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quarta-feira, 31 de outubro de 2018
terça-feira, 30 de outubro de 2018
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
ROBSON CRUSOÉ ESPÍRITA E KARDEC - HOJE E SEMPRE 69
Revelando e confirmando a
realidade da influência espiritual sobre nossos pensamentos e atos, apontando a
mediunidade, em maior ou menor grau, como fator responsável pelo fenômeno comum
na vida de todos os seres humanos, dividindo a mediunidade em consciente e
inconsciente, abordando a variedade dos médiuns escrevente n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS, Allan Kardec
oferece-nos uma explicação lógica para a existência, antes e depois do
surgimento do Espiritismo, de obras que citavam as atividades dos Espíritos
junto a nós. No numero da REVISTA
ESPÍRITA de março de 1867, ele mesmo nos dá um exemplo dessa
conclusão. Por sinal, chegou a ele através de um assinante da publicação, que
inclusive se preocupou em assinalar numa das edições completas do livro onde
encontrou conexões com as revelações espíritas, trechos infelizmente excluídos
nas edições abreviadas. O livro ROBSON
CRUSUÉ. Romance escrito por
Daniel Defoe, publicado originalmente
em 1719, no Reino Unido,
confessional e didático em seu tom é a autobiografia fictícia
do personagem-título, náufrago que
passou 28 anos em uma remota ilha tropical próxima Trinidad, encontrando
canibais, cativos e revoltosos, antes
de ser resgatado. No final do século 19, nenhum livro na história da literatura
ocidental, tinha mais reimpressões e traduções do que ROBSON CRUSUÉ, com mais de 700
versões alternativas, incluindo edições infantis sem texto, apenas com imagens.
O Codificador comenta que “esta obra, na qual se viram aventuras
curiosas, próprias para divertir crianças, é marcada por uma alta filosofia
moral e um profundo sentimento religioso”. Dos trechos selecionados,
destacamos: 1-) “- O caso fez nascer em mim uma
reflexão, que me tinha vindo mais de uma vez, desde que havia reconhecido
quanto, em todos os perigos da vida, a Providência mostra sua bondade por
disposições cuja finalidade não compreendemos. Com efeito, muitas vezes saímos
dos maiores perigos por vias maravilhosas: por vezes, um impulso secreto nos
alcança de repente, num momento de grave incerteza, a tomar tal caminho em vez
de outro, que nos teria conduzido à nossa perda. Tomei como lei jamais resistir
a essas vozes misteriosas, que nos convidam a tomar tal partido, a fazer
ou não tal coisa, posto que nenhuma razão apoie esse impulso secreto. Poderia
citar mais de um exemplo em que a diferença em semelhantes
avisos teve pleno sucesso sobretudo na última parte de minha estada nessa ilha
infeliz, sem contar muitas outras ocasiões que me devem ter escapado e às quais
teria prestado atenção, se desde logo meus olhos se tivessem aberto para
este ponto. Mas nunca é demasiado tarde para ser prudente, e aconselho a
todos os homens refletidos, cuja existência, como a minha, estivesse submetida
a acidentes extraordinários, mesmo a vicissitudes mais comuns, a jamais
negligenciarem esses avisos íntimos da Providência, seja qual for a
inteligência invisível que nô-los transmite”. 2-)
“-Muitas
vezes tinha ouvido pessoas sensatas dizer que tudo o que se conta dos fantasmas
e das aparições se explica pela forma da imaginação; que jamais um Espírito
apareceu a alguém; mas que, pensando assiduamente nos que perdemos, eles de tal
modo se tonam presentes ao pensamento, que, em certas circunstâncias, julgamos
vê-los, falar-lhes, ouvir suas respostas, e que tudo isto não passa de uma
ilusão, uma sombra, uma lembrança. Por mim, não posso dizer se atualmente
existem aparições verdadeiras, espectros, pessoas mortas que vem
errar pelo mundo, ou se as histórias que contam sobre tais fatos se fundam
apenas em visões de cérebros doentes, de imaginação exaltadas e desordenadas...”.
3-): “-Nada demonstra mais claramente a
realidade de uma vida futura e de um mundo invisível que o concurso de
causas secundárias com certas ideias que formamos anteriormente, sem ter
recebido nem dado a seu respeito qualquer comunicação humana”.
