A questão da saúde físico/mental constitui-se num grande impeditivo da
qualidade de vida em nossa Dimensão. A Ciência caminha na direção de assumir o
papel da emoção nos processos de doenças ou cura a partir de pesquisas e
observações realizadas em vários Centros ao redor do Mundo. O Espiritismo vem
por sua vez contribuindo para a formação de uma base consistente nessa área. No
legado deixado por Allan Kardec através de suas obras podem ser encontrados
elementos importantes para concluirmos sobrea autencidade dessa revelação. A
visão, naturalmente, parte da amplitude oferecida pela ampla visão resultante
do Princípio da Reencarnação. Vivemos num Universo de Causalidade e não de
Casualidade. Argumentos como “não há uma só falta, por mais leve que
seja, uma única infração à sua Lei (de DEUS), que não tenha consequências
forçosas e inevitáveis, mais ou menos desagradáveis”. (ESE, 5,5) Ou “o homem não é, portanto, punido sempre, ou completamente punido, na sua
existência presente, mas jamais escapa às consequências de suas faltas”.
(ESE,5,7) Kardec afirma que ‘quando nos elevamos, pelo pensamento, de
maneira a abranger uma série de existências, compreendemos que a cada um é dado
o que merece”. (ESE,5,7), advertindo que ‘se dividirmos os males da vida
em duas categorias, sendo UMA a dos males que o homem não pode evitar, e OUTRA
a das atribulações que ele mesmo provoca, por sua incúria e seus excessos,
veremos que esta última é muito mais numerosa que a primeira”. (ESE) Pondera que ‘se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos
corporais, em certos casos, não teria colocado meios curativos à nossa
disposição. (...) e revela que ‘ao lado
da medicação comum, elaborada pela ciência, o magnetismo nos deu a conhecer o
poder da ação fluídica, e depois o Espiritismo veio revelar-nos outra força,
através da mediunidade curadora e da influência da prece” (ESE,28,77) Vejamos algumas informações derivadas do vasto conteúdo
oferecido pela Espiritualidade nos últimos séculos através da mediunidade:1- Nossas instabilidades emocionais são fatores desencadeantes de
moléstias? As
depressões criadas em nós por nós mesmos, nos domínios do abuso de nossas
forças, seja (...) pela rendição ao desequilíbrio, seja estabelecendo
perturbações em prejuízo dos outros, plasmam, nos tecidos fisiopsicossomáticos
que nos constituem o veículo de expressão, determinados campos de ruptura na
harmonia celular. Verificada a disfunção, toda a zona atingida pelo
desajustamento se torna passível de invasão microbiana (...) Desarticulado,
pois, o trabalho sinérgico das células nesse ou naquele tecido, aí se interpõem
as unidades mórbidas, quais as do câncer, que, nesta doença, imprimem acelerado
ritmo de crescimento a certos agrupamentos celulares, entre as células sãs do
órgão em que se instalem, causando tumorações invasoras e metastásicas,
compreendendo-se, porém, que a mutação, no início, obedeceu a determinada
distonia, originária da mente, cujas vibrações sobre as células desorganizadas
tiveram o efeito das projeções de raios X ou de irradiações ultravioleta, em
aplicações impróprias. (EDM) 2- Nossas ações e reações no
relacionamento com nosso semelhante desencadeiam enfermidades? “Os antagonismos domésticos, os temperamentos
aparentemente irreconciliáveis entre pais e filhos, esposos e esposas, parentes
e irmãos, resultam dos choques sucessivos da subconsciência, conduzida a
recapitulações retificadoras do pretérito recente. Congregados, de novo, na
luta expiatória ou reparadora, as personagens dos dramas, que se foram, passam
a sentir e ver, na tela mental, dentro de si mesmas, situações complicadas e
escabrosas de outra época, malgrado os contornos obscuros da reminiscência,
carregando consigo fardos pesados de incompreensão, atualmente definidos por
“complexo de inferioridade(...) Em
obediência às lembranças vagas e inatas, os homens e as mulheres, jungidos uns
aos outros pelos laços de consanguinidade ou dos compromissos morais, se
transformam em perseguidores e verdugos inconscientes entre si” (...) “A
extensão do sofrimento humano, nesse sentido, confunde-se com o Infinito”. (OVE) 3-Nossa atitude mental desarmônica
pode criar doenças? “Se não é aconselhável envenenar o aparelho
fisiológico pela ingestão de substâncias que o aprisionem ao vício, é imperioso
evitar os desregramentos da alma que lhe impõem desequilíbrios aviltantes,
quais sejam aqueles hauridos nas decepções e nos dissabores que adotamos por
flagelo constante do campo íntimo. Cultivar melindres e desgostos, irritação e
mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo
de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta
corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando,
consequentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que a
Providência Divina nos concede entre os homens, com vistas ao desenvolvimento
de nossas faculdades para a Vida Eterna”.
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