Todos somos
médiuns, afirma O
LIVRO DOS MÉDIUNS. A revelação da Glândula Pineal ou Epífise no nosso corpo
– informação de domínio de Civilizações e Culturas remotas – como sendo o
elemento determinante explica o porque de Allan Kardec dizer em alguns textos
ser a mediunidade orgânica. Na sequência alguns conteúdos extraídos da REVISTA ESPÍRITA e da obra citada que
nos ajudam a desfazer enganos e a entender o chamado por Kardec de SEXTO
SENTIDO. A mediunidade é, como dizem, um dom? A mediunidade não é um talento; não existe senão pelo
concurso de um terceiro; se esses terceiros se recusam, não há mais
mediunidade. A aptidão pode subsistir, mas o seu exercício está anulado. Um
médium sem a assistência dos Espíritos é como um violinista sem violino.
(RE; 3/1864) Todas as
pessoas são realmente médiuns? A mediunidade é uma
faculdade inerente à natureza do homem. Nem é uma exceção, nem um favor; faz
parte do grande conjunto humano e, como tal, está sujeita às variações físicas
e às desigualdades morais; sofre o dualismo terrível do instinto e da
inteligência. (RE; 5/1865) Porque a
maioria não a percebe em si? A
mediunidade é uma faculdade multiforme; apresenta uma infinidade de nuanças em
seus meios e em seus efeitos. Aquele que é apto para receber ou transmitir as
comunicações dos Espíritos é, por isto mesmo, um médium, seja qual for o meio
empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade – desde a simples
influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo, no uso
corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz, geralmente, das
pessoas dotadas de uma potência mediatriz muito grande, tanto para produzir
efeitos físicos, quanto para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita
ou pela palavra. (RE, 2/1859) A mediunidade
é algo sobrenatural? Os efeitos
mediúnicos, absolutamente, nada tem de sobrenatural; todos, sem exceção, são
devidos à combinação dos fluidos próprios do Espírito e do médium; esses
fluídos, posto que imponderáveis, não deixam de ser matéria sutil. Há, pois, aí uma causa e um efeito de certo
modo materiais, o que nos fez dizer sempre que, sendo os fenômenos espíritas
baseados nas leis da natureza, nada tem de miraculosos. Como muitos outros
fenômenos, só pareceram miraculosos por que não se conheciam suas leis. Hoje
conhecidas essas leis, desaparecem o sobrenatural e o maravilhoso, dando lugar
a realidade. (RE,10/1865) Posso me
comunicar com quem eu quero? O desejo de todo médium aspirante,
naturalmente, é o poder se comunicar com o Espírito das pessoas que lhe são
caras, mas deve moderar sua impaciência, porque a comunicação com um Espírito
determinado, frequentemente, oferece dificuldades materiais que a tornam
impossível para o praticante. Para que um Espírito possa se comunicar é
necessário, entre ele e o médium, relacionamento fluídico que não se estabelece
sempre instantaneamente; não é senão à medida que a faculdade se desenvolve que
o médium adquire, pouco a pouco, a aptidão necessária para entrar em relação
com o primeiro Espírito que chegue. Pode ocorrer, pois, que aquele com quem se
quer comunicar, não esteja em condições propícias para fazê-lo, malgrado sua
presença, como pode ocorrer também que não tenha nem a possibilidade, nem a
permissão de se entregar ao apelo que lhe é feito. Por isso convém, no início,
não se obstinar em chamar um Espírito determinado, com exclusão de todos os
outros, porque ocorre, frequentemente, não seja com este que as relações
fluídicas se estabeleçam com mais facilidade, qualquer seja a simpatia que se
tem por ele. Antes, pois de pensar em obter comunicações de tal ou tal
Espírito, é preciso dedicar-se ao desenvolvimento da faculdade, e para isso é
preciso fazer uma chamada geral e se dirigir, sobretudo, ao seu Anjo Guardião. (LM;
17/203)
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