Pergunta da Maria de Lourdes Meirelles “Gostaria de saber se o Espirito protetor já está com a gente desde o nascimento.”
Lourdes, o tema “Anjos Guardiães, Espíritos
Protetores, Familiares ou Simpáticos” está desenvolvido n’O LIVRO DOS
ESPÍRITOS, questões de 489 a 521. A pergunta que você faz refere-se à questão
492, que diz o seguinte: “O Espírito protetor liga-se ao indivíduo depois do
seu nascimento? Resposta: “Depois de seu nascimento até à morte e,
frequentemente, o segue depois da morte na vida espírita, e mesmo em várias existências corporais, porque
essas existências são apenas fases bem curtas com relação à vida do Espírito”.
Cremos, com isso, ter respondido à sua dúvida.
Mas, diante da importância da pergunta, gostaríamos de dizer que o chamado
Espírito Protetor, também conhecido como Anjo da Guarda ou Espírito guia, é um
Espírito de uma ordem mais elevada do que a do protegido, que assume o compromisso de
acompanha-lo e guiá-lo dentro do plano de vida de cada encarnação. A questão
491 afirma que a sua missão é a de um pai sobre o filho para guia-lo no caminho
do bem.
André
Luiz, através de suas obras, nos dá uma ideia mais concreta de seu papel,
mostrando que se trata de um Espírito mais esclarecido, mais elevado
moralmente, que assume um compromisso com aquele que vai reencarnar, a fim de
facilitar-lhe o caminho, mantendo-o mais ou menos informado de como desenvolver
sua jornada. Encarnado, o Espírito não tem consciência dessa proteção, mas pode
dela desfrutar através de intuições que recebe naturalmente durante o estado de
vigília e mais frequentemente durante o sono.
A ação
do protetor, no entanto, não é a de quem vai proteger o encarnado de todos os
perigos, livrando-o de todos os males. Não. Ele é mais um pai ou um professor,
que tenta ajuda-lo a tomar decisões mais adequadas às suas necessidades. Isso
quer dizer, que dependendo da resistência do encarnado, ele nem sempre consegue
esse objetivo e, por vezes, quando o protegido se desvia muito do caminho, o
protetor pode se afastar; não porque ele quer assim, mas porque se sente
destituído de suas funções.
Uma
outra ideia errônea a respeito do protetor é que ele estaria presente na vida
do protegido 24 horas por dia. Não, não é assim. Ele, na verdade, é mais um orientador ou um
conselheiro do que um protetor, no sentido estrito da palavra. Ele sugere
caminhos, mas não determina e nem obriga seu protegido a segui-lo, pois o
protetor, sendo um Espírito mais elevado, ele respeita o livre arbítrio do
protegido e até seu direito de errar. Muitas vezes é preciso errar, sofrer as
desagradáveis consequências do erro, para aprender e decidir por um caminho melhor.
A ação
do protetor se parece muito com a ação dos pais em relação aos seus filhos.
Quando o filho é ainda criança e indefesa, a proteção é maior e quase total,
mas à medida que ele cresce e se desenvolve, que adquire inteligência e autonomia,
os pais vão se afastando, sem deixar de acompanha-lo a vida toda. Logo, o
protetor não tem necessidade de estar constantemente com seu protegido,
considerando ainda que ele pode ajudá-lo à distância.
O
protetor pode livrar o protegido de um acidente, por exemplo? É uma pergunta
que sempre aparece no programa. Isso por
vezes pode acontecer, mas depende muito da especificidade de cada caso e de
cada situação. No entanto, como sua ação
é muito sutil e invisível, quase sempre
o protegido nem percebe que se livrou do perigo com ajuda espiritual, pois a
ação do protetor, quase sempre, é pela intuição que dá ao protegido para fazer
ou não fazer tal coisa, para passar ou não passar por determinado lugar.
Se o acidente foi produto de negligência,
falta de habilidade ou imprudência por parte do protegido, por exemplo, muitas
vezes ele se torna inevitável, por falta de condições de alertar o protegido ou
mesmo porque o protegido precisa sentir os efeitos de suas fraquezas morais ou
de sua falta de habilidade para viver melhor, a fim de que disso resulte uma
lição de vida. O segredo está em estarmos ligados ao protetor por sintonia de
pensamento e isso se dá através da prece mas, principalmente, por meio de nossa
boa conduta diária.
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