Embora os conceitos de
administração racional somente tenham sido acessados pelo homem no início do
século 19 e a proliferação das empresas denominadas multinacionais tenha se
dado a partir da metade do século 20 já que a Inglaterra tenha iniciado a ideia
no século 16 através da Companhia das Índias Orientais, o fato é que o que
chamamos Jesus - responsável pela
evolução da Humanidade presente na Terra já devia dominar esses conceitos.
Dois dados nos provam isso:
1 – a projeção dos fatos delineados no APOCALIPSE
de João e, 2- a revelação pelo Espírito Humberto
de Campos a partir do primeiro capítulo da sua polemica obra BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO
EVANGELHO onde conta da reunião havida no Plano Invisível do Planeta num
dos anos dos últimos 25 do século XIV.
Além dos frustrantes
resultados dos últimos 15 séculos depois de sua passagem por nossa Dimensão,
várias deliberações foram tomadas em relação ao futuro que preparava essa
Morada para sua elevação na Escala dos Mundos e o início de Nova Era.
Sigamos a seguir o
raciocínio do erudito Edgar Armond em seu livro A HORA DO APOCALIPSE (1978):
Examinemos agora mais de
perto a situação após os ultimos dois mil anos de Civilização.
Muita Ciência, muito
progresso material, porém, espiritualmente,
evidente fracasso.
As religiões, ao invés de se
unirem, admitindo um só Pastor, ao contrário distanciaram-se umas das outras e
mutuamente se hostilizam.
O que o Messias planetário
ensinou propagou-se muito lentamente e não é seguido pela maior parte da
Humanidade, talvez, por menos de um terço da população do Globo terrestre.
Os homens, não tendo seguido
pelo caminho justo que leva a Deus, deram livre expansão aos seus pendores
inferiores e instintos, aumentando a maldade.
A inteligência, mal
orientada, gerou teorias incríveis e grotescas, travestidas de modernismo, o
mesmo sucedendo nas artes, que cada vez mais se afastam da harmonia e da beleza
que caracterizam as obras da Natureza, criando monstrengos, que alegam ser
artes subjetivas; a mentira tomou assento em tronos oficiais e é poderosa arma
de propaganda da maldade organizada; a tendência natural do homem em buscar a
Deus é perseguida como crime em muitas partes e leva à morte prematura; e a
liberdade, um dos mais preciosos bens que Deus concedeu ao homem é aniquilada e
substituída pela escravidão do corpo, da palavra, do pensamento e do coração em
quase metade do Globo.
Como no passado, homens
perversos são postos em tronos e altares, e adorados por multidões alucinadas;
e teorias políticas que levam à dissolução da sociedade humana ganham terreno
dia-a-dia, insufladas por fanáticos demagogos, que ignoram a verdadeira
finalidade da vida humana.
E as dificuldades crescem
diariamente, tornando a vida na Crosta Planetária um verdadeiro tormento, que
muitos não suportam, desertando da vida aos milhares.
Não vemos as classes
populares escorchadas e martirizadas, caminhando cegamente para reivindicações
violentas, como uma maré que sobe galgando penhascos, enquanto os Governos se
desorientam não sabendo que medidas tomar?
E as Nações, armando-se até
os dentes para evitar um cataclismo que dia-a-dia está mais perto e que a todos
aniquilará?
E não se agrupam para cuidar
da paz enquanto levantam montanhas de armas com medo umas das outras?
E também não destroem
loucamente o produto precioso das colheitas, que regaram com o suor do rosto,
para em seguida clamarem por falta de alimento, mergulhando os povos na miséria
e na fome?
E não está crescendo essa
maré de ódio entre indivíduos, Nações, Continentes e Raças?
E onde estão as boas
maneiras, a delicadeza, a generosidade, no trato social? O homem está cada vez
mais bruto e mais egoísta, porque a Civilização modifica-se para pior, a ponto
de que os que nascem agora, desde pequenos, são diferentes e hostis aos mais
antigos já encarnados.
Ao invés de sequência
natural entre as gerações, formam-se antíteses violentas e desagregadoras.
Este é o triste espetáculo
atual do mundo: a competição e luta ao invés de fraternidade; ambição
desenfreada ao invés de desprendimento; ódio de classes, ódio religioso, ódio
político, ódio racial, ao invés de Amor Universal.
Triste fim de um Ciclo
Evolutivo bafejado pelo Evangelho...
E além de tudo, antevendo-se
no horizonte, ameaçadoramente, o fantasma da destruição coletiva, na grande
batalha que se aproxima velozmente e durante a qual o gênio humano empregará
processos de mortífero poder destrutivo.
Quem tem segurança nos dias
de hoje?
Quem pode repousar na
velhice ou expandir-se harmoniosamente na juventude, segundo as leis que Deus
estabeleceu?
As vidas jovens são ceifadas
aos montes.
Todos estes fatos são
característicos do período de transição que estamos vivendo,
e que prosseguirá ainda por alguns anos com intensidade cada vez maior.
