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sábado, 1 de setembro de 2018

DESTINO E FATALIDADE, ELIAS E JOÃO BATISTA E KARDEC - HOJE E SEMPRE 10


Mais duas questões são submetidas à apreciação do professor José Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, eme) na sequência. DESTINO E FATALIDADE Queria que vocês me falassem alguma coisa sobre o destino. É verdade que aquilo que está estabelecido para a vida não pode ser
mudado? Por exemplo: não é possível evitar a morte. Se é assim, para que as precauções e as providências diante do perigo? Sem elas, tudo correria exatamente como está determinado A teoria da predestinação não é espírita e nem tampouco é aceita pelo Espiritismo. Segundo essa teoria, o homem já nasceria com o destino determinado, não havendo possibilidade de qualquer mudança. Algumas escolas reencarnacionistas são conformistas, pois chegam a anunciar a impossibilidade da pessoa mudar o seu "carma", de tal forma que ela teria que aceitar passivamente tudo o que lhe acontece. Por essa crença, o homem não tem escolha, deve submeter-se sempre ao que está traçado, pois não pode modificar nada. Não tendo escolha, não tem livre-arbítrio e, portanto, não reúne nem mérito nem  culpa pelos atos que pratica. O Espiritismo nos ensina que não há destino imutável; somente as leis naturais são imutáveis, mas são as nossas decisões e principalmente os nossos atos que vão construir o destino. Santo Agostinho, no Catolicismo, chegou a defender uma teoria da predestinação, segundo a qual o destino do homem - quanto a ir para o céu ou para o inferno - já estaria determinado, uma vez que Deus, ao criar o homem, já sabe de seu futuro; essa doutrina foi substituída posteriormente pela doutrina teológica do livre-arbítrio de Santo Tomás de Aquino. Leia, em O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec , o capítulo referente à fatalidade, questões 851 a 867. ELIAS E JOÃO BATISTA Ouvi de um padre que a afirmação de que João Batista é Elias nada tem a ver com a reencarnação, pois, no caso, Elias estaria representando apenas o papel de profeta, que também coube a João Batista. Jesus estaria usando uma linguagem figurada, referindo-se não à pessoa de Elias, mas ao papel que representou. Compreendemos e respeitamos a opinião do sacerdote, e nem poderia ser diferente sua posição. Mas, se compulsarmos os Evangelhos, vamos perceber que as figuras de João e de Jesus causaram no povo grandes especulações. Profetas, como Jeremias, haviam anunciado a vinda de um messias e o povo sofrido aguardava ansioso o surgimento desse libertador que viria extirpar seu sofrimento. Havia vagas noções a respeito da volta à vida, o que era entendido mais comumente como ressurreição - uma crença que os hebreus herdaram dos persas, no período pós-exílio, de 539 a 300 a.C.. Por isso, sem maiores conhecimentos, apenas amparados pela fé, alguns diziam que João Batista era Elias ressuscitado. Depois que João morreu, chegaram a levantar a hipótese de que Jesus era o João ressuscitado, ou mesmo Elias, ou até Jeremias, ou outros profetas, conforme podemos ler nos escritos de Mateus, Marcos e Lucas. Conta Mateus ( capítulo 11) que, quando João estava na prisão, enviou dois discípulos a Jesus para confirmar se ele, Jesus, era o messias anunciado, e Jesus afirmou, entre outras coisas, que João "é o Elias que há de vir", e ainda acrescentou: "quem tiver ouvidos para ouvir, ouça". É evidente, portanto, que se falava de pessoas concretas e reais e que João, segundo a opinião de Jesus, era a mesma pessoa que Elias; só que entre essas duas personalidades havia um espaço de cerca de 900 anos, que o corpo de João não podia ser o de Elias, pois João era filho de Izabel e Zacharias, conhecido desde criança, conforme Lucas, capítulo 1. Um aspecto importante, que salta aos olhos dos que estudam detidamente os evangelhos, é o fato de que Jesus não questionava os dogmas religiosos e parece não gostava muito de entrar nesse tipo de discussão. Raras vezes o fez. Estava preocupado, sim, com a sua doutrina moral, com a mudança interior do homem. Por isso, tratou de leve esse e outros assuntos e de acordo com a compreensão do povo, pois, do contrário, não teria tempo e nem tampouco seria ouvido. Veja "REENCARNAÇÃO NA BÍBLIA" de Herminio C. Miranda e "REENCARNAÇÃO, O ELO PERDIDO DO CRISTIANISMO" de Elizabeth Clare Prophet.








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