O renomado Psiquiatra norte-americano
Brian Weiss escreveu num dos seus livros que “das experiências que alguns de
meus pacientes tem no estado de ‘entrevida’, passei a acreditar que é antes do
nascimento que escolhemos a família de cada existência. Escolhemos viver os padrões de comportamento
que melhor propiciarão nosso crescimento, com as almas que reproduzirão as
situações de aprendizagem. Com muita
frequência, são almas que conhecemos e com quem interagimos de muitas maneiras
em outras existências. Para os que estudam o Espiritismo suas
afirmações não são novidade pois as revelações oferecidas pela proposta várias
afirmações conduzem à conclusão do profissional da saúde. Dentre elas
destacamos: 1- No curso do tempo, as existências se
intercambiam umas com as outras. Os
companheiros do passado voltam a nós, reclamando o trabalho ou a pacificação, o
reajuste ou a assistência que lhes devemos. (AA) 2-O familiar portador de inquietação e de sofrimento é
sempre a mesma pessoa que se desequilibrou à conta de nossos erros, em épocas
transatas, e que exige reabilitação ao preço de nosso cuidado e devotamento,
nas áreas da existência física. (AA) 3-Todo
parente difícil é trabalho de amor ou rearmonização que a Divina Providência
nos confia, a fim de que tenhamos o privilégio de transfigurá-lo em degrau de
serviço e de luz, no rumo de nossa própria sublimação. (AA) Pagar
é libertar-se, aprender é assimilar a lição. (LA) Bem
por isso, o Espírito André Luiz recomenda: Divulguemos o principio da reencarnação e da
responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que
se destinam. (EDM) Na sequência três respostas
substanciais para nossas reflexões: 1- Em texto incluído
no livro OBRAS PÓSTUMAS, Allan Kardec explica que “muitas vezes um indivíduo renasce na
mesma família, ou, pelo menos, os membros de uma família renascem juntos para
constituir uma família nova noutra posição social, a fim de apertarem os laços
de afeição entre si, ou reparar agravos recíprocos”. Numa realidade constituída
por bilhões de Espíritos como entender isso? A
sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que
remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia
que vem a existir entre certos Espíritos que parecem estranhos. (LE,
204) Fundando-se o parentesco em afeições
anteriores, menos precários são os laços existentes entre os membros de uma
mesma família. Essa doutrina amplia os deveres da fraternidade, porquanto, no
vizinho, ou no servo, pode achar-se um Espírito a quem se tenha estado preso
pelos laços da consanguinidade. (LE,205) Se
bem os Espíritos não procedam uns dos outros, nem por isso menos afeição
consagram aos que lhes estão ligados pelos elos da família, dado que muitas
vezes eles são atraídos para tal ou qual família pela simpatia, ou pelos laços
que anteriormente se estabeleceram. (LE,206) 2- O Espírito evoluindo do instinto para a sensação e desta
para os ensaios iniciais do sentimento
parece transitar dos agrupamentos tribais para o conceito de família e,
dentro desta, para a relação conjugal através do casamento. É possível ter-se
uma ideia do ponto em que essa etapa se inicia? À medida que se
dilata o afastamento da animalidade quase absoluta, para a integração com a
Humanidade, o amor assume dimensões mais elevadas, tanto para os que se
verticalizam na virtude como para os que se horizontalizam na inteligência .(...) A energia natural do sexo, inerente à própria
vida em si, gera cargas magnéticas em todos os seres, pela função criadora de que
se reveste, cargas que se caracterizam com potenciais nítidos de atração no
sistema psíquico de cada um e que, em se acumulando, invadem todos os campos
sensíveis da alma, como que a lhe obliterar os mecanismos outros de ação, qual
se estivéssemos diante de usina reclamando controle adequado. Ao nível dos
brutos ou daqueles que lhes renteiam a condição, a descarga de semelhante
energia se efetua, indiscriminadamente, através de contatos, quase sempre
desregrados e infelizes, que lhes carreiam, em consequência, a exaustão e o
sofrimento com processos educativos. O instinto sexual, então, a desvairar-se
na poligamia, traça para si mesmo largo roteiro de aprendizagem a que não
escapará pela matemática do destino que nós mesmos criamos. Entretanto, quanto
mais se integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a vida, mais
apreende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer, com o dom de
amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe facultem acesso
aos Planos Superiores. O instinto sexual nessa fase da evolução não encontra
alegria completa senão em contato com outro Ser que demonstre plena afinidade,
porquanto a liberação da energia, que lhe é peculiar, do ponto de vista do
governo emotivo, solicita compensação de força igual, na escala das vibrações
magnéticas. 3- A ideia de família organizada nos moldes
vigentes na nossa Dimensão é indício de certa evolução espiritual?
Quanto mais se integra a alma no plano da responsabilidade moral para com a
vida, mais apreende o impositivo da disciplina própria, a fim de estabelecer,
com o dom de amar que lhe é intrínseco, novos programas de trabalho que lhe
facultem acesso aos Planos Superiores. O instinto sexual nessa fase da evolução
não encontra alegria completa senão em contato com outro Ser que demonstre
plena afinidade, porquanto a liberação da energia, que lhe é peculiar, do ponto
de vista do governo emotivo, solicita compensação de força igual, na escala das
vibrações magnéticas. Em semelhante eminência, a monogamia é o clima espontâneo
do Ser humano, de vez que dentro dela realiza, naturalmente, com a alma eleita
de suas aspirações a união ideal do raciocínio e do sentimento, com a perfeita
associação dos recursos ativos e passivos, na constituição do binário de
forças, capaz de criar não apenas formas físicas, para a encarnação de outras
almas na Terra, mas também as grandes obras do coração e da inteligência,
suscitando a extensão da beleza e do amor, da sabedoria e da glória espiritual
que vertem, constantes, da Criação Divina. (...) Contudo, até que o Espírito
consiga purificar as próprias impressões, além da ganga sensorial, em que habitualmente
se desregra no narcisismo obcecante, valendo-se de outros seres para satisfazer
a volúpia de hipertrofiar-se psiquicamente no prazer de si mesmo, numerosas
reencarnações instrutivas e reparadoras se lhe debitam no livro da vida, porque
não cogita exclusivamente do próprio prazer sem lesar os outros, e toda vez que
lesa alguém abre nova conta resgatável em tempo certo. Isso ocorre porque o
instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores,
mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as
criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios
psíquico-magnéticos que lhes são necessários ao progresso (EDM)
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