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sábado, 22 de junho de 2019

DESLIGANDO TOMADAS MENTAIS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 298



Sabe aquela sonolência irresistível de que, por vezes,  nos sentimos  acometidos em palestras públicas em Casas Espiritas? Podem ter origem em influências provocadas por Entidades desencarnadas. Aliás, você já deve ter se perguntado sobre os bastidores de uma reunião pública em um Centro Espírita. Informações esparsas dão conta até de sistemas de segurança para evitar a invasão de Espíritos interessados em prejudicar os trabalhos realizados no local em benefícios de Seres dos Dois Planos de vida. Na sequencia a descrição e comentários registrados pelo Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier no livro NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE (feb). –“Um colaborador de nosso plano franqueou acesso a numerosas entidades sofredoras e perturbadas, que se postaram diante da assembleia, formando legião. Se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece, quais mariposas Inconscientes, rodeando grande luz.. Vinham bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações menos edificantes, entretanto, logo que atingidas pelas emanações espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por forças que elas próprias não conseguiam perceber. Atencioso, Áulus notificou: – São almas em turvação mental, que acompanham parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados se deixam renovar pelas ideias salvadoras, expressas na palavra dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades veem-se como que despejadas de casa, porquanto, alterada a elaboração do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram. Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração como este, detestando lhes temporariamente os serviços e armando novas perseguições às suas vítimas, que procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações, em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento. – Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos? – Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas? Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do Espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral. Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma, sem que se lhe desagarrem os pensamentos, enovelados em situações, pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, continua encarcerada nos interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça em paisagens inquietantes, criadas por ela mesma. Daí o valor do culto religioso respeitável, formando ambiente propício à ascensão espiritual, com indiscutíveis vantagens, não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem, com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que aspiram à própria transformação. Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando “tomadas mentais”, através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento. Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação.  Nossos amigos estampam no próprio corpo perispiritual os sofrimentos de que são portadores. Reparei o conjunto, notando que alguns deles se mostravam enfermos, como se estivessem ainda na carne. Membros lesados, mutilações, paralisias e ulcerações diversas eram perceptíveis a rápido olhar. – Nossos irmãos sofredores trazem consigo, individualmente, o estigma dos erros deliberados a que se entregaram. A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem depois da morte do corpo físico. – Mas, adquirem melhoras positivas em reunião de intercâmbio? – Sim, assimilam ideias novas com que passam a trabalhar, ainda que vagarosamente, melhorando a visão interior e estruturando, assim, novos destinos. A renovação mental é a renovação da vida. Meditei na ilusão dos que julgam na morte livre passagem da alma, em demanda do céu ou do inferno, como lugares determinados de alegria e padecimento... Quão raros na Terra se capacitam de que trazemos conosco os sinais de nossos pensamentos, de nossas atividades e de nossas obras, e o túmulo nada mais faz que o banho revelador das imagens que escondemos no mundo, sob as vestes da carne!... A consciência é um núcleo de forças, em torno do qual gravitam os bens e os males gerados por ela mesma e, ali, estávamos defrontados por vasta fileira de almas, sofrendo nos purgatórios diferenciados que lhes eram característicos.









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