CORONAVÍRUS EM 6 ANGULOS DIFERENTES
5- Com
certeza nunca tivemos uma experiência tão impactante, com tanta insegurança e
apreensão em relação a uma epidemia, como a que estamos vivendo hoje. A partir
do momento que a China alarmou o mundo sobre a dimensão do problema, que
poderia se tornar uma pandemia, como de fato aconteceu, o mundo entrou em
polvorosa e todas as áreas de atividade acabaram sendo afetadas.
Se, por um lado, sabemos do potencial de uma
doença de fácil propagação, contra a qual temos que nos armar, por outro
ficamos inseguros diante das incertezas de uma sociedade em pânico.
A mídia,
responsável pela informação, encontrou nesse episódio um farto manancial de
trabalho, que vem explorando dia após dia e, sabe Deus, até quando. Com todo
conhecimento e recursos de que podemos dispor atualmente, no campo da medicina
e da pesquisa, a luta entre o homem e o vírus acaba se transformando numa
verdadeira batalha em que, a esta altura, o homem ainda está em desvantagem.
Tanto
melhor para os órgãos informativos. Para quem informa, quanto mais demorado o
fato, tanto melhor. A notícia, divulgada repetidas vezes e de forma dramática,
contribui para que a população fique envolvida por um clima de insegurança e
medo e, muitas vezes, de pânico.
Neste caso,
há duas posturas que as pessoas de bom senso sabem diferenciar: a primeira é de quem não leva a sério as
notícias. E a segunda, é a dos que se apavoram diante da profusão de
informações, achando que não haverá solução, que tudo estaria perdido.
Nem uma
coisa, nem outra. A vida nos tem ensinado.
Se abrimos
O LIVRO DOS ESPÍRITOS, no capítulo dedicado à “Lei de Destruição”, passamos a
entender que as calamidades naturais – como é o caso da COVID 19, é mais uma
experiência que humanidade tem que
passar. Para o Espiritismo, mais do que o corpo, somos Espíritos imortais em
processo de aperfeiçoamento, mas as experiências difíceis que experimentamos
neste mundo fazem parte de nosso currículo de aprendizado.
Então, não
devemos ver apenas o lado negativo do problema, mas muito mais o que ele nos
tem a oferecer. Isso tanto para a evolução espiritual dos indivíduos, como para
o progresso geral da humanidade.
Você sabia que os períodos de maior
prosperidade, nos mais variados setores da vida humana- como na ciência, por
exemplo – aconteceram depois de grandes calamidades?
As doenças sempre nos ajudaram a perceber o
valor da disciplina, a necessidade do estudo e a busca de aperfeiçoamento de
nossas instituições para que haja mais justiça e mais solidariedade entre os
homens. Quando nos voltamos para o problema com esses olhos, não só crescemos
em entendimento e compreensão, como sentimos que é principalmente através das
dificuldades que Deus nos aponta caminhos.
Sobre isso, Allan Kardec, em nota à questão
741 de O LIVRODOS ESPÍRITOS, afirmava há mais de 160 anos atrás:
“Entre os flagelos destruidores, naturais e
independentes do homem, é preciso incluir na primeira linha a peste, a fome, as
inundações, as intempéries fartais à produção da terra. Mas, o homem não
encontrou na ciência, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e na
irrigação, no estudo das condições higiênicas, os meios de neutralizar ou, pelo
menos atenuar os desastres?(...) Que não fará o homem por seu bem estar
material, quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e
quando, ao cuidado de sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma
verdadeira caridade por seus semelhantes?”
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