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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

DO INSTINTO À INTELIGÊNCIA E KARDEC - HOJE E SEMPRE 377


A Teoria Evolucionista de Darwin amplia-se consideravelmente com a Teoria da Evolução Espiritual proposta pelo Espiritismo. A seguir alguns pontos para refletirmos. 1-Como o Princípio Inteligente do Universo se transformou no Espírito iniciando o período de Humanização ou Humanidade? O princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente.  Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão.  Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós.  Estamos, em todas as épocas, abandonando Esferas Inferiores, a fim de escalar as Superiores.  O cérebro é o órgão sagrado de manifestação da mente, em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana.  Em síntese, o homem das últimas dezenas de séculos representa a Humanidade vitoriosa, emergindo da bestialidade primária. (NMM;4) É possível ter se uma ideia do tempo gasto nessa caminhada? O Princípio Inteligente, desde o vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, a fim de que pudesse lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos, com o titulo de homem (...) dotado de raciocínio e discernimento, o Ser, para chegar aos primórdios da Época Quaternária ( há 200 mil anos), em que a Civilização elementar do silex denuncia algum primor de técnica despendeu mais ou menos 15 milhões de séculos, ou um bilhão e meio de anos. (EDM,6) Como teria se operado o início da fase Humanidade? Ignoramos absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações do Espírito; é um desses princípios das coisas que estão nos segredos de Deus. Apenas sabemos que são criados simples e ignorantes, tendo todos, assim, o mesmo ponto de partida, o que é conforme à justiça; o que sabemos ainda é que o livre-arbítrio só se desenvolve pouco a pouco e após numerosas evoluções na vida corpórea.  Não é, pois, nem após a primeira, nem depois da segunda encarnação que o Espírito tem consciência bastante clara de si mesmo, para ser responsável por seus atos; não é senão após a centésima, talvez após a milésima.  Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude de suas faculdades, nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos. (RE, 1/1864) O armazenamento do registro de percepções, sensações e experiências se dá naturalmente através da memória cujos rudimentos podem ser observados no Reino Mineral. Como o Espiritismo a explica?  A memória pode ser comparada a placa sensível que, ao influxo da luz, guarda para sempre as imagens recolhidas pelo Espírito, no curso de seus inumeráveis aprendizados, dentro da vida.  Cada existência de nossa alma, em determinada expressão da forma, é uma adição de experiência, conservada em prodigioso arquivo de imagens que, em se superpondo umas às outras, jamais se confundem. (ETC, 12) Que é a memória, senão uma espécie de álbum mais ou menos volumoso, que se folheia para encontrar de novo as ideias apagadas e reconstituir os acontecimentos que se foram?  Esse álbum tem marcas nos pontos capitais.  De alguns fatos o indivíduo imediatamente se recorda; para recordar-se de outros, é-lhe necessário folhear por longo tempo o álbum.(OP) A memória é como um livro! Aquele em que lemos algumas passagens facilmente no-las apresenta aos olhos; as folhas virgens ou raramente perlustradas têm que ser folheadas uma a uma, para que consigamos reconstituir um fato sobre o qual pouco tenhamos demorado a atenção.  Quando o Espírito encarnado se lembra, sua memória lhe apresenta, de certo modo, a fotografia do fato que ele procura.  A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos.  Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos. (LI, 11)










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