Impressionados com as
afirmações feitas por Jesus à saída do Templo chamando sua atenção para a
estrutura daquela construção que ‘em verdade vos digo que não ficará
pedra sobre pedra que não seja derrubada’, estando assentados no Monte
das Oliveiras conversando, perguntaram ao Mestre quando se dariam ‘essas
coisas, que sinal haveria de sua vinda e do fim do mundo’. Ele
respondeu oferecendo uma série de prognósticos entre as quais ‘daquele
dia e hora ninguém sabe, nem os Anjos do Céu, mas unicamente o Pai’ (MATEUS,
24). A questão 1018 d’O LIVRO DOS
ESPÍRITOS afirma ‘a transformação da Humanidade foi predita e
chegais a esse momento em que todos os homens progressistas estão se apressando’.
E, no capítulo 18 do livro A GÊNESE,
Allan Kardec destaca: 1- São
chegados os tempos, dizem-nos de todas as partes, marcados por Deus, em que grandes
acontecimentos se darão para a regeneração da Humanidade..2- De duas maneiras se executa esse duplo
progresso: uma, lenta, gradual e insensível; a outra caracterizada por mudanças
bruscas. 3- Resta-lhes ainda
um
imenso progresso a realizar: o de fazerem que entre si reinem a
caridade, a fraternidade, a solidariedade, que lhes assegurem o bem-estar moral.
4- Não se trata de uma mudança
parcial, de uma renovação limitada a certa região ou a um povo, a uma raça. Trata-se
de uma mudança universal, a operar-se no sentido do progresso moral. No
capítulo já referido da obra de Mateus no chamado Sermão Profético está
escrito: - Ouvireis falar de guerra e de rumores de guerra; tratai de não vos
perturbardes, porquanto é preciso que essas coisas se deem; mas, ainda não será
o fim, pois ver-se-á povo levantar-se contra povo e reino contra reino; e
haverá pestes, fomes e tremores de terra em diversos lugares – todas essas
coisas serão apenas o começo das dores, acrescentando mais à frente: - Levantar-se-ão
muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas, e, porque abundará a
iniquidade, a caridade de muitos esfriará; mas, aquele que perseverar até o fim
será salvo. Teremos chegado ao ponto máximo dessa previsão? Raciocinemos
sobre uma referência possível de ser utilizada. Trata-se da divisão em Eras
adotada pelos Caldeus na concepção da sua Astrologia, uma das Ciências da
Antiguidade. Segundo ela a cada 2160 anos, o Sol completa seu Ciclo
por cada uma das doze casas Zodiacais perfazendo 25.920 anos, a sequência
natural pelo que eles chamam de Ano
Astrológico. Quando Jesus manifestou-se fisicamente em nossa Dimensão
iniciava-se a Era de Peixes e,
passados 2160 anos, a influência vai paulatinamente se alterando ao que tudo
indica conduzindo o Planeta e seus habitantes na direção de novo Ciclo
Evolutivo. Dias atrás em matérias publicadas neste BLOG (DECISÕES SUPERIORES e
DOENÇAS PSÍQUICAS) reunimos informações
demonstrando que acima das ocorrências em nosso Plano, seja individual ou
coletivamente, a realidade causal determina os atuais efeitos observados. A
Humanidade e o Planeta que serve ao Espírito de prisão, hospital e escola
estão num momento de Transição semelhante a outros enfrentados. Resgatando
dados históricos do Mundo Ocidental no início da chamada Era Cristã , percebe-se
que por ser também uma fase de mudanças Ciclicas como as atuais, vivia-se a
mesma crise de valores observada hoje, destacando-se a corrupção politica,
deterioração das estruturas administrativas, a opressão social, intolerância
religiosa e racial, exploração econômica, a ingerência do Império Romano nas
Regiões conquistadas e dominadas, o domínio da força através da Guerra, etc. Em
entrevista realizada em 5/1/1954, o Espírito Emmanuel através do
médium Chico Xavier, discorre sobre os Ciclos Evolutivos da Terra
referindo-se a duas raças na Terra cujos traços se perderam por causa de seu
primitivismo, seguida pela grande raça Lemuriana como portadora de uma
inteligência algo mais avançada, detentora de valores mais altos, nos domínios
do Espírito. Após a raça Lemuriana, chegamos ao grande
período da raça Atlântida, com outros 28.000 anos de grandes trabalhos, no qual
a inteligência do mundo se elevou de maneira considerável. Diz ter ela
desaparecido 9500 anos antes da Grécia de Sócrates, ou seja, há 12 mil anos
atrás. A referida entrevista, na verdade buscava ouvir a opinião do Instrutor
Espiritual sobre outra entidade de nome Ramatís cujas obras dividiam
espíritas, parte dos quais o julgavam uma fantasia do médium a cujo nome estava
associado, Hercílio Maes. Respondendo à indagação dos repórteres, sobre se
‘a
mensagem de Ramatis devia ser divulgada com amplitude’ afirmou Chico
Xavier que seu Orientador considerava ‘a mensagem de elevado teor’ e ‘todo
trabalho organizado com o respeito, com o carinho e com a dignidade, dentro dos
quais essa mensagem se apresenta, merece a nossa mais ampla consideração, de
vez que todos nós, em todos os setores, somos estudiosos que devemos permutar
as nossas experiências e as nossas conclusões para a assimilação do progresso,
com mais facilidade em favor de nós mesmos’. Na obra MENSAGENS DO ASTRAL (1956), Ramatís
comete um erro grave que é condicionar as grandes mudanças à virada do Milênio.
