“Cercados de
uma nuvem de testemunhas”, escreveu Paulo de Tarso em uma de suas CARTAS. O advento
da Terceira Revelação “colocando de modo claro o que
estava obscuros e lembrando as criaturas humanas do que ele dissera” como
prometido por Jesus no EVANGELHO de São João, ampliou nosso entendimento sobre
as relações entre as Dimensões Físicas e Espirituais. Na
sequência uma amostra e explicação disso em conteúdos extraídos da REVISTA ESPÍRITA de
Allan Kardec 1 - Onde e como se originam as
chamadas influências espirituais? O Mundo Invisível é
composto dos que deixaram seu envoltório corporal ou, por outras palavras, das
almas que viveram na Terra. Estas almas ou Espíritos, o que é a mesma coisa,
povoam o Espaço, estão em toda parte, ao nosso lado, como nas regiões mais
afastadas. Desembaraçados do pesado e incômodo
fardo que os retinha à superfície do solo, tendo apenas um envoltório etéreo,
semimaterial, transportam-se com a rapidez do pensamento. A experiência prova
que podem vir ao nosso apelo; mas vem mais ou menos de boa vontade, com maior
ou menor prazer, conforme a intenção, como bem se compreende. (RE;
12/1859) 2 - O que são os Espíritos? Os Espíritos
são apenas as almas dos homens, despojadas do grosseiro envoltório do corpo, e há
Espíritos desde que houve homens no Universo – não dizemos na Terra. Esses Espíritos
constituem o Mundo Invisível, que povoa os Espaços, que nos cerca, em meio aos
quais vivemos sem o suspeitar, como vivemos, sem o perceber, em meio ao mundo
microscópico. Em todos os tempos esses Espíritos exerceram sua influência sobre
o Mundo Visível. (RE;
4/1861) 3 - Como ter-se a certeza da existência da vida
além da vida ou do plano espiritual? O
Espiritismo vem provar, demonstrando que se a alma não tem mais o envoltório
material, compacto, ponderável, tem um fluídico, imponderável, mas que não
deixa de ser uma espécie de matéria; que esse envoltório, invisível no estado
normal, pode, em dadas circunstâncias e
por uma espécie de modificação molecular, tornar-se visível, como o vapor pela
condensação. Como se vê, há aí um fenômeno muito natural, cuja chave dá o
Espiritismo, pela lei que rege as relações entre o Mundo Visível e o Invisível.
(RE;
5/1864) 4 - Como se ocupam os espíritos enquanto esperam uma nova
reencarnação? Os que não
deixam a Terra, ficam errantes em sua superfície, vão sem dúvida aonde lhes
apraz, ou, pelo menos, aonde podem, conforme o grau de progresso, mas, em
geral, pouco se afastam dos vivos e, sobretudo, daqueles a quem são afeiçoados
- quando tem afeição a alguém – a menos que lhes sejam impostos deveres a
cumprir alhures. Estamos, pois, em todos os instantes, cercados por uma
multidão de Espíritos conhecidos e desconhecidos, amigos e inimigos, que nos
veem, nos observam, nos escutam. 5 - Isso favorece
a influência espiritual? O Mundo Invisível que nos circunda reage
constantemente sobre o Mundo Visível. Nô-lo mostram como uma das forças da
Natureza. Conhecer os efeitos dessa força oculta, que nos domina e subjuga
contra nossa vontade, não será ter a chave de mais de um problema, as
explicações de uma porção de fatos que passam desapercebidos? Se esses efeitos
podem ser cruéis, conhecer a causa do mal não é ter um meio de preservar-se
contra ele, assim como o conhecimento das propriedades da eletricidade nos dá o
meio de atenuar os desastrosos efeitos do raio? (RE;
7/1859) 6 - Na prática como se dá
essa influência? Por sua natureza
fluídica, essencialmente móvel e elástica, se assim se pode dizer, como agente
direto do Espírito, o períspirito é posto em ação e projeta irradiações pela
vontade do Espírito. Por esses raios ele serve à transmissão do pensamento, porque,
de certa forma, está animado pelo pensamento do Espírito. Suponhamos duas
pessoas próximas, cada qual envolvida por sua atmosfera perispiritual. Esses
dois fluidos põem-se em contato e se penetram. Se forem de natureza simpática,
interpenetram-se; se de natureza antipática, repelem-se e os indivíduos
sentirão uma espécie de mal estar, sem se darem conta; se, ao contrário, forem
movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento benevolente , que
atrai. É por isso que duas pessoas se compreendem e adivinham sem falar. (RE;
12/1862)
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