Tema imprescindível na
tentativa de se entender o comportamento humano. Na atualidade ganha
interpretação fundamentada na lógica, na chamada fé raciocinada. Contando com
valioso auxílio do Espiritismo, repercute também contribuições oferecidas por
alguns ousados profissionais da saúde mental, sobretudo no campo da Psiquiatria
como Inácio Ferreira, Ian Stevenson, Brian Weiss,
entre outros. Alinhamos a seguir 10 pontos elucidados pela Doutrina Espírita. 1 - O que é o Espírito? O princípio inteligente do
Universo individualizado (LE) 2 -
Qual o objetivo da encarnação? Os Espíritos não pertencem eternamente à
mesma Ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia
espiritual. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta
como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que
devem se submeter repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma
espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados.
(...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o
Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal. (LE;
Introdução) 3 - A
reencarnação é lei imperativa em todos os orbes do Universo? A
reencarnação é princípio universal, compreendendo-se que existem Esferas nas
quais, como recurso educativo, já atingiu características inacessíveis ao conhecimento
humano atual. (AE 64) 4 - Quando se dá a primeira encarnação? Ignoramos
absolutamente em que condições se dão as primeiras encarnações dos Espíritos
(...). Apenas sabemos que são criados simples e ignorantes, tendo todos, assim,
o mesmo ponto de partida, o que é conforme a justiça. O que sabemos é que o
livre arbítrio só se desenvolve pouco a pouco, após numerosas experiências na
vida corpórea. (RE,1864) 5 - O número de existências
corpóreas é limitado ou o Espírito se reencarna perpetuamente? A cada nova existência o Espírito dá um passo
na senda do progresso; quando se despojou de todas as impurezas, não precisa
mais das provas da vida corpórea. (LE,168) 6 - É o mesmo para todos os Espíritos? Não, aquele que
avança rapidamente se poupa das provas. Não obstante, as encarnações sucessivas
são sempre muito numerosas porque o progresso é quase infinito (LE,169) 7 - Qual o estado do Espírito na primeira encarnação? Criado
simples e ignorante, o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade
moral e intelectual, como a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal,
também não fez o Bem. Nem é feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem
responsabilidade. Desde que nada tem, nada pode perder, como não pode
retrogradar. Sua responsabilidade só começa no momento em que se desenvolve seu
livre-arbítrio. Seu estado primitivo não é, pois, um estado de inocência
inteligente e raciocinada. Consequentemente, o mal que fizer mais tarde,
infringindo as leis de Deus, abusando das faculdades que lhe foram dadas, não é
um retorno do Bem ao mal, mas consequência do mau caminho por onde entrou. (RE,1863) 8 - Em que situação a reencarnação se torna uma punição?
Quando, não tendo feito o que devia, o Espírito é constrangido a recomeçar sua
tarefa e multiplica suas existências corpóreas penosas por sua própria culpa.
Um estudante só é graduado após ter passado por todas as classes. Suas classes
são um castigo? Não: são uma necessidade, uma condição indispensável de seu
progresso. Mas, se, pela preguiça, for obrigado a repeti-las, aí é uma punição.
Poder passar algumas é um mérito. O que, pois, é certo é que a encarnação na
Terra é uma punição para muitos que a habitam, porque poderiam tê-la evitado,
ao passo que, talvez, a repetiram, triplicaram, centuplicaram por sua própria
culpa, assim retardando sua entrada em mundos melhores. O que é errado é
admitir em princípio a encarnação como um castigo.
(RE,1863) 9 - Qual o número de
encarnações necessárias para que o Espírito tenha consciência? Nem
após a primeira, nem após a segunda encarnação a alma tem consciência bastante
nítida de si mesma, para ser responsável por seus atos; talvez só após a
centésima ou milésima. Dá-se o mesmo com a criança, que não goza da plenitude
de suas faculdades nem um, nem dois dias após o nascimento, mas depois de anos.
E, ainda, quando a alma goza do livre-arbítrio, a responsabilidade cresce em
razão do desenvolvimento da inteligência. Assim, por exemplo, um selvagem que
come os seus semelhantes é menos responsável que o homem civilizado, que comete
uma simples injustiça. Sem dúvida os nossos selvagens estão muito atrasados em
relação a nós e, contudo, já estão bem longe de seu ponto de partida. Durante
longos períodos a alma encarnada é submetida a influência exclusiva dos
instintos de conservação; pouco a pouco esses instintos se transformam em
instintos inteligentes ou, melhor dito, se equilibram com a inteligência; mais
tarde, e sempre gradativamente, a inteligência domina os instintos.
Só então é que começa a ter responsabilidade pelos próprios atos. (RE,1864) 10 - Qual deve ser o intervalo entre encarnações? De
algumas horas a alguns milhares de séculos, não havendo limite extremo
assinalado para o estado de desencarnado, que pode prolongar-se por muito
tempo, não sendo jamais perpétuo, encontrando o Espírito, cedo ou tarde,
oportunidade de recomeçar uma existência que sirva de purificação das
anteriores. (LE, )
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