O professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) retorna para responder a novas duvidas
de leitores. CONCEPÇÃO DE DEUS. Li com o primeiro capítulo do
LIVRO DOS ESPIRITOS, que trata de Deus. Achei interessante a visão espírita de
Deus como inteligência perfeita, mas acho que, no conceito de Deus, primeira
questão, os Espíritos deveriam incluir também os outros atributos, como
bondade, justiça, misericórdia, etc. para ficar mais
completo. Você está se referindo aos atributos de Deus, que vêm na questão 13,
mas nada impede que você mesmo construa o seu próprio conceito de Deus. O
problema, que os Espíritos colocam, está na dificuldade natural que temos de
conceituar a Perfeição. Por sermos imperfeitos, qualquer conceito que podemos
construir a respeito de Deus será inevitavelmente imperfeito. A ideia, que
podemos fazer de Deus, é mais intuitiva e, quando falamos ou escrevemos a seu
respeito, percebemos o quanto as palavras limitam a intuição. Para mais
profundidade no tema, leia "CONCEPÇÃO EXSTENCIAL DE DEUS" de J.
Herculano Pires, "QUE É DEUS?" de Elizeu F. da Mota Junior e
"DEUS É O ABSURDO" de Luciano dos Anjos. PALAVRAS AOS JOVENS “A prece
é o traço de luz que une as almas que se amam, onde quer que se encontrem.”
Emmanuel “Pela prece, encontramos o remédio salutar para nossas feridas,
bálsamo para as nossas dores, equilíbrio para as nossas dores. OS DINOSSAUROS E A BÍBLIA - Vi na televisão
uma reportagem sobre dinossauros, aqueles animais gigantescos que habitaram a
Terra há milhões de anos e que existiram também no Brasil. É no mínimo estranho
que a Bíblia, que dizem ser a palavra de Deus e trata da criação do mundo, não
fale em dinossauros... A Bíblia, embora se refira à criação
do mundo e dos seres vivos, não poderia se referir aos dinossauros, porque
quando foi escrita não se sabia e nem sequer se desconfiava da existência
desses animais. A visão de mundo que se tinha, então, era muitíssimo acanhada.
A Gênese da Bíblia fala de Adão e Eva como pessoas iguais a nós, mas não faz
nenhuma referência aos ancestrais humanos que nos antecederam na longa
experiência evolutiva de milhões de anos, descobertos pelos pesquisadores no
século XIX, mais de 3.000 anos depois de Moisés. Logo, Moisés - ou quem escreveu
o episódio da criação - estava muito distante desses conhecimentos e tinha
outra visão de mundo e outra concepção de vida. Naquela época, não se tinha a
mínima noção de evolução. Os conceitos vinham do mito, tanto entre os hebreus
como em qualquer outro povo; aliás, os sumérios, antes de Moisés, já falavam do
episódio da criação e do dilúvio, através da epopéia Gilgamesh. O homem
precisava encontrar uma explicação para o mundo em que vivia e do qual fazia
parte: o mito, próprio da infância da humanidade, foi o seu primeiro recurso.
Logo, a Bíblia, como nenhum livro antigo, não poderia antecipar os
conhecimentos que, só recentemente, foram alcançados pelo progresso do
pensamento humano e pela investigação e pela ciência.
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