domingo, 28 de outubro de 2018
sábado, 27 de outubro de 2018
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
CRENTES E ATEUS; PERDOAR E ESQUECER; PRECONCEITO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 66
O professor José
Benevides Cavalcante (FUNDAMENTOS DA DOUTRIA ESPIRITA, eme) está de volta
para esclarecer duvidas de nossos leitores. CRENTES E ATEUS Conheço uma pessoa que não tem religião e não acredita em
Deus. Mas tem um coração muito bom, gosta de ajudar os outros. Não entendo como
uma pessoa pode ser descrente e, ao mesmo tempo, caridosa. Alfred
S. Neill, diretor da Escola Summerhill, Inglaterra, autor de ‘LIBERDADE SEM
MEDO’, hoje desencarnado, certa ocasião foi questionado por uma mãe que queria
uma explicação por que ele não ensinava Deus para seus alunos. A resposta do
educador foi, na verdade, outro questionamento: ‘A que deus a senhora se
refere?’ Na verdade, a questão que envolve o conceito de Deus é muito complexa,
mas foi o fato de muita religião simplificar demais a idéia de Deus, ou de
rebaixar Deus à condição de humano, que acabou gerando tantas contradições e
tantos descrentes. Quando uma pessoa traz consigo o ideal do Bem, por exemplo,
mesmo que não reconheça, ela estábuscando Deus. O mesmo podemos dizer se ela
busca outras idéias de perfeição, como o Amor, a Justiça e a Verdade. Atrás
desses valores estão, sem dúvida, o sentido da vida e a idéia da Perfeição
Moral, que é Deus. Há um episódio memorável da França do século XIX, talvez em
Victor Hugo, de um bondoso bispo católico que fora dar a extrema-unção a um
homem prestes a morrer e, quando lá chegou, deparou com um ateu declarado que
fora, inclusive, ferrenho adversário da Igreja. Quando soube da luta que aquele
homem empreendeu em defesa dos pobres e dos oprimidos, procurando resgatar a
dignidade humana e a justiça, ao invés de dar, foi ele, o bispo, quem pediu a
sua bênção. PERDOAR E ESQUECER Se perdoar é esquecer, para
perdoar precisamos perder a memória? Memória é a capacidade de
registrar e evocar informações, dados, acontecimentos; é, portanto, uma
faculdade mental do Ser humano, assim como o raciocínio. Neste sentido, os
fatos de nossa vida vão sendo arquivados na memória, à medida que vamos
vivendo. Alguns permanecem vívidos por muito tempo, outros acabam esquecidos,
caem na inconsciência. Mas os fatos sempre estão impregnados de um conteúdo
emocional, que lhes dá maior ou menor significado: um momento de muito prazer
ou de muita dor permanece na lembrança por longo tempo. Na verdade, quanto mais
importância damos a um fato, mais ele permanece vívido, na consciência: se for
bom, nos trará alegrias; se mal, nos fará sofrer. Por isso, se levamos muito em
conta uma ofensa recebida, ela permanecerá nos ferindo a alma por mais tempo,
uma vez que estamos permanentemente evocando o fato. É o que acontece quando
não conseguimos compreender a pessoa que nos ofendeu; a ferida na alma será
tanto mais profunda quanto mais considerarmos o fato e quanto mais ódio
nutrirmos por essa pessoa. Mas, se procurarmos trabalhar esse sentimento em
relação a ela, combatendo o nosso orgulho, certamente, atenuaremos a magoa que
sentimos ou a extirparemos de uma vez com o tempo. Por isso, dizemos que
perdoar é esquecer. Quando Jesus nos recomenda perdoar para que o Pai nos
perdoe, ele está falando nesse sentido, ou seja, no sentido de que perdoar é,
de fato, libertar-se. PRECONCEITO CONTRA O
ESPIRITISMO Tenho lido livros espíritas, mas algumas pessoas, sabendo disso, me
abordam dizendo que isso é perigoso, que essas coisas de Espíritos e
reencarnação não são de Deus e que faz muito mal trazêlas para dentro de casa. O fato, que você relata, faz lembrar um episódio
citado por Mateus, capítulo 12, a partir do versículo 26. Trouxeram um rapaz
doente para que Jesus o curasse. Conta Mateus que Jesus expulsou o demônio que
havia no rapaz e este ficou curado. Os fariseus, que presenciaram o fato,
inconformados e objetivando desmoralizar Jesus, disseram que ele havia
expulsado o demônio pelo poder do príncipe do demônio. Ouvindo aquilo, Jesus
disse: ‘ Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Se satanás expulsa
satanás, como sobreviverá seu reino?’ O raciocínio era elementar, mas, com
certeza, os fariseus não queriam se convencer, porque odiavam Jesus. Caso
parecido é esse que você nos conta. Com certeza, você está sendo vítima de uma
guerra religiosa, que costuma ser desferida pelos adversários do Espiritismo
que, sem conhecê-lo, fazem questão de desmoraliza-lo perante o público. Há
pessoas que exigem que a verdade esteja sempre de seu lado, não se conformam
com a verdade dos outros e, por isso, procuram subestimá-la. Ainda não
apreenderam o sentido da vida democrática e querem, por toda sorte, que a sua verdade
seja a única e que só ela tenha lugar na concepção de todos. A Doutrina
Espírita, por outro lado, tem como ponto de honra o respeito àqueles que optam
por outros caminhos religiosos ou filosóficos, porque essas diferenças de
concepção de vida fazem parte do processo de evolução. Leia, em O LIVRO DOS
ESPÍRITOS de Allan Kardec, o capítulo “Lei de Liberdade” e você perceberá a
grandeza e altivez da doutrina em matéria de respeito e direitos humanos. Mas o
que prevalece mesmo na vida, segundo os preceitos de Jesus de que “pelo fruto
se conhece a árvore” é que o Espiritismo ensina em termos de convivência humana
e os benefícios que os espíritos conscientes procuram espalhar em nome do amor
ao próximo. Portanto, Silvia, em relação ao que lhe disseram, poderíamos
responder com a mesma observação com que Jesus rebateu aos fariseus.
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