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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

INFLUÊNCIA ESPIRITUAL, KARDEC - HOJE E SEMPRE 7


Obsessão e influência espiritual caminham próximas. A segunda situação conduz à primeira. Paulatinamente as criaturas humanas de nossa Dimensão acabarão por convencer-se disso. E prevenir-se. Na sequência alguns esclarecimentos oferecidos por Allan Kardec nas páginas da REVISTA ESPÍRITA. Os Espíritos então tomam parte ativa em nossas vidas? Muito comumente os Espíritos são vistos assim pelos videntes: os veem ir, vir, entrar, sair, circular em meio aos vivos, dando a impressão – pelo menos os Espíritos comuns – de tomar parte ativa no que se passa em seu redor e interessar-se conforme o assunto, escutando o que se diz. Por vezes, vê-se que se aproximam das pessoas, soprando-lhes ideias, influenciando-as, consolando-as.  (RE,1861) De que forma? Em todos os tempos os bons e os sábios ajudaram os intelectualmente desenvolvidos por inspirações, ao passo que outros se limitam a nos guiar nos atos ordinários da vida; mas essas inspirações, que ocorrem pela transmissão de pensamento a pensamento, são imperceptíveis, discretas e não podem deixar qualquer traço material. Se o Espírito quiser manifestar-se ostensivamente, é preciso que aja sobre a matéria; se quer que seu ensino, em vez de ter o vago e incerto pensamento, tenha precisão e estabilidade, precisa de sinais materiais e para tanto – deixam passar a expressão – serve-se de tudo que lhe cai às mãos, desde que nas condições apropriadas à sua natureza. Serve-se de uma pena, de um lápis, se quiser escrever, de um objeto qualquer, mesa ou panela, se quiser bater, sem que por isso seja humilhado.. (RE; 4/1861) Os Espíritos mantem-se ligados aos que deixaram no nosso Plano? Uns participam de nossas punições, como de nossas alegrias, enquanto outros sofrem com nossos prazeres ou gozam com nossas dores, ao passo que outros, finalmente, a tudo se mostram indiferentes, exatamente como acontece na Terra, entre os mortais, cujas afeições, antipatias, vícios e virtudes são conservadas no outro mundo. A diferença é que os bons desfrutam na outra vida uma felicidade desconhecida na Terra, o que é bem compreensível: não tendo necessidades materiais a satisfazer, nem obstáculos do mesmo gênero a vencer; se viveram bem, isto é, se nada temem, pouco tem a lamentar de sua última existência corpórea, gozam em paz o testemunho de sua consciência e do Bem que fizeram.   E os que vivenciaram o mal? Se viveram mal; se foram maus, como lá o são a descoberto, pois não podem mais dissimular como sob o envoltório material, sofrem a vergonha de serem conhecidos e observados; sofrem a presença daqueles a quem ofenderam, desprezaram, oprimiram, bem como a impossibilidade, em que se acham, de subtrair-se aos olhares de todos; sofrem, finalmente, o remorso que os corrói, até que o arrependimento os venha aliviar - o que acontece mais cedo ou mais tarde – ou que uma nova encarnação o subtraia, não às vistas de outros Espíritos, mas às próprias vistas, tirando-lhes momentaneamente a consciência de sua identidade; então, perdendo a lembrança do passado, sentem-se aliviados. (RE; 1861) Mesmo ignorando a realidade da influência espiritual seremos responsabilizados por efeitos advindos dela? Se sucumbirmos não nos poderemos queixar senão de nós mesmos, porque a ignorância não nos servirá de desculpa. O perigo está no império que os maus Espíritos exercem sobre as pessoas, o que não é apenas uma coisa funesta, do ponto de vista dos erros de princípios que aqueles podem propagar, como ainda do ponto de vista dos interesses da vida material. (RE; 1859) Tal influência é constante e permanente? É preciso não perder de vista que os Espíritos constituem todo um mundo, toda uma população que enche o espaço, circula ao nosso lado, mistura-se em tudo quanto fazemos. Se se viesse a levantar o véu que nô-los oculta, vê-los-íamos em redor de nós, indo e vindo, seguindo-nos, ou nos evitando segundo o grau de simpatia; uns indiferentes, ocultos, outros muito ocupados, quer consigo mesmos, quer com os homens, aos quais se ligam, com um propósito mais ou menos louvável, segundo as qualidades que os distinguem. Numa palavra veríamos uma réplica do gênero humano, com suas boas e más qualidades, com suas virtudes e com seus vícios. Este acompanhamento, ao qual não podemos escapar, porque não há recanto bastante oculto para se tornar inacessível aos Espíritos, exerce sobre nós, queiramos ou não, uma influência permanente. Uns nos impelem para o Bem, outros para o mal; muitas vezes as nossas decisões são resultado de sua sugestão; felizes quando temos juízo bastante para discernir o bom e o mau caminho, por onde nos procuram arrastar. (RE; 1859)



















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