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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

SITUAÇÃO ESPIRITUAL DA TERRA; MOTIVO DAS OBSESSÕES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





A jovem Natália, pergunta. “Depois que entrei na faculdade, despertei a atenção para o meu lado racional e muito daquilo, em que eu acreditava antes, não acredito mais. Eu pergunto o seguinte: de onde vêm nossas crenças? Da sociedade? Da Família? Por que tudo mundo tem que crer na mesma coisa? As crenças não podem ser diferentes? Por que nossos pais insistem que precisamos acreditar no que eles acreditam?
 Natália, isso, que está acontecendo com você, acontece com grande parte dos jovens quando entram para a universidade. É uma condição própria da maioria das pessoas, que foram educadas para ter uma determinada crença e pautar suas vidas em cima dos valores morais e religiosos que os pais lhes ensinaram. Quando a ação dos pais é muito intensa e envolvente, a criança se entrega totalmente ao que lhe passaram, mas, dependendo do tipo de crença que lhe é passado, ela pode sofrer um grande impacto emocional ao tomar contato com outras formas de crer, principalmente quando entra num curso superior.
 É quando surgem os conflitos entre o jovem e a família, principalmente em matéria de religião, porque, então, o jovem percebe que existem outras crenças e que, agora, ele pode pensar pela própria cabeça e escolher aquela que mais atende às suas aspirações. Mas, quando esses pais usam mais o bom senso no encaminhamento dos filhos, eles se acautelam desde cedo contra essa situação e dão um pouco mais de liberdade para os filhos aprenderem a tirar conclusões, ou, por outra, não lhes passam um pensamento religioso ou moral tão estreito, tão fechado, a ponto de mantê-los com o pensamento encarcerado.
 Evidentemente, nossos pais querem o melhor para nós e o que fazem é sempre para o nosso bem. Mas isso não quer dizer que vamos ter que concordar sempre com eles ou que eles estejam sempre certos, pois, ao nos tornar adultos, passamos a pensar pela nossa própria cabeça e descobrimos que ninguém é dono exclusivo da verdade. Mas devemos respeitar nossos pais, devemos, amá-los como eles são, e saber como lidar com tais divergências sem causar maiores problemas.
 Como Espíritos, que somos, a nossa tendência é sempre construir o próprio caminho a partir do rico tesouro de amor e de orientação que os pais nos dão. Mas não devemos nos precipitar muito. Avançar sim, mas com a devida cautela, porque, para o jovem que desperta sua atenção para um horizonte mais amplo da vida, muita luz pode ofuscá-lo, razão pela qual o mais prudente é ir devagar, analisar com mais cautela e não se deixar levar pela vaidade e pelo orgulho que costumam nos assaltar quando descobrimos que podemos mais do que imaginávamos.
 É claro que a liberdade de pensamento é um direito natural de todo ser humano, e é nesse sentido que estamos caminhando, mas de tal sorte que as diferenças não constituam motivo de separação, mas sim de união de esforços para um objetivo comum, o bem de todos. O nosso grande desafio, neste início de século XXI, é saber conviver com os desiguais, valorizar a liberdade pessoal, defender o direito dos que não concordam conosco, se quisermos caminhar juntos na construção de um mundo melhor e de uma humanidade mais feliz.
















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