão um aumento de atividade ao Espírito, nos momentos de crise e à aproximação dos grandes acontecimentos. As revoluções, as guerras, as perseguições de partidos e seitas, sempre fizeram nascer um grande número de videntes e inspirados, qualificados de iluminados”. Num breve comentário, Kardec pondera: “-As relações do Mundo Corporal e Do Mundo Espiritual nada tem que admire, se se considerar que esses dois mundos são formados dos mesmos elementos, isto é, dos mesmos indivíduos, que passam alternadamente de um ao outro. Tal como é hoje entre os encarnados da Terra, será amanhã entre os desencarnados do Espaço, e, reciprocamente. O Mundo dos Espíritos não é, pois, um mundo à parte. É a Humanidade mesma, despojada de seu invólucro material, e que continua sua existência sob uma nova forma e com mais liberdade. As relações desses dois mundos, de contatos incessantes, fazem parte, pois, de Leis naturais. A ignorância da Lei que os rege foi a pedra de tropeço de todas as filosofias. É por falta de seu conhecimento que tantos problemas ficaram insolúveis. O Espiritismo que é a ciência, dessas relações, dá a única chave que os pode resolver”.
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