Porque a Natureza entrará
também com o seu contingente, provocando cataclismos e desolações aterrorizantes
para que da face da Terra seja expelida esta raça de homens ferozes e rebeldes,
instrumentos das forças do mal, incapazes de espiritualização neste Ciclo.
Para que possam surgir novos
dias mais claros, novos costumes, novas leis, novos homens capazes de viver de
acordo com as Leis do Espírito.
Para que se prove que o
Evangelho de Jesus não é um simples Código de Moral platônica, mas, bem ao
contrário, uma norma elevada e dinâmica de Vida Espiritual.
Toda vez que a Humanidade se
aproxima de um fim de Ciclo Evolutivo, entra em uma fase preambular denominada
de transição.
Nesse período se rematam
esforços individuais e coletivos, apuram-se sentimentos e costumes, ajustam-se
relações humanas e chega a termo uma porção considerável de situações que
vinham se desenvolvendo há séculos, morosamente, sem solução.
É um período delicado, de
evidente instabilidade e flutuação, em que os valores são solucionados no
tumulto dos acontecimentos e dos reajustes referidos, precipitando-se uns sobre
os outros, colimando profundas modificações na vida, nos costumes e na própria
natureza humana.
Referindo-se unicamente aos
dois últimos períodos passados, vemos que Moisés veio em uma época destas,
estando o povo hebreu escravizado no Egito, aguardando redenção. A etapa de transição,
neste caso, foi feita durante o Êxodo, no deserto, e terminada para aquele
povo, segue-se uma vida de muitos séculos na Terra Prometida.
Jesus veio na época
seguinte, 1500 anos depois, estando a Humanidade sofrendo uma nova provação,
visto ter desprezado a revelação do Decálogo que, apesar de espalhada pelo
mundo, não conseguiu redimi-lo.
Os próprios judeus
enveredaram pelo caminho do dogmatismo, da deturpação, das ambições políticas,
do orgulho pessoal, da dominação religiosa através do Templo, onde se sucediam
em rodízio ininterrupto membros de duas ou três famílias privilegiadas; e
quanto aos demais povos – que eles chamavam de pagãos ou gentios – vivam dentro
do mais grosseiro materialismo e idolatria.
Esse período de transição
começara com a dominação da Palestina pelos romanos em 63 a.D., e o nascimento
de Jesus encerrou-o porque, segundo as Escrituras, o mundo deveria então
iniciar uma vida de felicidade perfeita sob o reinado do Messias. Entretanto, o
povo hebreu recusou o Messias e até mesmo o condenou e matou na cruz, dando
margem a que o período recomeçasse e agora ainda mais violento, culminando com
a destruição da própria Jerusalém no ano 70.
Depois da última encarnação
do Cristo, o tempo tem corrido velozmente, por quase 2000 anos, e hoje estamos
encerrando novamente um Ciclo Evolutivo, entrando em uma perigosa época de
transição, que se nos apresenta mais dolorosa ainda que as anteriores.
Olhando o mundo e comparando
as situações, vemos que há uma extraordinária semelhança entre as duas épocas.
Da mesma forma como sucedeu
com o Decálogo, o Evangelho também não conquistou o mundo, foi deturpado e
desprezado pelos homens.
E as tradições religiosas
novamente estão agrupadas em cinco principais correntes, que são as seguintes:
a Trilogia Hindu, o Islamismo, o Judaísmo, o chamado Cristianismo, composto de
católicos, protestantes e ortodoxos e, finalmente, a religião nova, o
Espiritismo, nascido há pouco mais de um século somente possuindo seu caráter
religioso bem definido em nosso País, que é a futura Pátria do Evangelho.
O fim do ciclo passado não
levou ao expurgo de toda a Humanidade, visto que a Civilização da época
concentrava-se nos judeus e nos romanos, os quais, como Nações, desmoronaram.
Mas esta transição que estamos iniciando agora levará fatalmente ao expurgo
geral, visto estarem os prazos esgotados, conforme advertência que temos
constantemente dos Mentores Espirituais do mundo, pela mediunidade e conforme o
próprio Jesus o predisse em seus Evangelhos.
Naquela época, sua presença
no mundo alterou o rigor da Lei, sua Misericórdia cobrindo os homens em grande
parte de suas faltas; porém foram marcados prazos mais rigorosos de futuro ,
para que as contas fossem feitas: quando houvesse a mudança cíclica do tempo,
entrando o Sol no signo de Aquário, dois mil anos depois as contas seriam
cobradas; durante esse tempo, os ensinamentos dados pessoalmente pelo Divino
Mestre, à força do seu sacrifício na cruz e o exemplo vivo de sua própria vida,
teriam produzido seus efeitos e a Humanidade teria assim nova oportunidade de
subir mais um degrau na escala evolutiva.
Dois milênios se foram de
cruentas experiências e enormes sofrimentos que, todavia, como sabemos, não
bastaram para impor ao homem rebelde o verdadeiro rumo da vida perfeita.
