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terça-feira, 9 de abril de 2019

REENCARNAÇÃO: VISÃO PRECISA DO PASSADO EM DIREÇÃO DO FUTURO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 227


Allan Kardec dentro de sua reconhecida lógica escreveu que “sem a reencarnação estaca-se a cada passo, tudo é caos e confusão; com a reencarnação tudo se explica da mais racional maneira”, acrescentando em outro momento que “a reencarnação não é um sistema imaginado para satisfação das necessidades de um ideal, nem uma opinião pessoal; é ou não um fato. Se está demonstrado que certos efeitos existentes são materialmente impossíveis sem a reencarnação, é preciso admitirmos que eles são a consequência desta; logo, se está em a natureza, não pode ser anulada por uma opinião contrária”. Um século depois, o Espírito André Luiz ampliaria essa visão dizendo que a reencarnação é Princípio Universal, compreendendo-se que existem Esferas Sublimes nas quais a reencarnação, como recurso educativo, já atingiu características inabordáveis ao conhecimento humano atual. Os conhecimentos disponibilizados no século 21 permitem uma visão surpreendente da evolução nos últimos milênios da Evolução recente das Civilizações. Na sequência algumas outras contribuições do Missionário Allan Kardec. Afirma-se que o Hinduísmo em sua origem representava uma síntese do Pensamento Religioso guardando muita semelhança com o Espiritismo de hoje. Isso procede? O fundo dessa religião é a crença num Ser primeiro e Supremo, na imortalidade da alma e na recompensa à virtude. O verdadeiro e único Deus se chama Brahm, o qual não deve ser confundido com Brahma, criado por ele. É a verdadeira luz, que é a mesma, eterna, bem-aventurada em todos os tempos e lugares. Da essência imortal de Brahm emanou a deusa Bhavani, isto é, a Natureza, e uma legião de 1.180 milhões de Espíritos.  Entre esses Espíritos há três semideuses ou gênios superiores: Brahma, Vishnu e Shiva, a trindade dos hindus. Durante muito tempo a concórdia e a felicidade reinaram entre os Espíritos.  Mais tarde, porém, eclodiu uma revolta entre eles e vários se recusaram a obedecer. Os rebeldes foram precipitados do alto dos céus no abismo das trevas.  Deu-se, então, a metempsicose: cada planta, cada Ser foi animado por um anjo decaído. Esta crença explica a bondade dos hindus para com os animais: consideram-nos como seus semelhantes e não querem matar nenhum. Mas não é o que se vê hoje. O que houve? Somos induzidos a crer que não foi senão a ação do tempo que levou tudo quanto existe de bizarro nessa religião, mal compreendida e falseada na boca do povo, a descer à posição de insana charlatanice. Basta indicar os atributos de algumas de suas principais divindades para explicar o estado atual de sua religião.  Eles admitem 333 milhões de divindades inferiores: são as deusas dos elementos, dos fenômenos da Natureza, das artes, das doenças, etc. Além disso, há os bons e os maus gênios: o número dos bons ultrapassa o dos maus em três milhões.  O que é extremamente notável é que não se encontra, entre os hindus, uma única imagem do Ser Supremo: parece-lhes demasiado grande. Dizem que toda a Terra é o seu templo e o adoram sob todas as formas. Assim, conforme os hindus, as almas tinham sido criadas felizes e perfeitas e sua decadência resultou de uma rebelião; sua encarnação no corpo de animais é uma punição.  Segundo os hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjeção; a perfeição é o começo e a abjeção, o resultado. Conforme os Espíritos, a ignorância é o começo; a perfeição, o objetivo e o resultado. Seria supérfluo procurar demonstrar qual dessas duas doutrinas é mais racional e dá uma ideia mais elevada da justiça e da bondade de Deus. É, pois, por completa ignorância de seus princípios que algumas pessoas as confundem. Que diferença fundamental pode ser identificada? Conforme a Doutrina Espírita, os Espíritos (ou almas) foram e ainda são criadas simples e ignorantes; é pelas encarnações sucessivas que chegam, graças a seus esforços e à Misericórdia Divina, à perfeição que lhes proporcionará a felicidade eterna.  Devendo progredir, a alma pode permanecer estacionária durante um período mais ou menos longo, mas não retrograda. O que adquiriu em conhecimento e em moralidade não se perde. Se não avança, também não recua: eis por que não pode voltar a animar os seres inferiores à Humanidade.  A metempsicose dos hindus está fundada sobre o princípio da degradação das almas.  A reencarnação, segundo os Espíritos, está fundada no princípio da progressão contínua.  Segundo os hindus, a alma começou pela perfeição para chegar à abjeção; a perfeição é o começo e a abjeção, o resultado.  Conforme os Espíritos, a ignorância é o começo; a perfeição, o objetivo e o resultado.  Seria supérfluo procurar demonstrar qual dessas duas doutrinas é mais racional e dá uma ideia mais elevada da justiça e da bondade de Deus. É, pois, por completa ignorância de seus princípios que algumas pessoas as confundem. Desenvolvendo a concepção do Espiritismo como explicar a evolução do Ser, da individualidade? Deus criou todos os Espíritos iguais, simples, inocentes, sem vícios e sem virtudes, mas com o livre-arbítrio de regular suas ações conforme um instinto, que se chama consciência, e que lhes dá o poder de distinguir o bem e o mal. Cada Espírito está destinado a alcançar a mais elevada perfeição, atrás de Deus e do Cristo. Para atingi-la, deve adquirir todos os conhecimentos pelo estudo de todas as ciências, iniciar-se em todas as verdades e depurar-se pela prática de todas as virtudes. Ora, como essas qualidades superiores não podem ser obtidas numa única vida, todos devem percorrer várias existências, a fim de adquirirem os diversos graus do saber. A vida humana é a escola da perfeição espiritual e uma série de provas. É por isso que o Espírito deve conhecer todas as condições da sociedade e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina. O poder e a riqueza, assim a pobreza e a humildade, são provas; dores, idiotismo, demência, etc., são punições pelo mal cometido numa existência anterior. Do mesmo modo que pelo livre-arbítrio o indivíduo se encontra em condições de realizar as provas a que está submetido, também pode falir. No primeiro caso, a recompensa não se fará esperar, consistindo numa progressão na perfeição espiritual. No segundo caso, recebe a punição, isto é, deve reparar em nova vida o tempo perdido na vida anterior, da qual não soube tirar vantagem para si mesmo. Antes de sua reencarnação, os Espíritos planam nas Esferas celestes: os bons gozando a felicidade, os maus entregando-se ao arrependimento, expostos à dor de serem desamparados por Deus. Mas, conservando a lembrança do passado, o Espírito se recorda das infrações aos mandamentos divinos e Deus lhe permite escolher, em nova existência, suas provas e sua condição, o que explica por que, muitas vezes, encontramos nas classes inferiores da sociedade sentimentos elevados e entendimento desenvolvido, ao passo que nas classes superiores encontramos tendências ignóbeis e Espíritos embrutecidos.








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