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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS OBSESSIVOS E PATOLÓGICOS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 86

O Espiritismo tem muito a oferecer no entendimento da problemática humana. Percorrendo as páginas das OBRAS BASICAS de Allan Kardec, incluindo entre elas as da REVISTA ESPÍRITA, bem como obras do acervo construído pela Espiritualidade através de Chico Xavier, encontramos elementos importantes para reflexão, como por exemplo: 1- A mente pode ser comparada a espelho vivo, que reflete as imagens que procura. 2- O pensamento é a base de tudo, alavanca de ligação para o Bem e para o mal. 3- Emitindo um pensamento, colocamos um agente energético em circulação, no organismo da vida, - agente esse que retornará fatalmente a nós, acrescido do bem ou do mal de que o revestimos. 4- Além dos pensamentos comuns (experiência rotineira), emitimos com mais frequência os pensamentos nascidos do “desejo-central” que nos caracteriza, pensamentos esses que passam a constituir o reflexo dominante de nossa personalidade. 5- O pensamento não é uma reação fisiológica 6- O pensamento não está no cérebro, como não está na caixa craniana.  7- O cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o instrumento da visão, e o crânio é a superfície sólida que se molda aos movimentos do instrumento.  8 - Se o instrumento for danificado, não se dá a manifestação, exatamente como, quando se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE; 7/1860) Na sequencia, duas duvidas esclarecidas em pesquisa nos conteúdos citados: Como e porque surgem os fatores desencadeadores da insanidade? Todas as grandes preocupações do Espírito podem ocasionar a loucura: as ciências, as artes e até a religião lhe fornecem contingentes.  A loucura tem como causa primária uma predisposição orgânica do cérebro, que o torna mais ou menos acessível a certas impressões.  Dada a predisposição para a insanidade, esta tomará o caráter de preocupação principal, que então se muda em ideia fixa, podendo tanto ser a dos Espíritos, em quem com eles se ocupou, como a de Deus, dos anjos, do diabo, da fortuna, do poder, de uma arte, de uma ciência, da maternidade, de um sistema político ou social.  Provavelmente, o louco religioso se houvera tornado um louco espírita, se o Espiritismo fora a sua preocupação dominante, do mesmo modo que o louco espírita o seria sob outra forma, de acordo com as circunstâncias. O Espiritismo bem compreendido é um preservativo contra a loucura. Entre as causas mais comuns de sobre-excitação cerebral, devem contar-se as decepções, os infortúnios, as afeições contrariadas, que, ao mesmo tempo, são as causas mais frequentes de suicídio.  Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado; elas lhe parecem tão pequenas, tão mesquinhas, a par do futuro que o aguarda; a vida se lhe mostra tão curta, tão fugaz, que, aos seus olhos, as tribulações não passam de incidentes desagradáveis, no curso de uma viagem.  O que, em outro, produziria violenta emoção, mediocremente o afeta. Demais, ele sabe que as amarguras da vida são provas úteis ao seu adiantamento, se as sofrer sem murmurar, porque será recompensado na medida da coragem com que as houver suportado.  Suas convicções lhe dão, assim, uma resignação que o preserva do desespero e, por conseguinte, de uma causa permanente de loucura e suicídio. (LE, introdução) Na relação da Individualidade consigo mesma, a partir de certo nível de evolução, o Ser pode experimentar graus variados de insanidade. Como distinguir a loucura patológica da loucura obsessiva? A primeira resulta de uma desordem nos órgãos de manifestação do pensamento.  Notemos que, nesse estado de coisas, não é o Espírito que é louco; ele conserva a plenitude de suas faculdades, como o demonstra a observação; apenas estando desorganizado o instrumento de que se serve para manifestar-se, o pensamento, ou, melhor dizendo, a expressão do pensamento é incoerente.  Na loucura obsessiva não há lesão orgânica; é o próprio Espírito que se acha afetado pela subjugação de um Espírito estranho, que o domina e subjuga.  No primeiro caso, deve-se tentar curar o órgão enfermo; no segundo basta livrar o Espírito doente do hóspede importuno, a fim de lhe restituir a liberdade.  Casos semelhantes são muito frequentes e muitas vezes tomados como loucura o que não passa de obsessão, para a qual deveriam empregar meios morais e não duchas.  Pelo tratamento físico e, sobretudo, pelo contato com os verdadeiros alienados, muitas vezes tem sido determinada uma verdadeira loucura onde esta não existia.  Abrindo novos horizontes a todas as ciências, o Espiritismo vem, também, elucidar a questão tão obscura das doenças mentais, ao assinalar-lhes uma causa que, até hoje, não havia sido levada em consideração – causa real, evidente, provada pela experiência e cuja verdade mais tarde será reconhecida. (RE, 3/1862)











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