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terça-feira, 24 de setembro de 2019

PERISPÍRITO E KARDEC - HOJE E SEMPRE 389


Embora o termo seja proposto por Allan Kardec, na verdade, ele se refere a conhecimentos acessados por várias Civilizações antigas. O Codificador pondera que “o perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa multidão de doenças, que se ligam à Fisiologia, assim como à Psicologia”. (RE; 1867) Considera que “o Espiritismo experimental estudou as propriedades dos fluidos espirituais e a ação deles sobre a matéria. Demonstrou a existência do perispírito, suspeitado desde a Antiguidade e designado por São Paulo sob o nome de corpo espiritual, isto é, corpo fluídico da alma, depois da destruição do corpo tangível”. (RE; 1867) E preconiza: - O estudo das propriedades do perispírito, dos fluidos espirituais e dos atributos fisiológicos da alma abre novos horizontes à Ciência e dá a chave de uma multidão de fenômenos incompreendidos até então, por falta de conhecimento da lei que os rege. (RE; 1867) Sigamos, então algumas informações uteis para nossas reflexões:O que é perispirito? Pela sua essência espiritual, o Espírito é um Ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. É semimaterial esse envoltório, isto é, pertence à matéria pela sua origem e à Espiritualidade pela sua natureza etérea. Esse envoltório, denominado perispírito, faz de um Ser abstrato, do Espírito, um Ser concreto, definido, apreensível pelo pensamento. Sua substância é haurida do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta, como o ar forma e alimenta o corpo material do homem.  O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e o grau de depuração do Espírito.  Nos mundos e nos Espíritos inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima muito da matéria bruta. Durante a encarnação, o Espírito conserva o seu perispírito, sendo-lhe o corpo apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte. (OP) Qual sua finalidade? O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo. É o órgão de transmissão de todas as sensações. Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite ao Espírito, que é o Ser sensível e inteligente, que a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer, o perispírito transmite e o corpo executa. O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo, como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera (aura) que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos.  Daí se segue que pessoas há que, sem estarem em contato corporal, podem achar-se em contato pelos seus perispíritos e permutar sem perceberem impressões e, algumas vezes, pensamentos, por meio da intuição. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos.  Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do Ser, terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las. (OP) Propondo a existência do corpo espiritual ou perispírito, o Espiritismo está inovando? O corpo espiritual ou fluídico da alma, que o Espiritismo denomina perispírito foi suspeitado em todas as épocas, porque os hindus já lhe chamavam Linga Sharira; os hebreus, Néphesph; os egípcios, Ka ou Baï; os gregos, Ochéma; Pitágoras, o carro sutil da alma  ou Eïdolon; Paulo de Tarso, corpo espiritual; o filósofo Cudworth, o mediador plástico; e os ocultistas, o corpo astral.  Esse duplo do organismo foi assinalado pelos denominados sonâmbulos das experiências do médico austríaco Franz Anton Mesmer – o pai do magnetismo animal ou fluido elétrico animalizado - que o viram sair do corpo material no momento da morte, ou desprender-se de si próprios, quando eles se exteriorizavam.  É esse princípio intermediário entre o Espírito e a matéria que individualiza a alma; permite àquele conservar a consciência e a lembrança depois da morte, do mesmo modo que, durante a vida, mantém o tipo corporal, o entretém e o repara durante toda a existência (R;GD)






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