Mas o coração Misericordioso
de Jesus, considerando a promessa feita naqueles dias, mandou que novo enviado
seu descesse à Terra para coordenar o advento do Paracleto. E assim, na França,
o professor Rivail, com o pseudônimo de Allan Kardec – que era seu próprio nome
na encarnação anterior, como sacerdote druida – codificou a Doutrina chamada
dos Espíritos, ou Terceira Revelação que, desde então, passou a expandir-se
pelo mundo, como uma derradeira esperança de redenção da raça humana,
fortemente amparada em dois elementos poderosos, a saber: a mediunidade e o
Evangelho, ao entrarmos no século XX – que é o último deste Ciclo – criou força
de expansão extraordinária, principalmente em nosso País que, conforme está
predito, será o luzeiro do mundo e o ponto donde a Verdade se espalhará por
toda parte, quando as trevas inundarem o mundo e o terror se apoderar dos
corações aflitos.
Tatiane Duarte Vieira pergunta qual a nossa opinião sobre o livro “Não será em 2012”, com o subtítulo “Chico Xavier revela a data limite do velho mundo”, autoria de Geraldo Lemos e Marlene Nobre”.
Antes de tudo, Tatiane, é preciso deixar bem
claro que não é papel do Espiritismo anunciar fatos futuros ou fazer previsões
bombásticas de acontecimentos que venham criar expectativas, apreensão ou medo na
população. Esse tipo de revelação de desastres futuros, de fim do mundo sempre
veio através de profetas e religiões diversas que, inclusive, utilizaram desse
expediente para aumentar seu número de seguidores.
A Doutrina Espírita – pelo seu caráter
filosófico e científico – não pode se ocupar desse tipo de especulação, embora
isso seja do agrado do povo. O papel do Espiritismo é estudar e conhecer a
verdade, tanto quanto esclarecer o suficiente para saber que caminhamos com
nossas próprias pernas e que o futuro sempre dependerá do que fizermos no
presente, individual e coletivamente. O máximo que a doutrina pode fazer nesse
sentido é dizer que estamos no caminho de grandes mudanças no mundo, mas isso a
própria história pode atestar. Basta olharmos para o passado.
O
próprio Allan Kardec, no livro A GÊNESE OU OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O
ESPIRITISMO, aborda o tema evangélico, “os tempos são chegados”, afirmando que,
de tempos em tempos, a humanidade passa por grandes mudanças e que uma próxima
grande mudança já estava acontecendo desde sua época, embora a maioria não
perceba. É que as mudanças ocorrem naturalmente ( quer dizer, elas não
acontecem de forma espetacular ou milagrosa), mas de tal maneira que geralmente
só vamos perceber tempos depois.
Por
que não percebemos agora? Porque a nossa vida na Terra é muito curta e as
grandes transformações levam séculos para acontecer. É assim que os
historiadores, analisando o caminhar da humanidade, verificaram que houve
grandes progressos ao longo dos séculos, como o que aconteceu nas passagens da
Idade Antiga para a Idade Média e da Idade Média para a Moderna, da Idade
Moderna e para a Idade Contemporânea.
Allan Kardec, mostra nesta mesma obra, A
GÊNESE, como acontece o fenômeno da previsão ou visão do futuro (a que ele dá o
nome de presciência), lembrando que os Espíritos disseram que, se o homem
conhecesse o futuro, ele negligenciaria
o presente – e mais, que as profecias que pretendem estabelecer datas precisas
para se dar tal ou tal acontecimento, não devem merecer crédito, pois no
caminhar da vida tudo acontece em termos de probabilidade e não de certeza
absoluta.
Esse livro “NÃO SERÁ EM 2012” veio em
decorrência de dois fatos. Primeiro, porque, antes de 2012, havia a crença numa
previsão que teria sido feita pelos maias séculos atrás e que, segundo os
cálculos, havia uma previsão de 2012 seria um ano fatal para a humanidade. O
outro fato é que Chico Xavier teria dito confidencialmente a um dos autores do livro que 2019 seria o ano
a partir do qual, não havendo grandes conflitos mundiais, o mundo entraria na
fase de regeneração.
Evidentemente,
a fala de Chico Xavier – inclusive aquela que ele expressou nesse mesmo sentido
no programa Pinga Fogo em 1971 - não contraria a lógica dos fatos, pois todo
mundo sabe que uma guerra generalizada no mundo, a esta altura dos fatos, só
serviria para entravar o ritmo de progresso que a humanidade vem obtendo, ao
passo que, sem grandes conflitos, teremos bem melhores condições de dar um
importante passo para a melhoria moral do planeta.
Todavia, Tatiane, as pessoas, de um modo
geral, têm prazer em explorar esse tema, atribuindo-lhe uma dramaticidade maior
do que merece. A literatura e o cinema atraem multidões ávidas para saber o que
vai acontecer no futuro. Essa reação é própria do ser humano que, no fundo,
gosta de cultivar emoções fortes que alimentem expectativa e imaginação.
Contudo, ouvindo Espíritos sérios, como Emmanuel, por exemplo, aprendemos que o
melhor neste momento é cuidar do momento presente, porque, certamente, o futuro
virá como consequência.
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