Faz ainda informações passíveis de confirmação que são a Verticalização do Eixo Imaginário do Planeta e a aproximação
de um Planeta citado em outras Civilizações remotas de nome Nibiru,
Hercólubus que acabou se transformando assunto dos ironistas de sempre. Contudo,
o livro contem muitos aspectos merecedores de reflexão. Aponta como características que denunciam o início desse período: 1- As consequências nefastas dos
desregramentos humanos e que ameaçam dominar toda a Humanidade. O magnetismo
inferior, gerado pelo atavismo da matéria e pelos pensamentos dissolutos,
recrudesce e se expande, formando ambiente perigoso para a existência humana
disciplinada. 2 - O desinteresse para
com os valores das zonas mais altas da Vida Cósmica. As energias primitivas,
saturando o "habitat", aumentam a invigilância, e o gosto se
perverte. Em consequência disso, a aura do Orbe também se satura, até às suas
fronteiras "astro-etéreas" com outros Planetas, surgindo então as más
influências. 3 - Forma-se intenso oceano de forças magnéticas agressivas e
sensuais, que se expandem e convergem num círculo vicioso cada vez mais
perigoso à integridade espiritual daqueles que são devotados às coisas superiores.
4
- O mais débil pensamento licencioso encontra, então, farto alimento para
se avantajar e influir melhor nos cérebros ávidos de sensações inferiores. 5 -
O deletério conteúdo magnético do ambiente instiga às piores sensações, fazendo
predominar o egocentrismo do mundo animal inferior; há insidioso e voluptuoso
convite no ar e, em consequência, os seres obedecem facilmente a um comando
pervertido, que os impele para os prazeres animalescos. 6 - Predomina a influência do mal e aumenta o gosto pelas sensações
brutais e licenciosas; o clima físico torna-se campo propício para a sugestão
perversa e destrutiva das forças dos Espíritos inferiores. O denso lençol de
magnetismo perigoso transforma-se em excelente campo de ação para as
coletividades das sombras, que assim materializam os seus objetivos daninhos. 7 -
Aceleram-se os conflitos entre os homens, e as guerras se transformam em
pavorosos matadouros científicos; desenrolam-se acontecimentos espantosos,
registram-se crimes indescritíveis e criam-se taras perigosas. Afrouxam-se os
próprios liames do sentimento, que ainda permitiam a mínima moral possível! Tratando
no mesmo livro sobre a visão figurativa do livro APOCALIPSE de João – ditada ao Apóstolo pelo amigo Jesus delineando
os lances principais do Ciclo que se iniciava -, afirma ser a BESTA
representada pelo materialismo que assumiu o comando praticamente da Humanidade
terrena. Destaca como perfis da triagem alguns pontos
(1956) não tão evidentes quanto hoje. Diz, por exemplo: 1- A Política consegue
colocar nos postos administrativos do mundo um agrupamento de homens
desregrados, especialistas no furto patrimonial, e exclusivamente à cata da
fortuna fácil; 2- A Ciência, anticrística, desgasta seus
gênios para atender às guerras fratricidas, fabricando armas sofisticadas e
bombas desintegradoras; 3- A Religião, através de uma parte de seus
representantes, transforma-se em mercado, negociando a semelhança dos
fabricantes de panaceias curativas. João Evangelista refere-se também,
às instituições (Mídia?) de
influência geral no mundo, que, para sobreviverem a contento de seus
apaniguados, muitas vezes se rebaixam para servir aos poderosos, aos interesseiros
e aos reis do mundo. O Apostolo diz textualmente: - Eles vão aos Reis de toda a
Terra, para os ajuntar à grande Batalha do Grande dia do Deus Todo Poderoso.,
isto é, tornam-se servis e se comprometem a praticar ações menos dignas desde
que esses detentores do poder lhes garantam a existência confortável no comando
das massas e tolos. Basta um punhado desses homens em cada um desses conjuntos,
para que fique tisnado o caráter digno de uma instituição organizada para o Bem
humano. Na Política, buscam os votos
do eleitorado e depois dilapidam o patrimônio público; na Ciência, empregam a
celebração genial no desenvolvimento da indústria bélica para a destruição em
massa; na Religião, a esperança do Céu é vendida a titulo de mercadoria
imponderável. No APOCALIPSE, os agentes nefastos da Política, da Ciência e da Religião
são apresentados sob a alegoria de três
Espíritos imundos, semelhantes a rãs, porque esses homens se parecem com os
repteis do charco, visto que, devido à escorregadia pele que lhes dá proteção
desonesta, escorregam e escapam das mãos da Justiça. Concluindo, vemo-nos
diante da pergunta: - Chegamos com o tal Coronavírus ao
aceleramento das mudanças preconizadas por Jesus?
