Personalidade importante na
literatura francesa do final do século 18, ao lado de outro intelectual,
Chateaubriand, foi responsável pela chamada idade moderna das letras,
precursora do romantismo literário francês. Filha de um ministro de Luiz XVI,
foi menina prodígio que, aos onze anos, compôs os ECLOGAS, aos quinze
comentava o Espírito das Leis, a seguir escrevendo novelas e um drama em
versos. Conhecida como Madame Staël,
chamava-se Ana-Louise-Germaine Necker, possuindo o título de Baroneza de
Stäel-Holtein. Nascida e desencarnada em Paris entre 1766 e 1817, manifestou-se
em Espírito por várias vezes na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, na
reunião de 28 de setembro de 1858, espontaneamente, visto que o método
preferido e tido como mais seguro por Allan Kardec era o das evocações O resultado, foi integralmente inserido na
edição de novembro de 1858 da REVISTA
ESPÍRITA. Relata a matéria que após
um texto falando sobre sua visão atual da vida, de ter intercedido e dirigido
algumas palavras algumas palavras a uma mulher presente à reunião que se
ressentia pela perda recente da irmã, foi entrevistada por Kardec, fornecendo
algumas informações interessantes. Indagada sobre o que pensava agora de seus
escritos, respondeu: -“Uma só palavra esclarecer-vos-á: se seu
voltasse e pudesse recomeçar, modificaria dois terços e conservaria apenas um”.
Solicitada a dizer sobre o que discordava, disse: -“Não sou muito exigente, pois,
aquilo que não for justo, outros escritores mudarão. Eu fui muito masculina
para uma mulher”. Questionada sobre a causa primeira do caráter viril
citado, o qual demonstrara na encarnação recém-terminada, limitou-se a dizer
que “isso
depende da fase de nossa existência”. Na sessão seguinte, a 12 de
outubro, através de outro médium, foram-lhe dirigidas mais algumas perguntas. A
primeira sobre qual o motivo que a levou a manifestar-se espontaneamente na
reunião anterior, ao que ela esclareceu: -“A simpatia que sinto por todos vós. É ao
mesmo tempo o cumprimento de um dever que me é imposto em minha atual
existência, ou antes, em minha existência passageira, pois que sou chamada a
reviver: este é, aliás, o destino de todos os Espíritos”. Sobre qual
forma lhe era mais agradável se fazer presente, evocada ou espontaneamente,
afirmou preferir “ser evocada, pois é uma prova de que pensam em mim; mas também sabeis
que é agradável a um Espírito liberto poder vir conversar com o Espírito do
homem encarnado. Por isso não vos deveis admirar de que tivesse vindo de
repente ao vosso meio”. Solicitada a opinar se haveria vantagem em
evocar os Espíritos, em vez de esperar que venham por sua iniciativa, ponderou
que “evocando,
tem-se um objetivo; deixando que venham, corre-se o risco de ter comunicações
imperfeitas sob muitos aspectos, porque tanto vem os maus, quanto os bons”.
Sobre se já se comunicara em outros Centros, disse que “sim; mas tem-me feito aparecer
mais do que eu queria. Por outras palavras, muitas vezes tomaram o meu nome”.
Por fim, se viria algumas vezes ditar alguns dos seus belos pensamentos para a
instrução geral, afirmou que “de boa vontade. Sinto prazer em estar entre
os que trabalham seriamente a sua instrução. Minha vinda no outro dia é uma
prova”. Madame de Stäel, como se pode constatar na obra AMOR E SABEDORIA DE EMMANUEL (ide), de
Clovis Tavares, no capítulo UM “FLASH-BACK” DE WALLACE LEAL RODRIGUES,
reencarnaria no Brasil dos anos 20, no Estado do Espírito Santo, tendo vivido
grande parte dessa existência em Araraquara (SP), na personalidade identificada
como o atuante trabalhador no campo da divulgação do Espiritismo, notadamente
como editor e redator da Casa Editora O
CLARIM, de Matão (SP). Acometido surtos de memória extra-cerebral, Wallace constitui-se com suas imersões naturais e espontâneas no passado numa
indiscutível prova da reencarnação.
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