“Sendo o homem um composto de três princípios
essenciais – o Espírito, o períspirito e o corpo – a saúde ou a doença são
resultado da harmonia perfeita ou desacordo parcial entre eles”,
escreveu o Espírito chamado Mobel Lavalée em mensagem publicada por Allan
Kardec na REVISTA ESPÍRITA de março
de 1868. Embora reconhecendo que “a
maioria das moléstias, como todas as misérias humanas, são expiação do presente
ou do passado, ou provações para o futuro; são dívidas contraídas, cujas
consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo
ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim, sendo este
princípio um motivo de resignação para o doente”, Alerta ainda que “ignora-se
a ação de um fluído impalpável, tendo a vontade como propulsor”. Na
mesma matéria, Kardec, expõe existirem doenças oriundas em: 1- desarmonias fixadas no Espírito em
outras vidas; 2- outras do Perispirito
abalado por transtornos emocionais ou físicos na existência em curso; 3- outras do corpo físico abalado por
excessos na alimentação muitas vezes inadequada ou falta de higiene e 4- outras por contaminação fluídica.
Através do Espírito André Luiz, no
século 20, na reveladora série de livros psicografados por Chico Xavier e iniciada com NOSSO
LAR, sorvemos elementos para entender como funciona qualquer processo de
enfermidade na integração Espírito-Matéria. Na obra ENTRE A TERRA E O CÉU (1954, feb), o Instrutor Aniceto centra no perispirito suas explicações, dizendo: -“Nosso
corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força
que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando nas ramificações
dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder
diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células
elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o
pensamento vibra em circuito fechado”. Acrescenta que “tal
seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que
reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais (...).
Analisando
a fisiologia do períspirito, classifiquemos seus centros de força, aproveitando
a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre”. Resumindo
suas explicações, temos: 1- Centro Coronário - o mais significativo
em razão do seu potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a
mente, fulgurante sede da consciência, o qual recebe em primeiro lugar os
estímulos do Espírito; comandando os demais, vibrando, todavia, com eles em
justo regime de interdependência; dele emanando as energias de sustentação do
sistema nervoso e suas subdivisões, sendo o responsável pela alimentação das
células do pensamento e provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis
à estabilidade orgânica, sendo grande assimilador das energias solares e dos
raios da Espiritualidade Superior capazes de favorecer a sublimação da alma; 2 - Centro Cerebral – ordena as percepções de variada espécie,
percepções e as que, na vestimenta carnal, constituem a visão, a audição, o
tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra,
à Cultura, à Arte, ao Saber; nele residindo o comando do núcleo endócrino,
referente aos poderes psíquicos; 3 – Centro
Laríngio – preside aos fenômenos vocais, inclusive às atividades do timo,
da tiroide e das paratiróides; 4 –
Centro Cardíaco – sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral; 5 – Centro Esplênico – no corpo denso
situado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos
vitais em todos os escaninhos do veículo de que nos servimos; 6 – Centro Gástrico – responsável pela
penetração de alimentos e fluidos em nossa organização; 7 – Centro Genésico – em que se localiza o santuário do sexo, templo
modelador de formas e estímulos. Realçando a importância do períspirito – corpo
espiritual -, enfatiza que “quando nossa mente, por atos contrários à
Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de
nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante,
obrigando-se ao trabalho de reajuste”.
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