Esta questão surgiu em nosso estudo no Centro: “Ouço falar que a Terra está passando de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração e, agora, estaríamos num período de transição. Mas observo que ainda falta muito pra isso. Existem muita luta pelo poder, corrupção e violência no mundo. Kardec diz que o mundo mudaria quando Espíritos elevados reencarnarem e os mais inferiores saírem do planeta. Mas parece que isso ainda não está acontecendo.
No último capítulo de A
GÊNESE, Allan Kardec aborda essa questão, afirmando entre outras coisas
que: 1º) a Terra é um mundo de provas e
expiações, onde o mal ainda predomina; 2º) que a Terra já foi um mundo
primitivo e o próximo passo é para um mundo de regeneração, onde o bem deverá
predominar; 3º) que estamos num período de transição e que esse período começou
no século XIX; 4º) que as mudanças mais significativas ocorrerão com a transformação moral da humanidade; 5º) que
essa transformação moral não vai acontecer de repente como num passe de mágica,
mas por um processo de mudança, mais ou menos lento, dependendo de como o homem
se conduzir daqui pra frente; 6º) que Espíritos mais elevados poderão encarnar
na Terra para dar um impulso ao seu desenvolvimento e que é possível que os Espíritos,
que não acompanharem esse progresso, deixem de reencarnar aqui; 7º) que essas
mudanças se darão ao longo do tempo de forma natural e que, por isso mesmo,
poderão passar despercebidas.
Na natureza nada se dá aos
saltos. Mesmo as mudanças, que podem parecer repentinas, na verdade, decorreram
de alterações que se deram ao longo do tempo e que não foram sentidas.
Geralmente só percebemos bem uma fase de progresso, depois que ela passou. Tudo
na natureza é construção e, para construir, é preciso destruir – destruir o
velho para construir o novo. É assim que o processo evolutivo caminha,
atingindo a cada um de nós como indivíduo e se estendendo às coletividades e
nações.
A Terra chegará a ser um mundo
de regeneração no seu devido tempo. Quando, certa vez, perguntaram ao Chico
Xavier, quando isso se daria, porque estávamos nos aproximando do século XXI e
a meta parecia estar ainda muito longe, ele respondeu: “Com certeza, a Terra
ainda vai demorar muito a apresentar as melhoras que esperamos... O progresso
espiritual das massas depende do progresso espiritual dos indivíduos que, sem
dúvida, acontece com certa lentidão”. E, mais adiante, completou: “O futuro é
promissor. Não podemos querer que tudo se modifique, como alguns amigos nossos
me ensinaram a dizer, a toque de caixa...”
Diante da resposta, ainda insistiram junto ao Chico quando isso
deveria acontecer, pois as pessoas geralmente querem datas, números, mas esse
tipo de previsão não se recomenda no Espiritismo. Eis como Chico pôde responder: “Quando
tivermos mais escolas gratuitas para todos, mais trabalho, mais justiça social,
estaremos de fato na nova era. O 3º milênio, sem dúvida, é promissor, mas,
talvez, os progressos que estamos esperando venham a acontecer daqui a 500, 700
anos... Estaremos dentro da marca do 3º milênio. As coisas não vão se modificar
à força do calendário...” E concluiu: “Pelo andar da carruagem, ainda vamos ter
que trabalhar muito, saneando o nosso mundo íntimo...” (As citações foram extraídas do livro O
EVANGELHO DE CHICO XAVIER” de Carlos A. Baccelli)
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