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sábado, 31 de agosto de 2019

PROGRESSO MORAL; PRIMEIRA ENCARNAÇÃO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 366










quinta-feira, 29 de agosto de 2019

MUNDO DE FLUIDOS E KARDEC - HOJE E SEMPRE 364


Os tempos eram bem outros. O Professor Rivail - mais tarde identificado como Allan Kardec -, dava os primeiros passos no sentido de desvendar alguns dos mais intrigantes mistérios do Universo. Repassaria na obra resultante das Revelações que chegavam do chamado Mundo Invisível muitas esclarecedoras informações para romper as muralhas da intolerância religiosa que estagnara na busca da VERDADE. Dentre estas: -- Entre os seres pensantes há ligação que ainda não conheceis. O MAGNETISMO É O PILOTO DESTA CIÊNCIA, que mais tarde compreendereis melhor. (LE, 388). Anos depois, refletindo sobre outros aspectos escreveu: É fato incontestável a ação fisiológica de indivíduo a indivíduo, com ou sem contato. Semelhante ação evidentemente só pode ser exercida por um agente intermediário, do qual são reservatório o nosso corpo, os nossos olhos e os nossos dedos, principais órgãos de emissão e de direção. Esse agente invisível é necessariamente um fluido. (OP). Dentre elas destacamos alguns dados para reflexão: Os conhecimentos atuais revelam efeitos consecutivos do funcionamento das estruturas microscópicas de átomos e células . Onde a origem do fator causal no corpo humano? A resposta começa nas conclusões obtidas por um médico austríaco chamado Franz Anton Mesmer no final do século 18 Ele chama de magnetismo animal, a descoberta de um magnetismo sutil dos seres humanos e animais, definindo técnicas de cura magnética que utilizam das mãos do operador para tratar casos de doenças físicas. Inicialmente, Mesmer começou suas pesquisas com o imã e com a magnetização de objetos. Depois descobriu que não apenas os minerais, mas também os animais e o homem eram possuidores de uma forma especial de magnetismo, a qual chamou de magnetismo animal.. O princípio básico do Mesmerismo diz que tanto os animais quanto os seres humanos seriam possuidores de uma forma de magnetismo, tal como o magnetismo de um ímã.  O nome magnetismo animal foi proposto para  diferenciar-se do magnetismo mineral.  Obviamente, em sua época, Mesmer recebeu duras críticas e intensa oposição de médicos ortodoxos, chegando mesmo a ser banido da Medicina.  Segundo os pensamentos de Mesmer, “existe uma influência mútua entre os corpos celestes, a Terra e os corpos inanimados”. Essa influência se dá por intermédio de um “fluido universalmente difundido e contínuo”. Apesar do sucesso de Mesmer em muitas de suas curas, uma comissão médica composta por sábios da época foi reunida, sendo alguns muito conhecidos como Benjamin Franklin e Lavoisier.  Eles foram orientados a avaliar a eficácia dos efeitos curativos do magnetismo animal.  Infelizmente, essa comissão deu parecer desfavorável a existência e aos resultados dos experimentos de Mesmer, classificando as curas como puro efeito de sugestão.  Porém, outra comissão de cientistas formada anos depois veio demonstrar alguns dos erros da comissão de Franklin e Lavoisier, assumindo a veracidade das curas magnéticas. Observador por mais de tres décadas de experimentos das práticas iniciadas por Mesmer, como Allan Kardec associou tais conhecimentos ao Espiritismo? Enquanto Mesmer fundamenta-se na visão fisiológica do corpo humano, Allan Kardec afirmou a existência não apenas do Espirito mas também de um corpo intermediário por ele denominado Perispírito  que interliga as duas estruturas, a material e a espiritual. Assevera que “o Espírito quer, o períspirito transmite e o corpo executa”. Explica que, os órgãos do corpo físico estão impregnados de fluido vital que dá a todas as partes do organismo uma atividade que lhes permite comunicarem entre si, no caso de lesões, e restabelecerem funções momentaneamente suspensas, afirmando ainda :  1- a quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos, variando segundo as espécies;  2- não é constante no mesmo indivíduo, nem nos mesmos indivíduos da mesma espécie;  3- alguns indivíduos estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente, o que explica atividade e energia mais abundante observada em alguns;  4- a quantidade de fluido vital se esgota, impossibilitando até a manutenção da vida se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contém;  5- que o fluido vital se transmite de um indivíduo a outro, possibilitando que o que o tem em maior quantidade dá-lo ao que tem menos e, em certos casos, fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se. Conforme resposta registrada n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, o fluido vital é a origem do fluido magnético ou elétrico animalizado. (LE, 70) A visão do Espiritismo não consiste apenas numa explicação mais objetiva da oferecida por Mesmer? Apenas no que tange ao fluido emanado pelo corpo físico.  Afirma que o Corpo Espiritual ou Perispírito também emana um fluido denominado por ele Fluido Perispiritual. O perispírito irradia ao redor do corpo, formando uma espécie de atmosfera impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado.  Duas pessoas que se encontram, experimentam, pelo contato desses fluidos, a impressão sensitiva, impressão que pode ser agradável ou desagradável; os fluidos tendem a confundir-se ou a repelir-se, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante.  Considera que suas propriedades podem dar uma ideia de como age. Diz, por exemplo, ser ele matéria e veículo do pensamento, sensações e percepções do Espírito, que, com seu grau de depuração e elevação, determina o poder de tal fluido.  Acrescenta que o Fluido Perispiritual não é o pensamento do Espírito, mas agente e intermediário desse pensamento.  Por transmiti-lo, dele está, de certo modo, impregnado e, na impossibilidade em que nos achamos de isolar o pensamento, ele parece ser um com o fluido, assim como o som parece ser um com o ar. (G)








