Conhecidos desde a
Antiguidade, com a coragem do médico Franz Anton Mesmer e os avanços propostos
por Allan Kardec, os fluidos conseguem explicar uma série de fenômenos
desdenhados pela dita Ciência Acadêmica. Na sequencia, alguns esclarecimentos
sobre sua existência e importância. Sendo os fluidos personalizados
conforme a individualidade, o que determina suas características? As
qualidades do fluido perispiritual estão na razão direta das qualidades morais
do Espírito encarnado ou desencarnado; quanto mais elevados forem os
sentimentos e desprendidos das influências da matéria, mais depurado será seu
fluido. Conforme
os pensamentos que o dominam, o encarnado irradia fluidos impregnados desses
mesmos pensamentos, que o viciam ou saneiam, fluidos realmente materiais que
apesar de impalpáveis, invisíveis aos olhos do corpo, são perceptíveis pelos
sentidos perispirituais e visíveis pelos olhos da alma, pois impressionam
fisicamente, produzindo efeitos muito diferentes para, por exemplo, os que são dotados da vidência. (RE;1867)
Conforme o
Espiritismo, Fluido Perispiritual produz
diversos efeitos? O Fluido Perispiritual seria, por exemplo, uma das
causas das simpatias e antipatias entre pessoas que se veem pela primeira vez.
Isso por que o períspirito irradia ao redor do corpo uma espécie de atmosfera
impregnada das qualidades boas ou más do Espírito encarnado. Duas pessoas que
se encontram experimentam, pelo contato dos fluidos, a impressão da sensitiva;
impressão agradável ou não, pelo fato dos fluidos tenderem a confundir-se ou
repelir-se, segundo sua natureza semelhante ou dessemelhante. (OQE,
125)
Esse sentimento é efeito de uma lei física: a lei da assimilação e da repulsão
de fluidos. O pensamento maldoso, por exemplo, emite uma corrente fluídica que
provoca uma sensação desagradável. Já o bondoso envolve com uma sensação
agradável. Daí, a diferença de sensações que sentimos com a aproximação de um
amigo ou de um inimigo. (ESE 12:3) Como se dá a ação desse fluido? Quem quer que alimente
pensamentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, falsidade,
hipocrisia, malevolência, numa palavra, pensamentos colhidos na fonte das más
paixões, espalha em torno de si eflúvios fluídicos perturbadores, que reagem sobre
os que o cercam. Se se considerar que pensamentos atraem
pensamentos da mesma natureza, que os fluidos atraem fluidos similares, compreende-se
que cada indivíduo traga consigo também um cortejo de Espíritos simpáticos,
bons ou maus, e que, assim, o ar seja saturado de fluidos compatíveis com os
pensamentos que predominam. Pensamentos maus em minoria, não
impedem que as boas influências se produzam, pois estas os neutralizam. Se dominarem,
enfraquecerão a radiação fluídica dos bons Espíritos ou mesmo, por vezes
impedirão que os bons fluidos penetrem nesse meio, como o nevoeiro enfraquece
ou detém os raios do Sol. (RE; 1867) Qual
o meio de se subtrair à influência negativa dos maus fluidos? Esse meio se
destaca da própria causa que produz o mal. Que se faz quando se reconhece que
um alimento é nocivo à saúde? Rejeita-se, substituindo-o por alimento mais
são. Desde que são os maus pensamentos
que enquadram os maus fluidos e os atraem, há que se esforçar para só os ter
bons, repelir tudo que é mau, como se repele um alimento que nos torna doentes. Numa palavra, trabalhar pelo próprio
melhoramento moral e, para nos servirmos de uma comparação do Evangelho, ‘não
só limpar o vaso por fora, mas, sobretudo, limpá-lo por dentro’. (RE; 1867)
Como isso seria possível? Pelas características desse
fluido. Ele se nos escapa continuamente formando em torno do nosso corpo uma
atmosfera que somente age sobre os indivíduos que nos cercam se impulsionado
pela nossa vontade. O fluido penetra todos os corpos
animados ou inanimados; se propaga a grandes distâncias, dependendo das
condições e força do emissor, bem como da maior ou menor sensibilidade
magnética do receptor; está sujeito às leis de atração, repulsão e afinidade variando
de indivíduo para indivíduo; do ponto de vista moral,
está impregnado dos sentimentos de ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo,
agressividade, hipocrisia, bondade, benevolência, amor, caridade, doçura; etc; sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes,
penetrantes, adstringentes, irritantes, dulcificantes, suporíferos, tóxicos,
reparadores, expulsivos; tornam-se força de transmissão, propulsão, etc; o
quadro de fluidos seria, pois, o de todas as paixões, virtudes e vícios da
Humanidade e das propriedades da matéria, correspondentes aos efeitos que
produzem. Os fluidos não possuem qualidades sui-generis mas as que adquirem no
meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios desse meio, como o ar pelas
exalações, as águas pelos sais das camadas que atravessa. (G)
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