Mediunidade é um dos atributos apontados pelo
Espiritismo como sendo essencial para a confirmação da sobrevivência após a
morte e explicar uma série de fenômenos não justificados por outros estudos. Na
sequência alguns elementos para reflexão. Seria a mediunidade o sexto sentido? Como
os outros sentidos, é mais ou menos desenvolvido, mais ou menos sutil, conforme
os indivíduos, mas todo mundo o possui, e não é o que presta menos serviços,
pela natureza toda especial das percepções das quais é a fonte. Longe de ser a
regra, sua atrofia é a exceção, e pode ser considerada como uma enfermidade,
assim como a ausência da vista e da audição. É por este sentido que recebemos
os eflúvios fluídicos dos Espíritos, que nos inspiramos, queiramos ou não, em
seus pressentimentos e a intuição das coisas futuras ou ausentes; que se
exercem a fascinação, a ação magnética inconsciente e involuntária, a
penetração do pensamento, etc. (RE,
6/1867) Então os efeitos observados nos fenômenos mediúnicos se dão
por conta das emanações do períspirito? O
sexto sentido ou sentido espiritual tem como agente o fluido espiritual, como a
visão física tem por agente o fluido luminoso. Assim como a radiação do fluido
espiritual traz à alma certas imagens e certas impressões. Esse fluido, como
tantos outros, tem seus efeitos próprios, suas propriedades sui generis. Sendo
o homem composto de Espírito, períspirito e corpo, durante a vida as percepções
se produzem, ao mesmo tempo, pelos sentidos orgânicos e pelo sentido
espiritual; depois da morte, os sentidos orgânicos são destruídos mas, restando
o períspirito, o Espírito continua a perceber pelo sentido espiritual, cuja
sutileza aumenta em razão do desprendimento da matéria. O homem em quem tal
sentido é desenvolvido goza, assim, por antecipação, de uma parte das sensações
do Espírito livre. Posto que amortecido pela predominância da matéria, o
sentido espiritual não deixa de produzir sobre todas as criaturas uma porção de
feitos reputados maravilhosos, por falta de conhecimento do princípio.(RE;
10/1864) A mediunidade é igual em todas as pessoas? O
círculo de percepção varia em cada um . Há diferentes gêneros de mediunidade;
importando reconhecer que cada Espírito vive em determinado degrau de
crescimento mental e, por isso, as equações do esforço mediúnico diferem de
indivíduo para indivíduo. As faculdades mediúnicas podem ser idênticas em
pessoas diversas, entretanto, cada pessoa tem a sua maneira particular de
empregá-las. Um modelo, em muitas ocasiões, é mesmo para grande assembleia de
pintores, todavia, cada artista fixá-lo-á na tela a seu modo. Cada Espírito
vive entre as forças com as quais combina, transmitindo-as segundo as
concepções que lhe caracterizam o modo de ser. (NDM; Apenas a aproximação
de um Espírito é suficiente para ocorrer o fenômeno? Em mediunidade não podemos olvidar o problema da sintonia.
Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles
atraídos; e se é verdade que cada um de nós somente pode dar conforme o que
tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá. (NDM;1
)
A insistente
retorica em torno da necessidade do médium melhorar seu repertório de
conhecimentos procede? Achando-se
a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam os
característicos em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe
os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que
jorra para nós, das Esferas Mais Altas, através dos gênios da sabedoria e do
amor que supervisionam nossas experiências. (NDM;1)
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