faça sua pesquisa

domingo, 24 de novembro de 2019

SOBRE A MORTE; KARDEC - HOJE E SEMPRE 437; EVOLUÇÃO E LEI DE CAUSA E EFEITO:ENTENDA E CHICO VIVE


Experiência inevitável dada a fragilidade do corpo físico, a morte aguarda a todos os Seres humanos que estagiam na Terra. Questão de tempo. Na sequência alguns aspectos pesquisados na inestancável fonte oferecida pelos Espíritos através da mediunidade para nossas reflexões. As impressões e sensações então não são iguais para todos? Mentiríamos, asseverando que a transição é serviço rotineiro para todos. Cada qual, como acontece no nascimento, tem a sua porta adequada para ausentar-se do plano físico. Na existência do corpo, começamos ou recomeçamos determinado serviço.  Além da sepultura, continuamos a boa obra encetada ou somos escravos do mal que praticamos na Terra.  Por isso, o estado mental é muito importante nas condições da matéria rarefeita que a criatura passa a habitar, logo depois de abandonar o carro fisiológico. Incontáveis pessoas, por deficiência de educação do “eu”, agarram-se aos remanescentes do corpo, com a obstinação de estulto viajante que, pelo receio do desconhecido ou pela incapacidade de usar as próprias pernas, pretendesse inutilmente reerguer na estrada a cavalgadura morta. Mas o número de almas perturbadas de outro modo é infinitamente maior.  Não se apegam ao cadáver putrefato, mas demoram na paisagem doméstica, onde se desvencilharam das células enfermas, conservando ilusões ou sofrimentos intraduzíveis. Muitos que se abandonaram à moléstia, fortalecendo-a e acariciando-a, mais por fugir aos deveres que a vida lhes reserva do que por devoção e fidelidade aos Desígnios Divinos, fixam longamente sintomas e defeitos, desequilíbrios ou chagas na matéria sensível e plástica do organismo espiritual, experimentando sérias dificuldades para extirpá-los. Almas desse naipe, desalentadas e oprimidas, podem ser enumeradas aos milhares, em qualquer região dos círculos sutis que marginam a zona de trabalho, em que se delimita a ação dos homens encarnados. Quando possível, são internados em grandes e complexas organizações hospitalares, quase que justapostas ao plano terrestre comum; entretanto, é preciso reconhecer que milhares delas se mantêm dentro de linhas mentais infra-humanas, rebeldes a qualquer processo de renovação.  (FT; 10) Essa reação se repete para o Ser a cada experiência de morte ou se altera com o tempo? À medida que se eleva e se depura, as percepções e sensações do Espírito se tornam menos grosseiras, adquirindo mais primor, mais sutileza e mais delicadeza; vê, sente e compreende coisas que não podia ver, nem sentir, nem compreender numa condição inferior.  Ora, cada existência corporal, sendo para ele uma oportunidade de progresso, condu-lo a um novo meio, porque se encontra, caso haja progredido, entre Espíritos de outra ordem, cujas ideias, pensamentos e hábitos são diferentes.  Acrescente-se que tal depuração lhe permite penetrar, sempre como Espírito, em mundos inacessíveis aos Espíritos inferiores, como entre nós os salões da alta sociedade são interditos às pessoas mal-educadas.  Quanto menos esclarecido, tanto mais limitado é o seu horizonte; à medida que se eleva e se depura, esse horizonte se amplia e, com ele, o círculo de suas ideias e percepções.  A seguinte comparação nos permite compreendê-lo.  Suponhamos um camponês bruto e ignorante, indo a Paris pela primeira vez. Conhecerá e compreenderá a Paris do mundo sábio e elegante?  Não, porque frequentará apenas as pessoas de sua classe e os bairros que elas habitam.  Mas se, no intervalo de uma segunda viagem, esse camponês se desenvolveu, havendo adquirido instrução e boas maneiras, outros serão seus hábitos e as suas relações.  Verá, então, um mundo novo para ele, que em nada se assemelhará à Paris de outrora.  O mesmo acontece com os Espíritos; nem todos, porém, experimentam esse mesmo grau de incerteza.  À medida que progridem, suas ideias se desenvolvem e a memória se aperfeiçoa: familiarizam-se antecipadamente com a sua nova situação; seu retorno entre os outros Espíritos nada mais tem que os surpreenda; encontram-se em seu meio normal e, passado o primeiro momento de perturbação, reconhecem-se quase imediatamente. (RE;1859)Todas as desencarnações de pessoas dignas contam com o amparo de grupos socorristas? Nem todas. Todos os fenômenos do decesso contam com o amparo da caridade afeta às organizações de assistência indiscriminada; no entanto, a missão especialista não pode ser concedida a quem não se distinguiu no esforço perseverante do bem. Logo após a morte, o homem que se desprende do invólucro material pode sentir a companhia dos entes amados que o precederam no além-túmulo? Se a sua existência terrestre foi valorizada espiritualmente, a transição do plano terrestre para a esfera espiritual será sempre suave. Nessas condições, poderá encontrar imediatamente aqueles que foram, objeto de sua afeição no mundo, na hipótese de se encontrarem no mesmo nível de evolução. Uma felicidade doce e uma alegria perene estabelece-se nesses corações amigos e afetuosos, depois das amarguras da separação e da prolongada ausência. Entretanto, aqueles que se desprendem da Terra, saturados de obsessões pelas posses efêmeras do mundo e tocados pela sombra das revoltas incompreensíveis, não encontram tão depressa os entes queridos que os antecederam na sepultura. Suas percepções restritas à atmosfera escura dos seus pensamentos e seus valores negativos impossibilitam-lhes as doces venturas do reencontro. É por isso que observais, tantas vezes, Espíritos sofredores e perturbadas fornecendo a impressão de criaturas, desamparadas e esquecidas pela esfera da bondade superior, mas, que, de fato, são desamparados por si mesmos, pela sua perseverança no mal, na intenção criminosa e na desobediência aos sagrados desígnios de Deus.




















Nenhum comentário:

Postar um comentário