Mente, Corpo, Doenças: três
elementos intrinsicamente ligados. Na sequência algumas informações resgatadas
nas obras de Allan Kardec e André Luiz para nossa reflexões: 1- A Doutrina Espírita define o Espírito como a
individualização do Princípio Inteligente, o que nos leva a crer que antes da
condição humana ele estava em processo de formação. É possível ter-se uma ideia
de como isso se dá? O princípio
inteligente gastou, desde os vírus e bactérias das primeiras horas do
protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de poder,
como Ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar suas primeiras
emissões do pensamento contínuo (EDM, 6) Aprendida a constituição mecânica das
palavras, (...) com seu exercício incessante e fácil, a energia mental do homem
primitivo expande gradativamente o pensamento que se dilata (...). Pela compreensão progressiva entre as
criaturas, por intermédio da palavra (...), fundamenta-se no cérebro o
pensamento contínuo transformando as ideias-relâmpagos e as ideias-fragmentos
da crisálida da consciência, no reino animal, em conceitos e inquirições,
traduzindo desejos e ideias. (EDM, 10) 2- A
Teoria Evolucionista amplia-se sobremaneira considerando que o Princípio
Inteligente desenvolve rudimentos da memória no Reino Mineral; da sensibilidade
no Reino Vegetal e o Instinto com ideias fragmentárias no Reino Animal
Irracional dos asselvajados aos domesticáveis. O pensamento contínuo é, então,
um divisor entre uma etapa e outra, ou melhor, fator determinante no processo
evolutivo a partir da fase humana? O pensamento é uma força, é o
atributo característico do Ser Espiritual; é ele que distingue o Espírito da
matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito. (RE,
12/1864)
O pensamento, força viva e atuante, cuja velocidade supera a da luz, emitido
por nós, volta inevitavelmente a nós mesmos, compelindo-nos a viver, de maneira
espontânea, em sua onda de formas criadoras, que naturalmente se nos fixam no
Espirito quando alimentadas pelo combustível de nosso desejo ou de nossa atenção.
(L,4) O
pensamento, qualquer que seja a sua natureza, é uma energia, tendo, conseguintemente
seus efeitos.(FT) 3- Diante disso a
capacidade de pensar não é derivada do corpo físico? O pensamento não está no cérebro, como não está na
caixa craniana. O cérebro é o instrumento do pensamento, como o olho é o
instrumento da visão, e o crânio é a superfície sólida que se molda aos
movimentos do instrumento. Se o instrumento for danificado, não se dá a
manifestação, exatamente como, quando se perdeu um olho, não se pode mais ver. (RE; 7/1860) 4- A transição da
irracionalidade para a racionalidade se dá na Terra? Essa
caminhada é cumprida numa série de existências que precedem o período chamado
Humanidade (LE)
que, não tem na Terra o ponto de partida da primeira encarnação humana,
começando, em geral, nos mundos ainda mais inferiores, não sendo, porém, regra
absoluta, podendo, ocorrer como exceção. LE)
5- Qual o traço dominante nesta fase? A
faculdade dominante no estado selvagem é o instinto (sistema límbico) o que não
o impede de agir com inteira liberdade em certas coisas, liberdade que se
desenvolve com a inteligência (neocortex cerebral) (LE) O instinto é a força oculta
(reflexo condicionado) que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e
involuntários, tendo em vista sua conservação. Nos
atos instintivos (compulsão ou impulso), não há nem reflexão, nem combinação e
nem premeditação. Todo ato maquinal é instintivo. Impulso involuntário é
instintivo. (G) Já a Inteligência revela-se por atos
voluntários, refletidos, premeditados, combinados, segundo a oportunidade das
circunstâncias. Denota reflexão, associação, deliberação. Direção calculada é
ato inteligente. (G) Instinto
é uma espécie de inteligência, não racional, através do qual todos os seres
provêm suas necessidades. (LE) O Instinto, porém, enfraquece-se pela predominância
da inteligência (G) O instinto se aniquila por si mesmo; as
paixões sendo domadas pelo esforço da vontade. (G) Na
primeira encarnação, o Espírito está no estado de infância na vida corpórea. Sua inteligência apenas desabrocha; ela ensaia
para a vida.
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