segunda-feira, 26 de agosto de 2019

PODE-SE ACREDITAR EM TUDO QUE OS ESPÍRITOS DIZEM? E KARDEC - HOJE E SEMPRE 361


A conscientização da mediunidade como percepção natural e, portanto, comum a todas as criaturas humanas, somada às incertezas e inseguranças da vida atual, revela pessoas que se dizem influenciadas por Espíritos capazes de aconselhar, orientar ou mesmo prever acontecimentos futuros relacionados àqueles a quem se dirigem. Deve-se, contudo, crer nessas informações? Abrindo o numero de julho de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz discurso preparado para o encerramento do ano social da Sociedade Espírita de Paris, no período 1858/1859. Em certo trecho, oferece elementos para reflexões, aplicáveis inclusive a análise sobre a profusão de “revelações espirituais” veiculadas pela grande quantidade de obras publicadas na atualidade. Escreve ele: -“Assim como entre nós há pessoas ignorantes e de vistas curtas, que fazem uma ideia incompleta do nosso mundo material e do meio que lhes é próprio, também os Espíritos, cujo horizonte moral é limitado, não podem apreender o conjunto e ainda se acham sob o império dos preconceitos e dos sistemas. Não podem, portanto, instruir-nos sobre tudo quanto se relaciona com o mundo espirita, do mesmo modo que um camponês não o poderia fazer em relação à alta sociedade parisiense ou ao mundo da ciência. Seria, pois, fazer um triste juízo do nosso raciocínio pensar que ouvimos a todos os Espíritos como se fossem oráculos. Os Espíritos são o que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras sessão com reservas e jamais com a credulidade de crianças. Julgamos, comparamos, tiramos consequências de nossas observações e os seus mesmos erros constituem para nós ensinamentos, de vez que não renunciamos ao nosso discernimento. Estas observações aplicam-se igualmente a todas as teorias científicas que podem dar os Espíritos. Seria muito cômodo se bastasse interroga-los a  fim de encontrar a ciência acabada e possuir todos os segredos da indústria. Não conquistamos a ciência senão a custo de trabalho e de pesquisas. A missão dos Espíritos não é livrar-nos dessa obrigação. Alias sabemos que não só eles não sabem tudo, como sabemos que há entre eles pseudo-sábios, assim como entre nós, os quais pensam saber aquilo que não sabem e falam daquilo que ignoram com o mais imperturbável aprumo. Um Espírito poderá, pois, dizer que é o Sol que gira em redor da Terra e não esta; sua teoria não seria mais exata pelo fato de provir de um Espírito. Saibam, pois, aqueles que nos atribuem uma credulidade tão pueril, que tomamos toda opinião emitida por um Espírito como uma opinião pessoal; que não a aceitemos senão depois de havê-la submetido ao controle da lógica e dos meios de investigação fornecidos pela própria ciência espírita. Mais adiante, acrescenta: -“O concurso dos Bons Espíritos – tal é, com efeito, a condição sem a qual não se pode esperar a Verdade. Ora, depende de nós obter esse concurso. A primeira condição para merecermos sua simpatia é o recolhimento e a pureza das intenções. Os Bons Espíritos vão aonde são chamados seriamente, com fé, fervor e confiança. Eles nem gostam de servir de experiência, nem dar espetáculo. Ao contrário, gostam de instruir àqueles que os interrogam sem ideias preconcebidas. Os Espíritos levianos, que se divertem de todos os modos, vão a toda parte e, de preferência, aos lugares onde encontram uma ocasião para mistificar. Os maus são atraídos pelos maus pensamentos e por maus pensamentos devemos compreender todos aqueles que se não conformam com os princípios da caridade evangélica. Assim, pois, quem quer que traga a uma reunião sentimentos contrários a esses princípios, traz consigo Espíritos desejosos de semear a perturbação, a discórdia e a desafeição. A comunhão de pensamentos e de sentimentos para o Bem [é, assim, uma coisa de primeira necessidade e não é possível encontra-la num meio heterogêneo, onde encontrassem acesso as paixões inferiores como o orgulho, a inveja e o ciúme, os quais sempre se revelam pela malevolência e pela acrimônea de linguagem, por mais espesso que seja o véu com que se procure cobri-los. Eis o abc da ciência espírita.